Um dos aspectos mais marcantes da trajetória de Eni Schneider, 51 anos, foi ter sido criada por uma família adotiva, sem perder o vínculo e as afinidades com a sua família biológica. Para ela, esta experiência não lhe fez guardar mágoas, apenas somou positivamente para o seu futuro. Moradora do Núcleo Habitacional Madezatti, no bairro Feitoria, em São Leopoldo, Eni ajudou a construir o Centro Comunitário Infantil na comunidade, que existe há 25 anos e atende mais de 170 crianças. Ao perceber a exclusão entre as crianças, enquanto brincava com elas no Centro, ela buscou uma área de estudos que lhe ajudasse a entender esta questão: a sociologia. Eni se aposentou como professora e, hoje, para expandir seus conhecimentos ela participa de cursos e seminários. Foi ao final de uma das aulas do curso de Extensão sobre Economia Solidária, na Unisinos, que ela concedeu esta entrevista à revista IHU On-Line:
De acordo com a administradora de empresas Tâmara Karawejczyk, a principal mensagem do filme A corporação é “alertar sobre o que estamos fazendo conosco e com nosso planeta, pois o que se mostra vai além do mundo do business. Penso que os estudantes precisam ser preparados para assistir a este filme, fazendo uma reflexão sobre seu comportamento consumista, sua maneira de olhar o mundo e ganhar dinheiro e como se pode viver de uma forma mais ética”. Karawejczyk explica que o filme aborda exemplos como o de uma blusa fabricada por uma grande marca americana e “revendida no mundo todo por um alto valor (pela marca), na realidade paga misérias para quem produz o produto. Isto Marx e outros pensadores já discorriam sobre a relação capital trabalho. O que eu acho mais preocupante é que ainda ensinamos administração, negócios etc., sem considerar o lado ético desta relação”.
Como gerar ações de cuidado num mundo em que as pessoas têm posições ideológicas intensas, que ultrapassam limites e valores que deveriam ser comuns entre todos? A resposta do professor e jornalista Larry Antonio Wizniewsky, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), é enfática: “basicamente a partir de um contexto muito específico do conceito de ‘cuidado de si’ desenvolvido por Focault”. Cuidar de si, explica, é vital, uma vez que as relações do cotidiano estão marcadas pelas “falências gerais de sistemas educacionais, de segurança e principalmente de cuidados específicos com o outro”.
Foi através de um professor de Física que Rosa Grings, 58 anos, passou a se interessar por esta área. Ela iniciou a carreira de professora em 1974, na Escola Pio XII, em Novo Hamburgo, seu município de origem. O entusiasmo sempre foi uma marca forte em Rosa. E, na sua primeira experiência como professora, reabriu o laboratório de Física, até então desativado. Desde 1976, ela integra o corpo docente da Unisinos, onde já lecionou Matemática, mas, atualmente, se dedica apenas à Física. Ao assumir a coordenação do curso de Licenciatura em Física, com a fusão dos Centros 6 e 7, ela conseguiu grandes conquistas como, por exemplo, triplicar o número de alunos. Em entrevista à revista IHU On-Line, Rosa destacou aspectos marcantes da sua vida. A perda do seu pai e o nascimento da sua irmã são os principais deles.
Confira, a seguir, a entrevista:
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