“A experiência clínica corrobora que a existência de solidariedade e a construção de redes vinculares podem ser um predecessor de possíveis desenvolvimentos resilientes”, afirma o psicanalista argentino Rubén Zukerfeld, em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line. Ele é membro da Asociación Psicoanalítica Argentina e da International Psychoanalitical Association. Também é professor do Instituto Psicossomático de Buenos Aires e do Instituto Favaloro, supervisor do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Buenos Aires e do Departamento de Transtornos Alimentares do Hospital Rivadavia, fundador da Asociación Argentina de Obesidad e autor de, entre outros, Procesos terciarios - de la vulnerabilidad a la resiliência (Buenos Aires: Lugar Editorial, 2006).
Jacques Lecomte propõe um modelo de resiliência para crianças e jovens, o qual denomina de triângulo da resiliência. Na proposta, Lecomte sugere que os adultos manifestem um elo e estabeleçam regras, permitindo ao jovem “apoiar-se nisso para criar sentido em sua vida”. Ele defende a idéia de que “não se é resiliente sozinho”, e considera o elo essencial na reconstrução do indivíduo.
A psicóloga Michele Poletto acredita que a resiliência é uma característica comum do ser humano. Em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, ela afirma que, “ao longo da história, o ser humano lidou com adversidades e suas trajetórias de enfrentamento, superação e adaptação. As milhões de adversidades vividas ao longo dos anos é uma prova da força e da superação do ser humano”.
“Mais do que simplesmente lidar com a adversidade e se adaptar, a resiliência envolve o crescimento positivo para além do sofrimento e do esforço”, explica a professora Froma Walsh, da School of Social Service Administration e do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Chicago. Em entrevista exclusiva concedida por e-mail para a IHU On-Line, ela afirma que os processos-chave para fortalecer a resiliência familiar são a “confiança entre os membros da família, a espiritualidade forte, a sustentação mútua, uma comunicação aberta, e o espírito colaborativo para a solução dos problemas”.
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