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IHU Online

Rio dos Sinos, um ano depois da tragédia. Ainda é possível salvá-lo?
Este é o título da edição 242 da IHU On-Line, de 05-11-2007. Sobre o tema, entrevistamos Jackson Müller, Milton Strieder, Marco Antônio Fontoura Hansen, Rafael José Altenhofen e Viviane Nabinger. Outras pessoas que colaboram na discussão do tema de capa são Uwe Schulz, Ana Maria Pellini, Míriam de Freitas Soares, Leonardo Stahnke e Ary Vanazzi. Confira!
Há um ano, a tragédia da mortandade de peixes do Rio dos Sinos chocou a opinião pública nacional e internacional. Qual foi a causa? Os especialistas são unânimes ao apontar os resíduos industriais e o alto índice de esgoto não tratado como as duas causas principais deste desastre ambiental. Para saber o que mudou de lá pra cá, a IHU On-Line conversou com o biólogo, ex-técnico da Fepam e professor da Unisinos, Jackson Müller, que assegura: “O passo fundamental é tratar o esgoto antes dele chegar no Rio”. A saída apontada é tanto mais contundente quando se sabe que, “na bacia do Rio dos Sinos, são lançados, diariamente, cerca de 190.000m3 de esgotos domésticos, e apenas 5% destes são tratados”. A constatação é de Viviane Nabinger, secretária executiva do Comitesinos. Constatação que nos traz outra novidade espantosa. “O Estado do Rio Grande do Sul é completamente atrasado, nacionalmente, em termos de saneamento básico. Somos praticamente o último estado em termos de investimento de saneamento e porcentagem do esgoto tratado. Estamos muito abaixo da média nacional”, afirma Uwe Schulz, biólogo e docente da Unisinos. Assim, é mais do que evidente que a água do Rio dos Sinos é imprópria para ser bebida, mesmo sendo tratada e, atesta Marco Antônio Fontoura Hansen, hidrólogo e professor da Unisinos, ela “no momento não presta nem para balneabilidade, pois ocasiona doenças de pele”.

