Edição 551 | 05 Mai 2022

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

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Em fevereiro de 1922 se realizou no Theatro Municipal de São Paulo a Semana de Arte Moderna, reunindo artistas de diferentes campos em torno do que seria uma arte brasileira modernista. Sob influência de diferentes vanguardas – futurista, cubista, espírito novista e dadaísta –, delinearam-se os contornos e denominou-se “modernismo” as expressões artísticas que vicejavam no país desde antes deste marco histórico, cheio de potencialidades e contradições. E, pensando justamente em dar vistas a essas complexidades, esta edição da revista IHU On-Line entrevista uma série de pensadores, pesquisadores e artistas indígenas que refletem sobre o tema.

Para pensar a Semana de Arte Moderna em suas nuances, Eduardo Sterzi, professor e pesquisador na Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, e Veronica Stigger, professora universitária na pós-graduação em Histórias das Artes na Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, juntam os cacos do passado para reconstruir o imaginário modernista e seus desdobramentos um século depois.

Rafael Cardoso, pesquisador e historiador da arte na Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ, joga luzes sobre um debate ainda importante do modernismo, a saber: os riscos de uma memorialística saudosista e de celebração ufanística do modernismo brasileiro.

A entrevista coletiva com a professora Marília Librandi, pesquisadora no Brazil Lab, da Universidade de Princeton, EUA, e os artistas indígenas Daiara Tukano, Denilson Baniwa e Gustavo Caboco traz uma reflexão profunda e plural sobre a Arte Indígena Contemporânea – AIC e por que estas manifestações têm pouco ou nada a ver com o modernismo e, em última medida, com uma ideia monolítica de Brasil.

Deivison Campos, professor e pesquisador na Universidade Luterana do Brasil – Ulbra, aborda questões atinentes à questão racial no modernismo brasileiro, pensando aspectos ligados à representação de pessoas negras na arte brasileira do começo do século, considerando seus limites e a possibilidade de outras leituras.

Conhecido pesquisador da cultura no Brasil, Sergio Micelli, professor na Universidade de São Paulo – USP, debate as incontornáveis relações entre as elites políticas e financeiras com o modernismo, especialmente o chamado “modernismo mineiro”, no qual Drummond é a mais notável expressão.

A edição é complementada com uma série de publicações do Cadernos IHU ideias e Cadernos Teologia Pública publicados em 2022. São eles Técnica e Ética no contexto atual, de Oswaldo Giacoia Junior, Valores cristãos, valores seculares e por que eles precisarão um do outro na década de 2020, de Alec Ryrie, O amor ao próximo como categoria ética em Simone Weil, de Ana Lúcia Guterres Dias, Uma abordagem da filosofia de Miki Kiyoshi, de Fernando Wirtz, Yuval Noah Harari: pensador das eras humanas, de Rodrigo Petronio, e O Mundo é um grande Olho que vemos e que nos vê, de José Ángel Quintero Weir. Confira outras edições correlatas ao tema de capa desta edição na seção Retrovisor.

A todas e a todos desejamos uma boa leitura!

 


 

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