Enquanto muitos pensadores do mundo do trabalho atual discutem a tendência do trabalho imaterial e cognitivo, a pesquisadora inglesa Ursula Huws dispara: “o conceito de uma ‘sociedade do conhecimento’ parece quase inteiramente uma construção ideológica que serve como cortina de fumaça para esconder a realidade de que nunca houve na história do trabalho mais trabalho ‘material’ do que há precisamente agora”. A afirmação foi feita em entrevista concedida por e-mail para a IHU On-Line.

Um depoimento de Silvério Ferreira dos Santos, agente pastoral

Na opinião do engenheiro agrônomo Otávio Valentim Balsadi, um dos pontos centrais no mercado de trabalho assalariado na agricultura brasileira é “a grande discrepância na qualidade do emprego entre os empregados permanentes e os temporários”. Por essa razão, Balsadi acredita que “uma atenção especial deveria ser dada para melhorar as condições de trabalho dos empregados temporários agrícolas, de modo a se reduzir as desigualdades nas relações trabalhistas”. As idéias foram desenvolvidas na entrevista que segue, realizada por e-mail pela IHU On-Line.

O economista Marcio Pochmann não acredita que estamos ingressando no capitalismo cognitivo, mas saindo do capitalismo industrial para o capitalismo pós-industrial. E destaca o fato de que hoje há uma concentração dos postos de trabalho no chamado setor terciário, de serviços.

Yann Moulier-Boutang é economista e político francês. Participou ativamente do movimento de 1968. Em 1973, encontrou Antonio Negri, de quem permanece parceiro intelectual. Em 1974, criou a revista Camaradas, que sucede a Materiais e desenvolve os temas da autonomia operária, conceito adotado então na Itália por militantes procedentes do operariado (Autonomia Operária).