Para o filósofo Eduardo Luft, docente no departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), “a Fenomenologia do espírito abandona a postura kantiana que compreende o filósofo como um investigador do quadro referencial estático de todo conhecimento possível, em nome de uma teoria que compreende o desenvolvimento da filosofia como imanente ao próprio processo de autoconsciência que emana da história da cultura”.
De acordo com o Prof. Dr. Marcelo Fernandes de Aquino, SJ, reitor da Unisinos, a questão de fundo que divide os intérpretes de Hegel é se a sua filosofia é necessitária ou expõe a liberdade. “Sobre isso, ainda vai se dar muita discussão. Alinho-me com a leitura do Padre Vaz, entendendo Hegel como representante problemático do pensamento da liberdade”. Sobre a resposta hegeliana aos projetos éticos de Descartes, Hobbes e Kant, pontua: “Descartes e Hobbes inauguram, respectivamente, os projetos racionalista e empirista da ética moderna. O primeiro, sob a égide do cogito, e o segundo sob a égide do corpo. Kant inaugura em senso estrito uma nova família de pensamento ético: o dever-ser. Aristóteles (ética da felicidade) e Kant (ética do dever) são alguns dos interlocutores maiores de Hegel que, por sua vez, subverte tanto o primeiro quanto o segundo”.
Com a proximidade da V Conferência Geral do Celam (Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe), que se realizará no próximo mês de maio, em Aparecida, São Paulo, com a presença do Papa Bento XVI, a revista IHU On-Line decidiu entrevistar alguns teólogos para repercutir esse evento tão importante no meio eclesiástico. A Conferência tem o seguinte tema: “Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nossos povos Nele tenham vida”.Na edição desta semana, publicamos a entrevista que realizamos, por e-mail, com o teólogo Paulo Suess.
Para o filósofo Paulo Gaspar de Meneses, SJ, tradutor da obra Fenomenologia do espírito (Petrópolis: Vozes, 1992, 2 vols), “a maior dificuldade foi o entendimento exato do pensamento de Hegel, e em seguida foi vertê-lo para um português acessível e bonito”.
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