De acordo com o teólogo José Maria Vigil, em entrevista à IHU On-Line concedida por e-mail, “enquanto houver pobres ou injustiçados no mundo e houver simultaneamente fé, terá de haver ‘fé libertadora’, e sua auto-reflexão será a teologia da libertação”.

“A Teologia da Libertação significa, além da produção teórica, a existência de toda uma Igreja da libertação que envolve bispos, sacerdotes, teólogos, agentes de pastoral e imensa rede de comunidades de base”, afirma João Batista Libânio, em entrevista concedida por e-mail à revista IHU On-Line. Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, em Letras Neolatinas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), em Teologia pela Hochschule Sankt Georgen, em Frankfurt, Alemanha, é também mestre e doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana (PUG) de Roma. Libânio leciona Teologia no Instituto Santo Inácio de Belo Horizonte.

Luiz Felipe Pondé, filósofo, em entrevista concedida por e-mail, afirma que “a teologia na América Latina deve ocupar espaços na academia, na mídia, e para isso ela precisa sair do gueto semântico e hermenêutico em que a (justa) luta social e política a acabou colocando”. E continua: “a formação dos teólogos deve sair do repertório dependente da análise sociopolítica e ler os pais fundadores do cristianismo e não só aquilo que reforça sua semelhança com a militância política na América Latina”.  E levanta uma questão: será que a teologia da libertação não “peca por crer demasiadamente nas promessas modernas e na sua gramática hermenêutica”?

Faustino Teixeira, professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais (PPCIR-UFJF), concedeu a entrevista que segue, por e-mail, esboçando seu ponto de vista sobre a Teologia da Libertação. Para ele, “o que ocorre agora com Jon Sobrino é apenas mais uma manifestação da dificuldade, resistência e oposição de segmentos romanos contra esta forma profética de reflexão teológica”, referindo-se à Teologia da Libertação.

José González Faus, teólogo jesuíta espanhol, nos enviou e publicamos a seguir a nota do centro Cristianisme i Justicia de Barcelona. Eis a nota: