Na opinião do poeta e jornalista Affonso Romano de Sant’Anna, “liberdade/autonomia absoluta não existe. Pensar que o artista é mais livre que um engenheiro é uma temeridade. O bom artista é também um engenheiro ou um arquiteto”. Questionado sobre quais são as vanguardas atuais, é categórico: “O sistema, como uma hidra, devorou a vanguarda que queria devorá-lo”. E completa: “Aliás, vivemos o século XX como se fosse um longo e triste cemitério. Foi decretada a morte de tudo: morte da arte, morte da história, morte do autor, morte de Deus. E quando mais matam a arte, mais ela renasce. Ela vive de morrer”. Confira essas e outras afirmações que Sant’Anna fez em entrevista exclusiva, por e-mail, à IHU On-Line. Poeta, ensaísta, professor, cronista e jornalista, conduzirá em 24-05-2007 a conferência A autonomia do sujeito na arte, dentro da programação do Simpósio Internacional O futuro da autonomia. Uma sociedade de indivíduos?
Homo automaticus. Novos enlaces entre gozo e saber é o tema que inspirou a entrevista a seguir, concedida por e-mail pelo psicanalista Alfredo Jerusalinsky à IHU On-Line, adiantando aspectos do ninicurso que irá ministrar em 23-05-2007 no Simpósio Internacional O futuro da autonomia. Uma sociedade de indivíduos? Para Jerusalinsky, se até pouco tempo “o sujeito se orientava na procura de um outro para decidir seu destino face àquilo que a sociedade demandava dele, hoje – na pós-modernidade – ele anda na incessante procura de um objeto que venha lhe garantir um gozo da máxima intensidade”. Dito de outro modo, explica ele, “se o problema central de todo sujeito antes era como se representar no discurso social, hoje sua bússola sofreu a torção para o encontro com a satisfação de suas demandas corporais”.
“A modernidade fragmentou o campo religioso e fez emergir uma diversidade de religiões dentro de um novo ordenamento e configuração do religioso”, disse em entrevista por e-mail à IHU On-Line o Prof. Dr. Carlos Steil, docente na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Segundo ele, “há dois movimentos religiosos principais que se direcionam no sentido de uma afirmação do indivíduo no mundo e que atravessam as religiões estabelecidas. Em termos empíricos poderíamos identificá-los como o movimento pentecostal e o movimento da nova era”.
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