Dos povos originários da África, surge uma concepção ética que desafia o estilo de vida da sociedade contemporânea: o ubuntu. Para os povos de língua bantu, esse termo significa “eu sou porque nós somos”. Essa “filosofia do Nós” pensa a comunidade, em seu sentido mais pleno, como todos os seres do universo. Todos nós somos família. Grande parte da luta contra a colonização na África e contra o apartheid, especialmente a partir das contribuições dadas pelo prêmio Nobel Desmond Tutu, arcebispo anglicano emérito da Cidade do Cabo, na África do Sul, encontrou sua força nessa filosofia.

Entrevistas especiais feitas pela IHU On-Line e disponíveis nas Notícias do Dia do sítio do IHU (www.ihu.unisinos.br) de 22-11-2010 a 29-11-2010

Advogada atuando na área da propriedade intelectual, doutora em Direito, Ângela Kretschmann é alguém que aprecia as surpresas da vida e as voltas que o mundo dá. Mesmo que já tenha experimentado os aspectos sombrios, além dos luminosos, que compõem a nossa essência, não desistiu de sonhar. O que a move sãos as respostas que busca às constantes e sempre novas perguntas que se faz e que faz ao mundo. Prestes a iniciar um pós-doutorado na Alemanha, ela contou aspectos marcantes de sua vida à IHU On-Line, como o incêndio que destruiu a casa onde vivia com a família, quando pequena, a gratidão à comunidade de Três Passos que reconstruiu a casa da família, a vida na Índia, com um filho pequeno, com experiências difíceis e até hilárias. Mãe de Guilherme, hoje com 16 anos, Ângela aprecia música e pratica corridas sistematicamente. Suas ideias sobre os desafios da mulher na vida profissional e política e as situações conflitantes da docência são outros temas da entrevista que você confere a seguir.

A Associação Latino-americana de Pesquisadores da Comunicação – ALAIC (em espanhol) é uma entidade com mais de trinta anos de existência, que teve um papel fundamental num momento crucial da luta pela democratização da comunicação: o período dos debates, nos anos 1970, sobre a chamada “nova ordem mundial de informação e comunicação” – Nomic, culminando com o famoso Relatório MacBride, da Unesco e a saída dos Estados Unidos, Grã Bretanha e Japão dessa entidade, que passou a sofrer uma endêmica falta de recursos para cumprir os seus objetivos de agência da ONU para a cultura e a educação. Era a época, no bojo da Guerra Fria, da organização dos países não alinhados, que desempenharam um papel de relevo no processo, contrariando os interesses das duas potências hegemônicas, ao reivindicar maior equilíbrio nos fluxos internacionais de informação.