Mãe de Camila, 16 anos, a pedagoga Iara Bonin confia no tempo para acomodar seus medos e ansiedades. Com o passar dos anos, foi ele que também a ensinou a aproveitar muito mais a emoção de ser mãe de um bebê, uma criança, uma adolescente. “Penso que as relações que estabelecemos com os filhos hoje são facilitadas pelo fato de já termos, na cultura contemporânea, relativizado algumas das premissas e verdades sobre “ser mãe”, “ser pai”, que estabeleciam entre pais e filhos uma hierarquia difícil de vivenciar’, diz. Iara Tatiana Bonin é graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestre em Educação pela Universidade de Brasília. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, realizou o doutorado também em Educação. Atualmente, é professora adjunta da Universidade Luterana do Brasil -Ulbra. Por sete anos, atuou no Conselho Indígena de Roraima; e, por onze, no Conselho Indigenista Missionário - CIMI. É casada com o coordenador do CIMI-RS, Roberto Liebgott. Confira o depoimento abaixo.

Doutora em Serviço Social, Marilene Maia comemora o crescimento dos dois filhos adolescentes com o desafio de compreender uma nova geração e de assumir distintos papéis no dia a dia

A historiadora Tania Navarro-Swain acredita que a força das representações sociais incute nas mulheres a compulsão à maternidade e ao casamento como definição do feminino

A psicanalista Viviane Fernandes Silveira acredita que tão perigoso quanto não questionar a cesariana é garantir estilos de parto com antecedência sem perceber a possibilidade de perdas incontornáveis

A figura da mãe eternizada como fonte de carinho e exemplo máximo de bondade aos filhos já não é mais um consenso. Novas versões femininas fazem com que a família se transforme e compreenda o papel materno de outra forma e/ou de múltiplas formas.