Por que ainda ser cristão?

Didier Long, 40 anos, foi monge beneditino durante dez anos. Artista plástico, é hoje chefe de uma empresa, após ter sido consultor em McKinsey. Seu site pessoal é www.didierlong.fr Ele aceitou conceder uma entrevista por e-mail para a IHU On-Line, na qual fala da experiência de viver como monge e passar a ser marido e pai de família. Ele é autor de diversos livros, dentre os quais citamos o mais recente Pourquoi nous sommes chrétiens, sobre o qual ele também fala em suas respostas. Confira a visão que esse cristão tem ao argumentar sobre sua fé.

Para o filósofo Álvaro Valls, docente nos cursos de graduação e pós-graduação em Filosofia da Unisinos, um dos motivos para ser cristão no século XXI é que “cada um de nós deve fazer a sua opção, se prefere tentar viver uma vida para o amor e o perdão, ou para curtir a raiva, o ressentimento e o ódio, a ganância, a ambição desenfreada e a busca incessante do prazer. Amor não é só um sentimento, mas é também um mandamento, um dever sagrado”. E continua: “O cristianismo, descontados os desvios que sempre ocorrem na história dos homens, é uma mensagem do convívio fraternal, antes de se constituir numa instituição de poder universal”. Em sua opinião, mais do que uma doutrina, no sentido teórico, a mensagem de Jesus é uma “mensagem de vida, deixando-nos uma mensagem existencial”. As afirmações podem ser conferidas, na íntegra, no depoimento que segue, enviado por e-mail à IHU On-Line.

Entrevistamos por e-mail o Prof. Dr. Faustino Teixeira, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Minas Gerais.