Para Sandra Caponi, a postura de “curar” com medicamentos os comportamentos considerados indesejáveis representa uma perda imensa de reflexão sobre nossos problemas sociais

Para Charles Dalcanale Tesser, não dá para dizer que os profissionais de saúde sejam os principais atores ou molas propulsoras da medicalização, mas de qualquer forma tendem a ter uma ação pró-medicalização

“Criar a doença e o tratamento é uma invenção genial para uma sociedade que se sustenta na contínua produção de novas necessidades, que rapidamente entrarão no circuito do consumo”, comenta Fábio Alexandre Moraes

A partir das ideias de Ivan Illich, José Roque Junges pondera que a medicalização torna a saúde e a doença realidades heterônomas, uma vez que “retira a responsabilidade e o protagonismo do processo da cura e da qualidade de vida do usuário para entregá-lo à expertise técnica”

“A felicidade definitiva parece ser a de realizar o sonho humano de permanência terrena, longevidade infinita, eternidade do indivíduo”, define Luis David Castiel