“O Sínodo traz indicações muito relevantes sobre a situação eclesial, os consensos e as divergências existentes entre os bispos, que são muito importantes para o discernimento do papa. Os relatórios produzidos desde a convocação deste Sínodo apontaram claramente nesta direção: não mudar a doutrina sobre a família, fundada sobre a união exclusiva e indissolúvel entre um homem e uma mulher, mas ao mesmo tempo acolher sem condenar as pessoas que vivem em outras configurações familiares. O valor deste processo, mais do que os textos, é o debate aberto na Igreja sobre temas de sexualidade e família como nunca se viu nas últimas décadas”, analisa Luís Corrêa Lima.

“A interpretação autêntica da Exortação parece supor que a alegria do amor é a primeira chave de leitura a se ter em mente. Além disso, alegria/gáudio/canção de louvor/júbilo constituem uma espécie de leit motiv do magistério do Papa Francisco. Ao lado dessa chave de leitura, porém, seria preciso colocar também um princípio que Francisco considera fundamental: a prioridade do tempo sobre o espaço, que permite que o papa esclareça que ‘nem todas as discussões doutrinais, morais ou pastorais devem ser resolvidas através de intervenções magisteriais’”, analisa Guido Innocenzo Gargano.

O debate promovido pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU na noite da última quinta-feira, 30-04-2016, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros – IHU, é parte da programação do IHU Ideias e do II Ciclo de Saúde e Segurança no Trabalho na Região do Vale do Rio dos Sinos.

Para Salvador Schavelzon, há um fim de ciclo progressista na América Latina que “deve ser situado fora da conjuntura eleitoral, porque o que se derruba é o próprio progressismo como espaço político”

Os professores Jackson Müller e Uwe Schulz debatem a situação ambiental do Rio do Sinos desde a perspectiva do “Cuidado da Casa Comum”