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Augusto de Campos e Alipio Correio de Franca Neto
Que horas, que horas-negror nós conhecemos,
Que noite! Que visões, meu coração, que extremos!
E o que virá da luz em mais lenta agonia?
Eu falo a testemunha. E onde antes eu via
Horas eu vejo eras, vida. E o que vivemos
São gritos, gritos, sim, cartas mortas que lemos
Ao ser maior que vive ah! em longa moradia.
Sou cancer-coração, sou fel. Pois Deus me deu
O dom de em mim provar o meu mal: meu fel fui eu;
Selado em osso e pele, em meu sangue, o sabor.
O lêvedo do ser destila amargo breu.
Aos perdidos, talvez, o seu castigo é o seu
Suor de ser, como eu o meu; porém pior.
Tradução de Augusto de Campos
I wake and feel the fell of dark
I wake and feel the fell of dark, not day. / What hours, O what black hours we have spent / This night! what sights you, heart, saw; ways you went! / And more must, in yet longer light’s delay. // With witness I speak this. But where I say / Hours I mean years, mean life. And my lament / Is cries countless, cries like dead letters sent / To dearest him that lives alas! away. // I am gall, I am heartburn. God`s most deep decree / Bitter would have me taste: my taste was me; / Bones built in me, flesh filled, blood brimmed the curse. // Selfyeast of spirit a dull dough sours. I see / The lost are like this, and their scourge to be / As I am mine, their sweating selves; but worse.