“O genial Euclides da Cunha foi parcial em relação a Antônio Conselheiro. Aliás, sejamos mais exatos: Euclides nunca traçou detalhada e coerentemente os perfis das pessoas que viviam em Canudos. As via como objetos integrantes da massa, amorfos, sem rostos. Não as via como sujeitos ou indivíduos com almas, nervos, carnes e ossos. Antônio Conselheiro foi qualificado por ele como “um gnóstico bronco” (...) “Paranóico indiferente” (...) “um caso notável de degenerescência intelectual...desequilibrado, retrógrado, rebelde...”, afirma Cláudio Aguiar
Na visão de José Mauro Rosso, pesquisador de literatura brasileira, os textos de Euclides da Cunha expressam a realidade social e política de seu tempo, numa espécie de realismo impregnado de historicidade
Na opinião de Joana Luíza Muylaert de Araújo, além de ver, ouvir e tentar interpretar os acontecimentos, Euclides da Cunha fez deles um relato mais próximo de uma arte poética nem tão lógica ou convincente, mas, nem por isso, menos verdadeira
De acordo com Leonardo Vieira de Almeida, a primeira parte de Os Sertões, “A terra”, representa mais que um diagnóstico mesológico de uma região do Brasil. Trata-se, segundo ele, “da confecção de mapas poéticos, cartografia de escrita que concilia em altas doses a melopeia e a fanopeia”
Utilizamos cookies para melhorar sua experiência em nossos sites e fornecer funcionalidade de redes sociais. Se desejar, você pode desabilitá-los nas configurações de seu navegador. Conheça nossa Política de Privacidade