Objeto de interesse por pensadores ao longo da história, o riso recebeu inúmeros rótulos, como verdadeiro e falso, ressalta Vera Cecília Machline. Gargalhadas desenfreadas eram desaconselhadas, uma vez que também a alegria precisava ser “moderada”
Considerado demoníaco, o riso no medievo possuía traços ameaçadores, perigosos e tentadores, além de satânicos, argumenta o historiador José Rivair Macedo. Renunciar aos prazeres mundanos era a exortação dada através do argumento de que Jesus Cristo jamais havia rido
Fazer humor é transgredir, é despir as ideologias de suas roupagens, e as teorias de sua pompa, frisa a psicanalista Marília Brandão Lemos Morais. Os humoristas são aqueles que enterram as unhas no “mal-estar” do qual padece a contemporaneidade, fazendo ressurgir a transgressão
O riso passou por diferentes concepções ao longo da história: Platão acentuava que ele desviava as pessoas da Verdade, concepção que chegou até a Idade Média, pondera Verena Alberti. No século XIX, Arthur Schopenhauer classificou o riso como veia para alcançarmos o “impensado”
Dotado de força afirmativa, mas também subversiva, o riso demonstra a “eterna defasagem entre o que somos e o que deveríamos ser”, pondera o filósofo e psicanalista Mario Fleig. A partir da obra de Freud, o pesquisador analisa o significado do chiste e sua relação com uma verdade insuportável ao sujeito
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