Para Massimo Canevacci, ninguém é totalmente normal, e a questão da doença mental não pode ser compreendida como somente um problema médico. É algo legitimado culturalmente, assegura. E é preciso examinar a questão através de “indisciplinas”, e não mais por uma disciplina isolada

Nossa sociedade é baseada na exploração humana, e a violência é intrínseca a esse modo de produção, observa Osvaldo Gradella Júnior, e instituições como as psiquiátricas refletem tal característica. Classificação de normal ou anormal é “imposição ideológica do modelo de racionalidade burguesa”

Psiquiatria e Estado precisam ser separados. Além disso, o sujeito deve decidir, ou não, se deve tomar medicamentos psiquiátricos, afirma Thomas Szasz

Luta antimanicomial tem tradição libertária, observa Osvaldo Saidon. Opor razão e loucura é uma falsa injunção, pois ninguém é racional ou louco 24 horas por dia

A IHU On-Line já publicou outras entrevistas sobre o tema da loucura e da psiquiatria. Confira.