Na visão de José Antonio Spinelli, nosso sistema político-eleitoral é conservador e está assentado em uma sociedade que favorece o protagonismo das elites empresariais e da classe média liberal

Jairo Nicolau aponta que o eleitor brasileiro tem muito pouca informação e que seu padrão diante das urnas é ser guiado mais pelos nomes, pela avaliação que se faz de um governante ou de uma campanha, do que por questões partidárias e ideológicas

Na visão da socióloga Maria Victoria de Mesquita Benevides, ainda predomina na cultura política brasileira o poder oligárquico e a defesa de privilégios que perpetuam uma forma naturalizada de patrimonialismo. Portanto, conclui, “não temos República nem democracia consolidadas”

Para Marco Aurélio Nogueira, as alianças são inevitáveis em qualquer sociedade plural. Porém, defende que nenhuma aliança política deveria ser feita totalmente dissociada de uma aliança com a sociedade

Para Roberto Romano, alianças importam, em qualquer hipótese, na luta pelo poder. Mas se elas impedem as mudanças propostas no programa partidário, “temos o realismo de fancaria que sequer merece o epíteto de maquiavelismo”