Edição | 17 Dezembro 2018

Contra os ressentidos de 2013 é preciso alegria como substância para resistência

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João Vitor Santos

Thiago Amud analisa como as marchas foram apreendidas pelo “neofascismo” e vê na arte uma forma de ativar sentimentos que mobilizam sentimentos positivos como reação

O que a França tem vivido nos últimos tempos com o movimento dos “coletes amarelos” parece um filme que já foi visto pelo Brasil em Junho de 2013, ou mesmo pelo francês Nuit debout de 2016. De uma onda de protestos desencadeados a partir das redes, aparentemente sem liderança clara e como algo que emerge das bases, os confrontos se tornam munição para o sufocamento de ações progressistas, ao passo que nutrem reações de uma nova extrema direita. “Até 2013, a direita andava envergonhada, esgueirando-se fisiologicamente em cantinhos do PSDB, do DEM. A partir de 2013, a direita brasileira monta no cavalo negro do ressentimento e começa a agenciar todas as sombras do país”, observa o músico Thiago Amud, ao falar da realidade brasileira. Para ele, a profusão de 2013 não foi entendida pela esquerda – e talvez nem pela direita –, mas desse “não entendimento” se abre uma brecha e “o hype neofascista se alastra a partir daí”.

E como reagir? “Se compreendermos tal processo como um longo encadeamento entre causas intelectuais e efeitos anti-intelectuais, melhor entenderemos que a perversão é uma dobra sombria necessária do mundo dito esclarecido, e não um seu acidente”, analisa, na entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line. “Por isso, a alegria deve ser a própria substância de toda resistência aos hiper-racionais, dos catedráticos aos tecnicistas e aos ocultistas”, completa. Assim, é nesses movimentos que apreende similaridades com a experiência de Etty Hillesum. “Etty vai parar no coração da estrutura mortífera. Ali, dentro do mundo exausto reencantado artificiosamente pelos dispositivos do ocultismo e da técnica, ela nos faz enxergar que as qualidades de nosso estar no mundo nunca são atributos concedidos pelos donos do poder”, compara.

Amud ainda aponta a arte como uma chave interessante, que pode ajudar nesse processo de resistência alegre. “Os intelectuais acadêmicos da esquerda precisam entender algumas coisas que artistas já intuem: que o iluminismo não pode virar superstição; que a religiosidade do povo brasileiro tende ao messianismo; que ser republicano não é sinônimo de ser democrata; que a classe média não deve ser entregue de bandeja à máquina paranoica dos ultraconservadores; que é preciso não apenas entender a forma como as redes (estruturas de natureza não empática) conseguem acicatar todos os desejos reativos, mas também elaborar um programa de ação contra-hipnótico sob medida para essas mesmas redes”, acrescenta.

Thiago Amud é compositor, arranjador, cantor e violonista carioca, parceiro de artistas como Guinga, Francis Hime, Edu Kneip, entre outros. Na sua discografia, destacamos 78 rotações (2000), Sacradança (2010) e De ponta a ponta tudo é praia-palma (2013).

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Etty Hillesum trabalha uma resistência alegre em tempos sombrios, de personificação do mal. Qual a potência de uma resistência alegre diante do perverso?
Thiago Amud – Os tempos que couberam a Etty viver foram mais do que sombrios. Foram a própria Sombra desprendida da busca que o espírito alemão empreendeu no sentido de um total esclarecimento racional. A Reforma Protestante, a Crítica da Razão Pura e a dialética hegeliana, por exemplo, são sinais de um processo autoanalítico multissecular que vai exaurindo o espírito alemão, inteiriçando-o. Quando crises econômicas e avanços tecnicistas se juntam a isso, temos todos os elementos de uma ideologia totalizante de guerra.

A Sombra à qual me referi começa a ganhar vida própria quando ideólogos, já sem lastro naquilo que um dia fora a vitalidade daquela cultura, identificam a desorientação da maioria e conseguem “reorganizar” os anseios nacionais lançando mão de mitos ocultistas que aparentemente reinterpretam o sentido da existência daquela cultura. Os mitos arianistas galvanizam setores da elite e das classes médias e fornecem energia a um partido arrivista, cheio de ressentidos e alucinados.

Se compreendermos tal processo como um longo encadeamento entre causas intelectuais e efeitos anti-intelectuais, melhor entenderemos que a perversão é uma dobra sombria necessária do mundo dito esclarecido, e não um seu acidente. Por isso, a alegria deve ser a própria substância de toda resistência aos hiper-racionais, dos catedráticos aos tecnicistas e aos ocultistas. Etty vai parar no coração da estrutura mortífera. Ali, dentro do mundo exausto reencantado artificiosamente pelos dispositivos do ocultismo e da técnica, ela nos faz enxergar que as qualidades de nosso estar no mundo nunca são atributos concedidos pelos donos do poder. Alegria é entender que nascemos com nossa morte e que dela só nos tira Aquele que nos deu a vida.

IHU On-Line – Durante a repressão da ditadura militar, a poesia e a música eram oxigênio para resistência e para quem sonhava com tempos melhores. Quais os desafios para, em meio à aspereza de uma realidade, conceber escapes através de uma arte que anima e não se entregue ao lamento?
Thiago Amud – Sinto que é preciso que todos deem tudo que têm uns aos outros, menos sua fonte misteriosa de vida. Porque é claro que há os que exigem de nós justamente aquilo que não podemos dar.

O artista precisa se conhecer, saber qual é seu núcleo inegociável. Se algo ferir esse núcleo, que deixe vir seu lamento, pois quando o artista significa sua dor, mitiga o sofrimento do mundo. Não-artísticos são os amuos. Não-artística é a crueza da dor. Não-artística é a neura irredimida. Porque mesmo elegíaca a criação permanece altiva em relação à mesquinhez. E, aí, já está a alegria: esboço de triunfo sobre a opressão da sintaxe normativa, no mínimo.

Penso que quem quer que tenha ajudado qualquer pessoa a recuperar vontade de vida e alegria é um pouco anjo da guarda. Somente na arte a tristeza alegra, porque o indizível ganha nome sem perder o mistério. Por isso o artista não fabrica escapes: ele cria o campo simbólico onde todos poderemos não sucumbir ao pesadelo enlouquecedor da história.

IHU On-Line – Como observa a relação das gerações mais jovens com as músicas de artistas como Caetano , Gilberto Gil , Milton Nascimento , Chico Buarque e tantos outros que faziam resistência à repressão?
Thiago Amud – Dou aulas de violão e música e a maioria de meus alunos tem entre 20 e 30 anos. Eu, aos 13 anos, já sabia que a música brasileira seria meu destino. Fui crescendo em descompasso com meus colegas de sala de aula que, em sua esmagadora maioria, gostavam apenas de funk, dance music ou heavy metal. (Hoje vejo com simpatia o funk. Aprendi a gostar de tudo que não fere a alteridade. E o funk é uma bomba de energia brasileira).

Voltando a meus alunos: se quando eu tinha aquela idade esses compositores que você citou já faziam “música de velho” no entendimento adolescente de quase todo meu meio, imagine agora que eles têm 75 anos!

Então, vou aos poucos percebendo as inquietudes de cada aluno meu, suas questões existenciais, indignações políticas, conflitos amorosos e familiares. Só então eu tento aplicar neles os grandes nomes da música brasileira, sempre a partir do que eles me mostram de si mesmos, e nunca a partir de apriorismos meus sobre “formação cultural básica”. Não creio nesse negócio de ter que conhecer uma determinada quantidade de coisas para virar alguém. Já até fingi que acreditava nisso, mas sempre achei bobagem para aliviar má consciência de burguês. Ainda mais em se tratando de música, que é fluência, não é cânone.

Quanto aos quatro compositores citados acima, há neles elementos mais do que suficientes para todas as inquietudes.

Chico

A obra de Chico Buarque acompanha toda a formação do Brasil: todos os ciclos, todos os apogeus, todas as decadências. Gostar de Chico é gostar do Brasil: é gostar do samba, é ser bom sujeito, é gostar da sofisticação oblíqua da civilidade que em nós se esboça de modo específico e que vira e mexe é solapada por tsunamis de barbárie.

O enamoramento do Brasil por Chico é sinal de nosso ouvido musical, pois o coração da música de Chico é ardiloso, suas tonalidades tendem à ambiguidade entre os modos maior e menor, entre os afetos em conflito, da mesma forma que não sabemos se aqueles olhos ardósia são de zombaria ou melancolia. Nunca saberemos o que nele é máscara.

Caetano

Caetano Veloso não se deixa capturar pelas categorias da história e dos mascaramentos teatrais: sua música se abre a tudo que é vontade de vida. Sua radical adesão aos ideais da democracia – e não um seu narcisismo – exige que ele interfira o tempo todo. Caetano se diz e se pensa sem parar porque dizer-se e pensar-se é exercício de liberdade, interferir é afirmar as forças da vida.

Seja entre concretistas ou funkeiros, Caetano é sempre o coração sensível do legítimo desejo brasileiro de originalidade. Por isso mesmo – porque ele vê que poderíamos ser imensamente maiores do que somos – algumas de suas canções mais violentas surgem nas décadas da redemocratização, quando ficou nítido que mecanismos opressores nunca deixaram de atuar sobre os mais pobres.

Gil

Já a liberdade de Gil é a de quem venceu o medo da morte; portanto, venceu o desejo. A complexidade de sua obra é tamanha que parece regida por uma heteronímia quase pessoana. Mas, pop star ou mestre Zen, tribal ou intimista, tecnológico ou sertanejo, Gil sempre parece extrair suas canções de embates totais entre o seu coração e o do Ser. Assim, desvela dimensões e conexões tão insuspeitadas que não nos dão outra opção senão aceitarmos a vida por inteiro – o que muitas vezes é mal interpretado como relativismo ou passividade.

Movimentando-se constantemente entre ser ele mesmo o pulso da tribo e ser quem a pensa distanciadamente, Gil resulta misterioso. Há nele sempre algo que nos escapa, mas nunca tanto quanto em Milton Nascimento.

Milton

Milton talvez escape inteiramente até de si mesmo. Talvez antes dele a música popular brasileira nunca tivesse atingido o cerne inconsciente da vontade subjacente às representações. Por isso, tudo em sua música é experiência religiosa, chamamento, iniciação, sacrifício, epifania, liturgia, transe, comunhão. Ele não é discursivo, ele é a inteireza de uma intensidade, de uma revelação.

IHU On-Line – Na periferia das grandes cidades brasileiras, mesmo apesar de toda a adversidade, sempre brotou o samba, o rap e outras manifestações artísticas que buscam uma forma de resistência alegre. Hoje, nas periferias do Brasil, a arte ainda é uma arma potente contra supressão? Por quê?
Thiago Amud – Toda resistência cultural surgida nas periferias do Brasil age sobre toda a sociedade brasileira, e pode vir a ajudar a civilização como um todo, na medida em que entendemos por civilização um projeto universalizante baseado no respeito às alteridades. O sofrimento das periferias, sua experiência de choque direto com as engrenagens do Estado, produz os anticorpos da sociedade.

O Brasil viveu por muito tempo a cultura dos negaceios, da síntese entre os contrários, do entrelugar. O samba é isso: fluidez, síncope, tristeza que balança, dialética da malandragem. Já o rap, nascido nas periferias da megalópole pós-industrial São Paulo, introduz na cultura brasileira, pela primeira vez, um discurso direto não conciliatório.
Mas o mero fato de os Racionais reconhecerem a importância de Jorge Ben já particulariza o rap brasileiro, situando-o na linha da alquimia e da simpatia, inscrevendo-o na história da singularidade amorosa da música brasileira.

O Brasil não pode prescindir do samba nem do rap.

IHU On-Line – Em 2013 , o Brasil viveu uma explosão de narrativas, de inúmeras ações de coletivos que tomavam o espaço público. O que ficou dessa experiência hoje?
Thiago Amud – O hype neofascista se alastra a partir daí. Até 2013, a direita andava envergonhada, esgueirando-se fisiologicamente em cantinhos do PSDB, do DEM. A partir de 2013, a direita brasileira monta no cavalo negro do ressentimento e começa a agenciar todas as sombras do país. Adensa-se o caldo onde se move: desejo de criminalizar certos desejos sexuais, para desentravar a bestialidade de outros; projetos de pauperizar mais ainda os periféricos, desregulamentando seus direitos trabalhistas; avanços neopentecostais sobre a saúde pública; avanços ocultistas sobre a educação; defesa do direito à propriedade acima do direito à vida.

Quase todas as famílias brasileiras racharam. E não creio que tão cedo isso tenha volta. Então, acho que os coletivos emancipatórios que também tomaram as ruas em 2013, os movimentos sociais e os partidos de oposição, precisam agir coordenadamente no sentido da organização da energia política. O movimento não pode ser de mera reação, o que seria aceitar o ressentimento como instância política legítima.

Se as forças da conservação assumiram a vanguarda da agressividade, caberá às forças do progresso assumir a defesa suprapartidária do projeto original do amálgama brasileiro. Por outro lado, os intelectuais acadêmicos da esquerda precisam entender algumas coisas que artistas já intuem: que o iluminismo não pode virar superstição; que a religiosidade do povo brasileiro tende ao messianismo; que ser republicano não é sinônimo de ser democrata; que a classe média não deve ser entregue de bandeja à máquina paranoica dos ultraconservadores; que é preciso não apenas entender a forma como as redes (estruturas de natureza não empática) conseguem acicatar todos os desejos reativos, mas também elaborar um programa de ação contra-hipnótico sob medida para essas mesmas redes.

IHU On-Line – Em tempos de ódio e intolerância, ainda potencializados pelas redes sociais, surgem discursos que questionam o financiamento de espetáculos, alegando que investimento público não deve ser destinado para esse setor. Como responder a esses discursos?
Thiago Amud – Eu penso que os grandes artistas democráticos brasileiros podem ainda roubar o protagonismo dos debates sobre arte nas redes. Não basta fazerem declarações à imprensa, não basta nada que ainda configure uma comunicação vertical de cima para baixo entre artista e público.

Esses grandes artistas precisariam horizontalizar sua comunicação, fomentar fóruns de debate, ser pedagógicos, abrir diálogos diretos em suas páginas para tentar neutralizar e reverter a corrente de desamor geral formada por essa enorme quantidade de pequenezas blindadas. Penso que eles deveriam fazer isso não apenas para “salvarem suas peles”, mas para ajudarem a salvar as peles de todos os que chegamos depois deles e que amamos o Brasil, em grande medida, por causa deles.

Esses pequenos ódios covardes estão fazendo estragos porque permanecem expressões de um quantitativismo tacanho: número de likes e deslikes, “fulano enriqueceu”, “fulano é da mamata”. Ora, o mundo da arte é o mundo qualitativo. Portanto, pruridos aristocráticos não devem eximir artistas de cumprir parte de seu papel civilizatório. Espero que sejam radicalmente democráticos, que desçam dos tronos e falem com todos diretamente, inclusive com os haters. “Ouro, desça do seu trono!”, como disse aquele samba divino do Paulo da Portela .

IHU On-Line – Qual o papel da arte numa sociedade em crise?
Thiago Amud – Preparar o coração das pessoas para desejarem e merecerem os tempos melhores; para saberem que tal desejo não é alienação, mas, sim, saudade do futuro; para saberem que tal merecimento nasce de uma reeducação ética e estética.

IHU On-Line – Que canção representa o Brasil de 2018? E que música inspira a sonhar e construir um futuro para o país?
Thiago Amud – Vou começar essa resposta por uma longa digressão. Não me movo seguindo princípios rígidos de identidade e diferença. Não deduzo logicamente quase nada a partir dos consensos. Por isso sinto que onde há horror há beleza (Olha a Etty aí de novo!). Estou sempre em busca do germe de alegria no horror geral. Onde há alastramento do fascismo há anticorpos, em quantidade ainda maior.

Mas, analogamente, estive sensivelmente atento aos muitos grãos de emburrecimento geral que germinaram nos tempos de coalizão democrática. Quem me conheceu na década passada deve lembrar que não me esquivei nem mesmo de estudar algumas ideias da direita. Certa necessidade de ostentar liberdade já me fez dizer a colegas coisas injustas, por puro desfastio, por horror ao tédio. Dandismo é sinal de melancolia.

Caí lá do alto, meu tombo foi longo e muito bem vivido, porque afinal caí em mim. Sendo assim, vi de perto e posso afirmar que alguns dos avanços mais sinistros da neodireita ainda parecem, a muitos jovens semicultos e desorientados, nada mais que ampliação do debate democrático. Muitos desses dândis não estão nem perto de intuir que servem de massa de manobra.

Até onde entendo, a esquerda deve primar por sempre fazer que coisas contraditórias circulem às claras. Cabe a ela assumir os riscos da confusão saudável do mundo moderno que ela, num gesto iluminador, pariu. Mas, ao que me parece, no Brasil a intelectualidade progressista está tardando a ver a fundura do neomedievalismo jihadista que agora está desferindo sucessivos golpes no bom senso e nas bases humanistas da civilização.

Se a agenda regressiva está avançando tão a passos largos é porque um neorrelativismo hiper-racional está conseguindo inverter sistematicamente o sentido de todas as narrativas e convencer um bando de siderados em rede de que as esquerdas são corruptas, de que nunca houve ditadura, de que falar da herança da escravidão é mimimi, de que não há violência contra mulheres etc.

É preciso estudar

É preciso que os intelectuais progressistas estudem os “fundamentos” dessa hiper-racionalidade neofascista que age às claras invisivelmente, pois a agenda política regressiva nada mais faz do que traduzir tais “fundamentos”. Os intelectuais progressistas precisam se manter maiores do que a direita, abarcando-a, para antecipar suas movimentações e minimizar os males. A meu ver eles poderiam estudar ao menos duas fontes que, imagino eu, ainda desconhecem: o perenialismo de Guénon e o ocultismo de Evola .

O caráter político dessa luta deve ser vasto a ponto de incluir a luta pela descolonização do imaginário de um país em transe. Sendo assim, afirmo que tenho tentado acompanhar a curvatura desses problemas com minha música. Mas meu trabalho, que tem sido um teatro barroco de máscaras e uma vontade romântica de interferência na ordem das coisas, já envereda por caminhos outros.

Faço o que faço porque nasci no país do tropicalismo e do Clube da Esquina , da Casa da Tia Ciata e de Villa-Lobos , da bossa nova e de Jorge Ben, das polirritmias das congadas e das harmonias de Guinga.

Avesso do fascismo

A música brasileira é o avesso de todo fascismo e eu sou um músico brasileiro. Algumas canções que escrevi entre 2004 e 2013 já anunciavam muito do que vemos hoje. Depois dali enveredei por caminhos outros, onde estou reencontrando o veio original da minha música. Que venha a alegria.■

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