Edição 517 | 18 Dezembro 2017

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Argentina fecha o círculo do crime mais cruel da ditadura

Precisou esperar 40 anos pelo fechamento do círculo. Mas viveu para contá-lo. María del Rosario Cerruti, como outras mães de desaparecidos, estava juntando dinheiro em frente à Igreja de Santa Cruz na tarde de 8 de dezembro de 1977. Precisavam do valor para pagar um anúncio no jornal La Nación com os nomes de 804 desaparecidos. Dentro da Igreja, o infiltrado Alfredo Astiz, um capitão da Marinha que se fez passar por irmão de um sequestrado e havia conquistado a confiança das mães, deu o sinal da morte: beijou os que deviam ser sequestrados enquanto seus colegas observavam a cena, ocultos entre os fiéis que comemoravam o dia da Virgem.

Reportagem é de Carlos E. Cué, publicada por El País, reproduzida nas Notícias do Dia de 11-12-2017, no sítio do IHU.

Judith Butler: corpos que resistem ao ódio e ao poder

Judith Butler guarda muitas imagens em sua memória, sua obra reúne grande parte. O atentado ao World Trade Center, as fotografias que retratam os corpos torturados de Guantánamo e Abu Ghraib, os gritos que em 2011 incomodaram a perfeição sepulcral de Wall Street... Todas constituem peças de seu quebra-cabeças teórico que pensa e interpela a realidade. Mas, quando é questionada por uma, Butler cita a imagem da Praça Taksim, aquele círculo perfeito no coração de Istambul, onde há quatro anos uma reivindicação ambientalista acabou se tornando uma mobilização tão massiva que alguns até se iludiram com uma nova primavera árabe. Butler a descreve com completude substantiva, como uma imagem com “pessoas e objetivos unidos contra o poder da polícia”.

Entrevista com Judith Butler , publicada por Clarín-Revista Ñ, reproduzida nas Notícias do Dia de 8-12-2017, no sítio do IHU.

Coreias. Do tecnocapitalismo definitivo ao comunismo dinástico

Dois cronistas viajaram separadamente para as Coreias do Sul e do Norte e registraram suas impressões em um livro de crônica e ensaio aplicando a obra do filósofo Byung Chui Han e seus conceitos de “sociedade do cansaço” e “panóptico digital” e um desenvolvimento que deixa para trás o modelo de “sociedade disciplinar” de Foucault a favor de outro, que ele chama de “sociedade do rendimento”. O sul-coreano Byung Chul Han é uma estrela da filosofia atual, uma espécie de Foucault 2.0 com uma visão crítica da sociedade digital e suas ligações com o neoliberalismo do pós-Guerra Fria, cujos ensaios são um sucesso internacional de vendas. Inspirados em sua obra, Daniel Wizenberg e Julián Varsavsky analisaram cara e coroa da mesma moeda – a coreana.

A entrevista feita com Beatriz Ardiles, publicada por Página, reproduzida nas Notícias do Dia de 12-12-2017, no sítio do IHU.

Brasil tem maior concentração de renda do mundo entre 1% mais rico

Quase 30% da renda do Brasil está nas mãos de apenas 1% dos habitantes do país, a maior concentração do tipo no mundo. É o que indica a Pesquisa Desigualdade Mundial 2018, coordenada, entre outros, pelo economista francês Thomas Piketty. O grupo, composto por centenas de estudiosos, disponibiliza nesta quinta-feira um banco de dados que permite comparar a evolução da desigualdade de renda no mundo nos últimos anos.

A reportagem publicada por El País e reproduzida nas Notícias do Dia de 14-12-2017, no sítio do IHU.

Revolução e Democracia, reencontro incerto

"Democratizar a revolução e revolucionar a democracia são a única via para travar o caminho ao crescimento das forças de extrema-direita e fascistas que vão ocupando o campo democrático, aproveitando-se das debilidades estruturais da democracia liberal. A miséria da liberdade será patente quando a grande maioria da população só tiver liberdade para ser miserável", escreve Boaventura de Sousa Santos, sociólogo português.

O artigo foi publicado por Outras Palavras, reproduzido nas Notícias do Dia de 14-12-2017, no sítio do IHU.

''Estar nas encruzilhadas da história.'' As conversas do Papa Francisco com os jesuítas de Myanmar e Bangladesh

De 26 de novembro a 2 de dezembro, o Papa Francisco fez a sua 21ª viagem apostólica fora da Itália, dirigindo-se para Myanmar e Bangladesh. Na quarta-feira, 29 de novembro, logo após o encontro com os bispos de Myanmar, Francisco saiu da pequena sala que hospedou o encontro. Encontrou-se com 300 seminaristas esperando por ele para uma foto. Ele também cumprimentou um pequeno grupo de chineses, que mostravam com orgulho a bandeira da República Popular, e que lhe pediam: “Venha logo ao nosso país!”. O comentário é do jesuíta italiano Antonio Spadaro, diretor da La Civiltà Cattolica.

O artigo foi publicado pela La Civiltà Cattolica e reproduzido nas Notícias do dia de 15-12-2017, no sítio do IHU..

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