Edição 486 | 30 Mai 2016

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Redação

A IHU On-Line apresenta seis notícias publicadas no sítio do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, entre os dias 23-05-2016 e 27-05-2016, que tiveram repercussão ao longo da semana

STF, a última trincheira institucional, arrastado de vez para a crise

O Supremo Tribunal Federal (STF), mais alta corte de Justiça do país, voltou aos holofotes esta semana após a divulgação de áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Nos diálogos, com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), ex-ministro do Governo interino de Michel Temer, e Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e o ex-presidente José Sarney falam sobre tratativas com ministros do STF ou planos de fazê-las envolvendo a saída da presidenta Dilma Rousseff do cargo, freios na Operação Lava Jato e a crise.

A reportagem é de Gil Alessi, publicada por El País, 27-05-2016.

 

Compartilhar estupro coletivo nas redes, a nova versão da barbárie brasileira

Violação no Rio saiu na imprensa após homem postar que crime teria sido cometido por "mais de 30". No mesmo dia, novo caso de estupro grupal de uma adolescente foi registrado em Bom Jesus, Piauí. Um vídeo em que uma adolescente aparece nua, dopada e com marcas de violência se tornou viral na Internet nesta quarta-feira, 25 de maio, acompanhado de comentários que relatavam que ela foi vítima de um estupro coletivo – muitos deles de verve machista. Um grupo de homens a teria violentado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e depois alguns deles teriam filmado o crime com seus celulares para compartilhá-lo nas redes sociais. Uma das imagens compartilhadas mostra um homem com a língua para fora posando diante da pelve ensanguentada da menina.

 

A reportagem é de Camila Moraes e publicada por El País, 26-05-2016.

 

A era pós-PT

"Nenhuma luta pode ser cega, sem compreender – e principalmente assumir – os erros que levaram a esse processo. Não se pensa o futuro, tampouco se resiste o presente, sem olhar para o passado. A política não é, nem nunca foi, preto ou branco – ainda que diversas forças políticas queiram que acreditamos que é", escreve Rosana Pinheiro-Machado, cientista social e antropóloga, professora do departamento de Desenvolvimento Internacional da Universidade de Oxford em artigo publicado por CartaCapital, 25-05-2016.

Segundo ela, "a questão é buscar incessantemente por análises menos fervorosas e mais estruturais. E isso passa pelo entendimento de que o PT tentou conciliar diversas forças, por vezes inconciliáveis, acenando para os movimentos sociais, de um lado, e articulando com o capital financeiro internacional, de outro".

 

Àqueles que hoje ocupam nossos corações. Carta de professores aos estudantes que ocupam escolas públicas do RS

"A cada dia emociona a mais pessoas ver os jovens rostos de vocês, o brilho nos seus olhos, as lições em seus cartazes, cantos e atitudes, ocupando as escolas que são suas, por direito. Orgulha-nos sobremaneira ver vocês tomarem em suas próprias mãos este templo de amor e cuidado que deveriam ser as nossas escolas. E torná-los exatamente isso. Um local coletivo, organizado, alegre, onde cada um tem um papel protagonista para o todo. Onde o coletivo é maior que o indivíduo e o burocrático. Onde educadores e educandos dialogam, aprendem e ensinam, mutuamente", escrevem Antônio Lima, doutorando em Sociologia pela UFRGS e com pertença ao setor de Educação do Cpers/Sindicato, e Isabela Camini, doutora em Educação pela UFRGS e com pertença ao Setor de Educação do MST.

 

O convite histórico de al-Tayyib ao papa: "Venha a al-Azhar"

O grande imã da universidade islâmica sunita, pela primeira vez no Vaticano, agradeceu a Francisco pelas suas palavras sobre o respeito devido às religiões e o convidou ao Cairo. "O nosso encontro é a mensagem." Francisco acolheu com essas palavras, ao meio-dia dessa segunda-feira, 23, na biblioteca do Palácio Apostólico, o grande imã de al-Azhar, Ahmad Muhammad al-Tayyib, que, no fim da conversa, convidou o papa à universidade islâmica do Cairo.

 

A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada no sítio Vatican Insider, 24-05-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

A hora e a vez do pacto republicano

"A sociedade foi levada a crer que, afastando Dilma, livrar-se-ia da corrupção em larga escala e organizada. Engano completo. Dilma foi afastada porque tornou-se necessário celebrar um grande pacto, para o qual ela se mostrara insuficientemente ousada e sem força política para liderar. Pacto cujo objetivo não pode ser enunciado diante das crianças ou, como se dizia outrora, em casa de família", escreve Luiz Eduardo Soares, antropólogo, escritor, dramaturgo e professor de filosofia política da UERJ, em artigo publicado por Justifidando, 26-05-2016.

Segundo ele, "quem clama pela volta de Dilma, não compreendeu que ela se desqualificou, politicamente, para liderar o país. Equivoca-se quem pede novas eleições em nome da resistência ao neoliberalismo, sob a justificativa de que a Lava-Jato e a obsessão nacional pelo combate à corrupção são meras fachadas para deslocar Dilma e impor o modelo neoliberal de austeridade"

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