Edição 486 | 30 Mai 2016

Moda. A segunda pele do self em movimento

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Redação

Nossa identidade está sempre em movimento, em um exercício infinito de construção no qual bebemos de diversas fontes ao longo da vida. Entre essas molduras que assumimos durante a trajetória da invenção de nós mesmos, está o ato de vestir. A roupa, os adornos e demais aparatos que utilizamos para compor a aparência são a comunicação mais imediata que oferecemos a respeito do nosso modo de ser no mundo. Se pensarmos sobre os diversos processos que envolvem as etapas de concepção, produção, circulação e descarte dos produtos, a moda torna-se um espelho ainda mais profundo, refletindo elementos que dão indícios de quem somos e em que tipo de sociedade vivemos. Pesquisadoras e pesquisadores debatem a temática na revista IHU On-Line desta semana.
Imagem da capa: Mario Klingemann/ Flickr – Creative Commons

Renata Pitombo Cidreira, professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB, analisa a participação da moda no processo de constituição da atitude corporal dos indivíduos.

Sandra Regina Rech, pesquisadora no Centro de Investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design – CIAUD da Universidade de Lisboa, Portugal, pensa o campo das tendências e a habilidade do sistema de moda em refletir o espírito do tempo da sociedade.

Monique Vandresen, professora e pesquisadora da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, descreve os diferentes espaços midiáticos direcionados ao mundo da moda e como operam na potencialização do mercado e consumo de produtos.

Fernanda Simon, profissional da moda especializada em sustentabilidade e coordenadora do movimento Fashion Revolution no Brasil, assinala a importância de promover uma postura ética e responsável desde a concepção dos produtos na cadeia produtiva, passando pelo uso, até o momento do descarte.

Cariane Camargo, pesquisadora e professora do Curso de Moda da Unisinos, reflete sobre a experiência do projeto Desperta – Moda Para Mudança, iniciativa direcionada a comunidades em vulnerabilidade social que promove a moda a partir da visão do desenvolvimento sustentável, estimulando a criatividade e a valorização da identidade.

Renato Cunha, artista plástico, estilista e blogger, avalia o impacto da tecnologia na moda e aponta que investimento nessa área pode gerar modos de produção socialmente e ambientalmente engajados.

Antônio Carlos de Mello Rosa, oficial do Programa de Combate ao Trabalho Forçado da Organização Internacional do Trabalho – OIT no Brasil, tematiza o problema das condições insalubres de trabalho que ainda são uma realidade na indústria da confecção têxtil ao redor do mundo.

Também podem ser lidas nesta edição as entrevistas com Marlon Parente, diretor do documentário “As Bichas” que aborda a questão da identidade LGBT, com Juliana Ogliari, coordenadora do Núcleo de Estudos em Agrobiodiversidade da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, sobre a perspectiva do melhoramento genético de plantas, aliando a pesquisa ao trabalho do agricultor, e com Jean-Bosco Kakozi, da República Democrática do Congo, professor da Universidade de Witwatersrand, África do Sul, e atualmente fazendo o pós-doutorado no PPG em Direito na Unisinos, que discute o racismo desde a noção de Ubuntu.

Por ocasião do Ano Jubilar que tem como tema a Misericórdia esta publicação tem oferecido uma série de entrevistas sobre o tema. Nesta semana pode ser lida a entrevista com Paul Valadier, professor de filosofia das Faculdades Jesuítas de Paris – Centre Sèvres.

Acaba de ser lançado em Portugal a obra Jesuítas, Construtores da Globalização. Os historiadores portugueses José Eduardo Franco e Carlos Fiolhais falam das suas pesquisas expondo os resultados principais de seus trabalhados e publicados no livro.

A trajetória de vida de D. Claudio Hummes, cardeal que atualmente coordena a Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM, igualmente pode ser lida nesta edição.

A todas e a todos uma boa leitura e uma excelente semana!

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