Edição 480 | 07 Março 2016

'Reforma da Previdência Social e o declínio da Ordem Social Constitucional de 1988' é o tema de capa da revista IHU On-Line desta semana

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Redação

Em meio a tremenda crise política, econômica e institucional do País, os rumos da seguridade social e o futuro de milhões de brasileiros e brasileiras são tratados nos balcões de negócio do Estado com o sistema financeiro. A assim denominada reforma da previdência, possivelmente em pauta, por iniciativa do Executivo, no Congresso Nacional, é o tema em discussão na edição desta semana da revista IHU On-Line.
Fachada espelhada da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Foto: Andréa Xavier Xavier/Flickr – Creative Commons

Como alerta, Guilherme Delgado, economista, “a reforma da Previdência nos termos propostos é apenas o começo do declínio da “Ordem Social Constitucional” de 1988, empurrando o país para uma verdadeira “Ponte para o Passado”.

Participam do debate economistas, pesquisadores, juristas, cientistas sociais e cientistas políticos.

Denise Gentil, pesquisadora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, argumenta que os recursos da Previdência são superavitários, mesmo em tempos de recessão econômica.

Para Amir Khair, economista e mestre em Finanças Públicas pela Fundação Getulio Vargas – FGV, a imposição de cortes na área social representa uma imposição insistente da uma agenda de derrotados.

Guilherme Delgado, doutor em Economia pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, considera o tema da reforma, nos termos dados, um retrocesso.

O que está em jogo na reforma da previdência, segundo Maria Lucia Fattorelli, auditora fiscal e coordenadora da organização brasileira Auditoria Cidadã da Dívida, é um modelo de sociedade cada vez mais alinhado às perspectivas de mercado.

O professor Evilasio da Silva Salvador, da Universidade de Brasília – UnB, critica as decisões do governo que, como de costume, opta pela solução do capitalismo financeiro, cortando despesas da área social para “salvar” a economia.

Evandro José Morello, assessor jurídico da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura – Contag, aborda a proposta de mudança previdenciária, propondo um paradigma mais humanista à questão, sobretudo em relação às mulheres trabalhadoras rurais.

Eduardo Fagnani, professor do Instituto de Economia da Unicamp e coordenador da rede Plataforma Política Social, destaca que a disputa política em torno da Previdência é, na verdade, um ataque do sistema financeiro ao pacto social da redemocratização, fundamentado na Constituição de 1988.

O historiador e político Raul Pont avalia que a Previdência tem servido de bode expiatório para os interesses do sistema financeiro. “Nesse momento a discussão do sistema previdenciário está capitaneada pela mídia monopolizada e pelos grandes bancos”, sustenta.

Grazielle Custódio David, assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos – Inesc, em artigo publicado junto com o tema de capa, reflete sobre a necessidade de uma urgente e pouco participativa reforma previdenciária.

Os cientistas políticos Rudá Ricci e Giuseppe Cocco refletem, a partir dos sobressaltos políticos da primeira semana de março deste ano, o conturbado momento político brasileiro,

O impacto da recente descoberta das ondas gravitacionais no espaço são o tema das entrevistas com Guy Consolmagno, diretor do Observatório Astronômico do Vaticano, Mario Novello, do Instituto de Cosmologia Relatividade e Astrofísica – ICRA e Marcelo Gleiser, professor do Dartmouth College, em Hanover, nos Estados Unidos.

No segundo ano da publicação, nesta revista, da coluna “Crítica Internacional”, a cargo do Curso de Relações Internacionais da Unisinos, publicamos o artigo Por uma geoestratégia dos povos de Bruno Lima Rocha, o professor de Ciência Política e Relações Internacionais da Unisinos.

Desejamos a todas e a todos uma boa leitura e uma excelente semana!

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