Edição 475 | 19 Outubro 2015

Schiller e Hölderlin: “as sementes de um novo universo poético”

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Márcia Junges e João Vitor Santos

Influência de Schiller na obra de Hölderlin é decisiva em seus escritos, observa Joãosinho Beckenkamp

Uma admiração que marca a trajetória de Hölderlin por completo. Assim o Prof. Dr. Joãosinho Beckenkamp compreende a influência de Schiller sobre o autor de Hipérion. Tal impacto não cedeu nem mesmo após Hölderlin ter encontrado “sua própria posição, a partir de 1795”. Contudo, pondera o pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG na entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail, “é preciso recuperar a compreensão da importância de Schiller no contexto em questão” para entender esse apego. E destaca: “Falando da influência de Schiller sobre Hölderlin, neste sentido, há que reconhecer que se trata da mais nobre das influências, aquela em que um poeta e pensador lança em outro as sementes de um novo universo poético”.

Sobre o fato de a obra de Hölderlin expressar em seus escritos formas não ortodoxas do cristianismo, Beckenkamp reage apontando que a “insistência em ver em toda produção artística algum tipo de expressão do mitológico e/ou religioso caracteriza bem o filisteísmo que marca a leitura de Hölderlin no século XIX”. Acerca da questão dos pseudônimos usados pelo poeta alemão, destaca que essa “profunda inclinação” no uso de codinomes por um incapacitado mental, o que Hölderlin veio a se tornar depois de 1806, “denuncia antes o sadismo do olhar psiquiátrico, que Foucault nos ensinou mais recentemente a entender melhor; tal procedimento pode bem ser comparado à construção de factoides usual em nosso jornalismo de fofoca, em torno do qual se juntam sabidamente os olhares sádicos das massas modernas”.

Joãosinho Beckenkamp é mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS e pela Georgia Augusta Universität Göttingen, Alemanha, com a tese Kants Begriffstheorie. Cursou doutorado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp com a tese Conceito e Crítica: Estudo sobre a gênese do conceitualismo kantiano. Organizou a obra Immanuel Kant, Princípios metafísicos da doutrina do direito (São Paulo: WMF Martins Fontes, 2014) e é autor de O jovem Hegel: Formação de um sistema pós-kantiano (São Paulo: Loyola, 2009) e Entre Kant e Hegel (Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004). Leciona na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas.

Confira a entrevista.

 

IHU On-Line - Em que medida a poesia de Hölderlin ajudou a compor o imaginário literário romântico da poesia alemã?

Joãosinho Beckenkamp - O imaginário romântico alemão em geral é uma construção póstuma, encontrando só alguns elementos incipientes no movimento romântico como fenômeno histórico. Se é justo dizer que os irmãos Schlegel , Novalis  e mesmo Schelling  constituem fontes importantes deste imaginário, é incorreto afirmar o mesmo de Hölderlin, que se relaciona antes com o classicismo sui generis de Schiller e Goethe , em pleno apogeu quando Hölderlin entrou no cenário literário alemão.

A posterior incorporação da figura de Hölderlin ao imaginário romântico se deve, por um lado, a sua biografia realmente trágica e, por outro lado, a uma incompreensão de seu projeto poético. Projeto que começou a ser estudado com mais atenção só no século XX (assim, a fundamental obra tardia de Hölderlin, considerada ao longo do século XIX como produção ininteligível de um louco, teve sua primeira publicação efetiva apenas em 1914, na edição preparada por Norbert von Hellingrath ).

 

IHU On-Line - Qual é a razão pela qual os contemporâneos de Hölderlin o consideravam um imitador de Schiller?

Joãosinho Beckenkamp - Hölderlin estreou no cenário literário alemão sob a proteção de Schiller. Além disso, os poemas de sua fase inicial são fortemente marcados pela influência do conterrâneo mais velho e experiente. A admiração por Schiller, aliás, marca toda a trajetória de Hölderlin, não cessando sequer depois que este encontrou sua própria posição a partir de 1795. Para entender este apego, é preciso recuperar a compreensão da importância de Schiller no contexto em questão.

Marcado inicialmente pelo processo de esclarecimento em curso no século XVIII, Schiller encontra por volta de 1790 a formulação cabal dos princípios deste processo na filosofia crítica de Kant . Com entusiasmo, dá continuidade, em seus estudos sobre história universal, à filosofia da história de Kant, de acordo com a qual a humanidade começa em inocente união com a natureza, a qual precisa ser rompida para que o homem desenvolva sua racionalidade. Com a cisão entre natureza e liberdade, sensibilidade e razão, advém na história da humanidade a fragmentação, que só faz aumentar com o avanço da reflexão, da técnica e da civilização. Já na Teosofia de Julius, Schiller havia feito culminar este processo na recuperação final da rememoração, nobre tarefa dos artistas, segundo o poema Os artistas de 1789. Fiel à sua natureza artística, Schiller não podia aceitar sem reservas a contraposição irreconciliável entre natureza e liberdade que caracteriza a filosofia moral kantiana, procurando ir além de Kant no ensaio Sobre graça e dignidade, de 1793, e nas cartas Sobre a educação estética do homem, de 1795, textos seminais em que procura vislumbrar perspectivas de aproximação e reconciliação entre razão e natureza.

Estética do sublime

É esta busca de novas perspectivas morais e estéticas para o homem que Hölderlin acompanha desde a década de 1780, marcando sua trajetória tanto quanto a influência da forma lírica schilleriana marcou sua produção poética inicial. Esta busca de novos horizontes inaugura com muita ousadia o pensamento que se consolidaria progressivamente como idealismo alemão pós-kantiano, o que já por si coloca Schiller em posição de destaque neste contexto de efervescência revolucionária das ideias. Para a formação de Hölderlin como poeta trágico, entretanto, contribui ainda um outro avanço promovido por Schiller a partir da estética kantiana. Interessado na compreensão do drama moderno, gênero em que debutara e ao qual voltaria em seguida, Schiller se apropria da estética kantiana do sublime, levando-a do âmbito da contemplação da natureza, ao qual Kant a confinara, para o da representação artística, com o que prepara a passagem da estética do belo para a estética do sublime como forma adequada de compreender a arte moderna. 

Pois é na estética do sublime assim estendida que se encontra o fundamento teórico para a compreensão daquela apreciação estética do sofrimento que caracteriza o prazer com o patético e o trágico, tornando-se logo patente que é destino do homem moderno só encontrar ainda o sentimento de si como ser espiritual pleno neste misto de prazer e dor que se encontra no sentimento trágico da história e da própria existência. Em Schiller este desdobramento trágico do sublime começa a ser feito nos ensaios Sobre o fundamento do deleite com objetos trágicos e Sobre a arte trágica, ambos publicados em 1792, é continuado em Sobre graça e dignidade e no ensaio Do sublime, de 1793, ganha expressão igualmente em Sobre poesia ingênua e sentimental, de 1795/6, e culmina no ensaio Sobre o sublime de 1801; para Hölderlin, esta consequência trágica marca sua mais própria posição poética, atingida no decorrer de sua passagem por Iena em 1794/5.

Falando da influência de Schiller sobre Hölderlin, neste sentido, há que reconhecer que se trata da mais nobre das influências, aquela em que um poeta e pensador lança em outro as sementes de um novo universo poético.

 

IHU On-Line - É correto afirmar que a poesia de Hölderlin pode ser classificada como uma poesia metafísica? Por quê?

Joãosinho Beckenkamp - Num sentido em que se pode considerar a lírica de Schiller uma poesia filosófica, certamente não, pois nela de fato transparece o esquema intelectual subjacente. Algo que já foi criticado pelos contemporâneos. Mas seria correto considerar a poesia de Hölderlin uma poesia metafísica no sentido daquela integração dos propósitos da arte e da filosofia tão característica do movimento romântico e idealista alemão. Ainda que não se rebaixe jamais à simples expressão de ideias ou esquemas intelectuais, a poesia de Hölderlin se move no horizonte de um esquema histórico que tem sua origem em Rousseau , ganha conceitos mais precisos em Kant e é reivindicado para a arte por Schiller. Segundo este esquema, a história da cultura humana não transcorre linearmente, mas se caracteriza por uma cisão originária, na qual o homem perde sua unidade em si, com os outros e com a natureza, passando a se fragmentar cada vez mais num processo de especialização movido por uma progressiva reflexão e abstração.

Com a perda da unidade originária, começa a história do homem moderno, que se vê, pois, desafiado por uma incessante fragmentação e ameaçado de perder irrecorrivelmente a unidade. De dentro deste processo, propõe-se o esquema para uma filosofia da história que vê na especialização não só o lado negativo da fragmentação, mas também o lado positivo do avanço na formação da humanidade, cumprindo finalmente projetar a recuperação da imensa riqueza assim gerada num ato final de rememoração e reconciliação com este curso histórico, o que equivaleria a uma reconquista da unidade, agora enriquecida por toda esta complexidade.

Primeira constelação

Para a compreensão do destino desta filosofia da história da humanidade em Hölderlin, contribui bastante a pesquisa das constelações, iniciada por Dieter Henrich  nos anos 80 do século passado. Esta pesquisa identifica duas constelações marcadas por Hölderlin. Na primeira delas, tem-se a passagem de Hölderlin por Iena no momento em que Fichte  domina o cenário filosófico da universidade. Confrontado com a filosofia de Fichte, Hölderlin registra, num pequeno texto de 1795 intitulado Juízo e ser, a perda da unidade originária em termos da reflexão na consciência, que se move sempre em contraposições decorrentes da partição originária que cindiu a consciência em sujeito e objeto.

Neste mesmo período, Hölderlin avança com seu projeto do romance Hipérion, no qual este processo de cisão em contrapostos aparentemente irreconciliáveis é articulado com o esquema histórico que naquela altura passou a constituir o germe formador de uma nova filosofia da história, situando-se historicamente a cisão originária no período clássico da cultura grega. Claramente a partir de 1795, Hölderlin ensaia uma resposta estética ao ininterrupto processo de fragmentação que, desde aquela explosão de reflexividade na cultura grega do século V a. C., é constitutivo do homem moderno. Em seu projeto poético, Hölderlin aprofunda a estética do sublime proposta por Schiller, desenvolvendo uma arte no horizonte trágico deste processo histórico.

Segunda constelação

Na segunda constelação, temos o reencontro de Hölderlin com Hegel em Frankfurt entre 1797 e 1800, identificando-se uma forte influência do primeiro sobre o segundo. De natureza francamente prosaica, Hegel não podia, é claro, subscrever o programa estético do amigo, mas recebe dele a ambiciosa construção histórica que plasmará em sua própria filosofia especulativa, na qual se fundem filosofia da história e metafísica. Hegel reconhece, com Hölderlin, a irreversibilidade do processo histórico que levou da bela unidade grega à fragmentação do homem moderno, mas não o acompanha na passagem da estética do belo para a estética do sublime, o que o leva coerentemente a propor a tese do fim da arte (bela), fim este amplamente documentado nas experimentações desencontradas da antiguidade tardia.

Para Hegel, a arte não pode reconciliar o espírito com um mundo irremediavelmente prosaico como é o moderno. Esta tarefa só poderia ser realizada pela filosofia, através do conhecimento da necessidade do processo em questão. Compartilhando a mesma compreensão da história, em relação à qual se pode ainda falar de uma certa metafísica, Hölderlin e Hegel se distinguem, portanto, por decisões fundamentalmente diferentes no concernente à resposta dada ao desafio lançado pelo processo, tendo Hegel proposto uma reconciliação prosaica com um mundo prosaico, enquanto Hölderlin insistia numa resposta estética, aprofundando cada vez mais a percepção do trágico neste curso inevitável da história.

 

IHU On-Line - Em que sentido sua obra expressa uma forma não ortodoxa do cristianismo e como isso repercutiu em seu tempo?

Joãosinho Beckenkamp - A insistência em ver em toda produção artística algum tipo de expressão do mitológico e/ou religioso caracteriza bem o filisteísmo que marca a leitura de Hölderlin no século XIX. O tratamento dado à figura de Cristo, inegável sobretudo na lírica tardia de Hölderlin, expressa apenas com mais paixão e insistência o lamento, formulado por Schiller no poema Os deuses da Grécia, diante do fato de que o belo cosmos da mitologia politeísta grega tenha dado lugar a um único transcendente, deixando despovoado de deuses, mitos e heróis o mundo dos homens.

 

IHU On-Line - É possível afirmar que a inclinação de Hölderlin para os pseudônimos anagramáticos se manifestou já no Hipérion? Por que ele usava tais pseudônimos?

Joãosinho Beckenkamp - A pseudonímia não é característica de Hölderlin, que usou seu próprio nome na maioria de suas publicações. Na época, valeram-se de pseudônimos, por exemplo, Friedrich von Hardenberg , conhecido por seu pseudônimo Novalis, e Johann Christian Friedrich Richter , conhecido por seu pseudônimo Jean Paul; e nunca ninguém viu particular relevância nisto. A construção de algo assim como uma profunda inclinação de Hölderlin para os pseudônimos, obviamente a partir dos rabiscos de um incapacitado mental (Hölderlin depois de 1806), denuncia antes o sadismo do olhar psiquiátrico, que Foucault nos ensinou mais recentemente a entender melhor. Tal procedimento pode bem ser comparado à construção de factoides usual em nosso jornalismo de fofoca, em torno do qual se juntam sabidamente os olhares sádicos das massas modernas.

 

IHU On-Line - Por que Stefan George  aponta Hölderlin como poeta sagrado na nação alemã?

Joãosinho Beckenkamp - O melhor juízo sobre o culto do heroico e do irracional, elevado a requintes estéticos no círculo de George, é o juízo da história, que o coloca em íntima relação com a catástrofe nazifascista. A reivindicação de Hölderlin por parte destas correntes obscurantistas da cultura alemã só encontra sua explicação na imagem essencialmente falseadora que se construiu do poeta no decorrer do século XIX.

 

IHU On-Line - Qual é a peculiaridade da interpretação filosófica de Heidegger  sobre a poesia de Hölderlin?

Joãosinho Beckenkamp - No contexto da Primeira Guerra Mundial, Walter Benjamin  já havia formulado uma decisiva crítica da apropriação chauvinista de Hölderlin no círculo de George. Após a Segunda Guerra Mundial, durante a qual Benjamin perdeu sua vida fugindo da perseguição nazista, coube a Adorno  desempenhar papel semelhante em relação à apropriação heideggeriana de Hölderlin, o que ocorreu no ano de 1963 durante o encontro anual da Sociedade Hölderlin em Berlim. Em sua intervenção, que traz o título de Parataxis, Adorno empreende uma verdadeira desconstrução da leitura heideggeriana, mostrando-a na continuidade daquele falseamento do poeta que marcou por longo tempo sua recepção. Com golpes certeiros, Adorno aponta, por exemplo, para a inversão operada por Heidegger na relação entre o nacional e o estrangeiro na poesia de Hölderlin, inversão sem a qual não é possível apresentar Hölderlin como o poeta nacionalista alemão que dele se quis fazer.

Uma das peculiaridades da interpretação heideggeriana de Hölderlin consiste precisamente em tratá-lo como um poeta autenticamente germânico, ou seja, como um herói do nacionalismo alemão. Outra peculiaridade desta interpretação se expressa naquilo que Adorno chamou de jargão da autenticidade de Heidegger. Segundo este jargão, Hölderlin seria o poeta do autêntico ser originário ou da verdadeira origem, a ser buscada, no caso, em imemoráveis tempos pré-socráticos! Para compreender também isto como distorção, é preciso recuperar aquela filosofia da história de que se falou acima, e que coloca Hölderlin ao lado de Hegel entre os autores que procuraram responder à modernidade em seus próprios termos.

 

IHU On-Line - Em que consiste o conceito de parataxis de Theodor Adorno sobre a poesia de Hölderlin? E em que sentido Adorno refuta a recepção heideggeriana do poeta alemão?

Joãosinho Beckenkamp - Ainda que tenha vasta base material a seu favor, a crítica de Adorno a Heidegger não constitui algo assim como uma refutação da leitura heideggeriana, pois não é disto que se trata na recepção e interpretação das obras. Assim como a interpretação cristã do Antigo Testamento não constitui uma refutação da interpretação judaica de sua própria tradição, a qual se mantém viva até hoje, assim tampouco a crítica bem fundada de Adorno à interpretação heideggeriana de Hölderlin constitui uma refutação, sendo de prever que ela continue tendo fervorosos adeptos entre chauvinistas e descontentes com o mundo moderno em geral.

Quanto ao conceito de parataxe, foi ele cunhado no século XIX para reunir várias figuras de linguagem que se caracterizam por sua natureza assindética. Adorno o aplica a Hölderlin na esteira da leitura que Benjamin propôs de duas versões de um poema de Hölderlin no ano de 1914, o que é explicitado no ensaio Parataxis de 1963. Em seu comentário, Benjamin registra a tendência à simples justaposição de elementos divergentes na versão final do poema de Hölderlin, valendo-se da noção neokantiana de série, citada por Adorno, e ainda da noção de mosaico, proveniente dos trabalhos de Riegl  sobre a antiguidade tardia. Benjamin acabou por incorporar este procedimento em sua técnica da constelação, muito admirada e empregada por Adorno, no qual a parataxe constitui um elemento importante do estilo. 

A leitura de Benjamin e Adorno prepara a poesia hölderliniana para a acolhida numa perspectiva messiânica coerente com a herança judaica dos intérpretes. A ênfase na parataxe, com sua tendência à dissonância ou desarmonia, pode fazer esquecer, entretanto, o outro momento decisivo da poética de Hölderlin, o da harmonização das dissonâncias; o procedimento poético visado por Hölderlin se concebe melhor talvez com a noção de harmonia austera, que Hellingrath havia recuperado da tradição retórica em seu comentário de 1911 sobre as traduções hölderlinianas de Píndaro , e do qual é tributário, por sua vez, o comentário de Benjamin. A harmonização das desarmonias constituídas no processo histórico apela naturalmente a um sentimento trágico da existência, que perpassaria, então, toda a obra de Hölderlin. Mas isto remete ao complexo de sua poética, cujo tratamento exigiria muito mais espaço do que o previsto aqui.

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