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Redação
Violência contra os indígenas é um problema ético
Entrevista com Lucia Helena Rangel, doutora em Antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, professora da Faculdade e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais na mesma universidade, assessora do Conselho Indigenista
Publicada em 26-06-2015
“O número de casos de violações e violência contra indígenas aumenta, diminui, aumenta, diminui, mas o padrão da violência contra os indígenas não se modifica”, diz Lucia Helena Rangel em entrevista por e-mail à IHU On-Line, em que comenta o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – dados de 2014, lançado pelo Conselho Indigenista Missionário - Cimi no dia 19-05-2015, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, em Brasília. De acordo com a antropóloga, que há anos trabalha em conjunto com o Cimi na avaliação dos dados do Relatório, é “bastante delicado” buscar as causas desta violência, porque a relação de causa e efeito “não é tão nítida, na medida em que há uma série de fatores que contribuem para essa situação”.
Uma nova frente de esquerda, distinta do Podemos e Syriza, pode ser criada no País
Entrevista com Felipe Amin Filomeno, graduado e mestre em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, mestre e doutor em Sociologia pela Johns Hopkins University. Atualmente é articulista para a revista digital Outras Palavras.
Publicada em 25-06-2015
Apesar de o lulismo dar sinais de esgotamento, o modelo neodesenvolvimentista, implantado pelo ex-presidente Lula e seguido pela presidente Dilma em seu primeiro mandato, não deve ser visto como um “fracasso”, pois “proporcionou ganhos reais à maioria dos brasileiros por um período de mais de uma década, mas, hoje, diante da crise econômica mundial e do engessamento político do PT, não tem mais gerado aqueles ganhos”, ressalta Felipe Amin Filomeno em entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail. Na avaliação do sociólogo, a redução das políticas keynesianas e das políticas sociais de cunho social-democrata que vinham sendo implementadas até o primeiro governo Dilma estão diretamente atreladas às dificuldades que o país enfrenta por conta da crise internacional.
Gênero e espaço urbano: uma relação de poder e resistência
Entrevista com Ana Carolina Brandão, graduada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica – PUC-Rio.
Publicada em 24-06-2015
Entre as várias formas epistemológicas e políticas de interpretar as relações de gênero, uma via possível é abordar a questão a partir do espaço urbano. Essa é a perspectiva de estudo de Ana Carolina Brandão, que entende o espaço urbano não somente como uma “dimensão material-concreta fixa e neutra onde as relações sociais se dão”, mas, ao contrário, como um espaço que é construído pelas relações de poder que atravessam a sociedade. Em entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail, Ana Carolina comenta alguns casos em que a relação entre gênero e metrópole aparece, a exemplo da Marcha das Vadias, que desde 2011 reivindica o direito das mulheres de circularem pelo espaço público sem a ameaça de serem agredidas física ou psicologicamente.
Laudato Si’ e o resgate de uma relação integral entre Deus e a criação
Entrevista com Josafá Carlos de Siqueira, graduado em biologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, em teologia, pelo Centro de Ensino Superior da Companhia de Jesus, e filosofia, pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia. É mestre e doutor em biologia Vegetal pela Unicamp, e reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio.
Publicada em 23-06-2015
A abordagem ecológica da Carta Encíclica Laudato Si' sobre o cuidado da casa comum deve ser compreendida para além de uma reflexão sobre a urgência de enfrentar as mudanças climáticas e a crise ambiental. Ao colocar o conceito de ecologia integral como mote que conduz a leitura da Encíclica, “o Papa resgata a interpretação hermenêutica da tradição bíblica manifestativa, onde as relações Deus, homem e natureza estão profundamente imbricadas”, ressalta Josafá Carlos de Siqueira, ao comentar a Laudato Si’, em entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail. Na interpretação do jesuíta, a Encíclica do Papa Francisco “tocou num problema de fundo”, ao assinalar que a crise ecológica é, na verdade, uma crise antropológica.
Exploração madeireira atinge 46% da área florestal de Mato Grosso
Entrevista com Vinicius Silgueiro, graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Mato Grosso e analista de geotecnologias no Instituto Centro de Vida – ICV.
Publicada em 22-06-2015
A exploração madeireira em Mato Grosso atingiu 46% da área florestal do estado em 2013, segundo dados da pesquisa Transparência Florestal: Mapeamento da ilegalidade da exploração madeireira, realizada pelo Instituto Centro de Vida – ICV, e 70% do total da madeira explorada ilegalmente é oriunda de dez municípios, que estão localizados ao Noroeste do estado, onde há uma maior quantidade de florestas. A exploração ilegal é atribuída, entre outras razões, “às falhas que os sistemas de monitoramento e controle florestal apresentam”, explica Vinicius Silgueiro em entrevista concedida à IHU On-Line por telefone. De acordo com o engenheiro florestal, a exploração madeireira ilegal é mais intensa em áreas sem categoria fundiária definida, “onde ocorreram 34% do total de área explorada ilegalmente”, pontua.