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Redação
As reformas liberalizantes em pauta nas eleições presidenciais
Entrevista com Vitor Filgueiras, auditor fiscal do Trabalho e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho - CESIT
Publicada no dia 23-09-2014
Enquanto os candidatos à Presidência da República Dilma e Aécio ainda não explicitaram suas propostas em relação às normas trabalhistas, Marina "foi a única a divulgar um plano de governo com propostas mais concretas (...), claramente favorável aos interesses empresariais mais predatórios", assevera Vitor Filgueiras na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por e-mail. De acordo com o pesquisador, apesar da falta de clareza nas propostas dos outros dois candidatos, é possível perceber que "Aécio é o representante legítimo das forças empresariais no país, especialmente o capital financeiro e internacional", enquanto Dilma, "dando continuidade à postura do governo Lula da Silva, pouco contribuiu para a efetividade do direito do trabalho. Apesar de aparentemente paradoxal, a maior contribuição dada pelo seu governo à legislação trabalhista foi não dar encaminhamento a muitos projetos que precarizam a legislação já existente", pontua.
“As perspectivas para o século XXI são de menor crescimento e de maior desigualdade”
Entrevista com José Eustáquio Alves, Doutor em Demografia e professor do programa de pós-graduação em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas - ENCE/IBGE
Publicada no dia 24-09-2014
Apesar de o capitalismo ter sido “o sistema de produção histórico que mais gerou riqueza material em todos os tempos”, também foi responsável pela “grande desigualdade relativa”, diz José Eustáquio Alves à IHU On-Line, ao analisar o atual cenário econômico global e brasileiro. Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, ele contextualiza o quadro das desigualdades no mundo e lembra que ela foi maior entre as economias avançadas e os países em desenvolvimento nos primeiros 200 anos do capitalismo, mas, desde a década de 1990, “passou a existir um processo de convergência entre os países”, o qual proporcionou um quadro de redução das desigualdades. Contudo, o “alerta” na atual conjuntura, pós-crise financeira de 2008, é “para a possibilidade de interrupção destes ganhos”, enfatiza.
Biologia sintética: “Essa tecnologia é necessária?”
Entrevista com Silvia Ribeiro, pesquisadora e coordenadora de programas do Grupo ETC, grupo de pesquisa sobre novas tecnologias e comunidades rurais, com sede no México
Publicada no dia 25-09-2014
“Supostamente mais amigável com o meio ambiente”, tendo a biomassa como matéria-prima para produzir combustíveis e plástico, a biologia sintética não é uma proposta para sair da dependência dos combustíveis fósseis, diz Silvia Ribeiro à IHU On-Line. Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, ela adverte que as transnacionais petroleiras, empresas químicas e farmacêuticas que financiam as pesquisas de biologia sintética visam à “construção em laboratório de sequências genéticas sintéticas para construir, por exemplo, rotas metabólicas que alterem funções específicas em microrganismos ou para criar micróbios sintéticos inteiros com novas funções, capazes de produzir substâncias industriais”. Segundo ela, a manipulação ou criação de micróbios através da biologia sintética possibilitará “processar qualquer fonte de carboidratos como base para a construção de polímeros que podem ser processados, como combustíveis, farmacêuticos ou outras substâncias industriais.
PEC do Cerrado: uma tentativa de corrigir a omissão com os biomas brasileiros
Entrevista com Mauro Pires, sociólogo e ex-diretor do Departamento de Prevenção e Controle do Desmatamento do Cerrado do Ministério do Meio Ambiente
Publicada no dia 26-09-2014
A PEC do Cerrado, que tramita no Congresso há quase 20 anos, “procura sanar uma grave omissão do texto Constitucional de 1988” em relação à preservação dos biomas brasileiros, diz Mauro Pires, em entrevista por e-mail à IHU On-Line. Segundo ele, quando a Constituição foi elaborada, “a Amazônia estava literalmente em chamas, com extensos incêndios e desmatamentos, o que chamou a atenção internacional. A Mata Atlântica, por sua vez, estava ainda num ritmo de destruição igualmente intenso e o Pantanal já era conhecido como um bioma especial. Portanto, os Constituintes consideravam normal incluí-los mais a Serra do Mar como patrimônio nacional, mas deixaram de fora os demais biomas”. Assim, a PEC propõe que os Pampas, o Cerrado e a Caatinga sejam incluídos na categoria de patrimônio nacional.