Edição 203 | 06 Novembro 2006

Célia Severo

close

FECHAR

Enviar o link deste por e-mail a um(a) amigo(a).

IHU Online

O Projeto Tecnosocias não seria o mesmo sem a mais do que secretária Célia Severo. Fã dos músicos gaúchos Nelson Coelho de Castro, Bebeto Alves, Nei Lisboa e Vítor Ramil, Célia tem no Serviço Social a sua paixão. Conheça na entrevista a seguir um pouco mais dessa funcionária da Unisinos.

Origens - Sou de São Leopoldo, do Bairro Scharlau, sempre morei em São Leopoldo. Tenho três irmãos, duas mulheres e um homem.

Pais - Meu pai é de Parobé, e minha mãe, de Montenegro. Meu pai foi padeiro, inicialmente, depois trabalhou na indústria de calçados e mais tarde se aposentou. Minha mãe sempre foi dona-de-casa, muito dedicada à família. Meus pais são pessoas fantásticas, admiro-os muito. Dedico-me agora a cuidar deles, pois já têm 84 anos. Então estou bem envolvida neste período da vida deles.

Infância - Vivi sempre em uma casa na Scharlau, com muitas árvores frutíferas, com hortaliças, que meus pais cultivavam. Fui criada livre, brincando na rua com as crianças da vizinhança, no tempo em que ainda podíamos brincar na calçada, nas noites de verão. Os pais sentavam em cadeiras na calçada para tomar chimarrão e conversar, à noite. Não assistíamos muito à televisão, ficávamos na rua, brincando. Em frente a minha casa, vivia um professor que possuía uma vasta biblioteca, então eu apanhava algum livro, sentava embaixo do poste de luz e lia. Até hoje brincam comigo a respeito disso, pois enquanto todos brincavam, eu ficava lendo.

Estudos - Meu ensino fundamental foi feito na Escola Sagrado Coração de Jesus, colégio de freiras no bairro Scharlau. Na 6ª série fui para a Escola Estadual Olindo Flores, no mesmo bairro. Cursei o ensino médio fiz no Instituto Rio Branco, no centro de São Leopoldo.
 
Carreira - Trabalhei desde os 13 anos no departamento financeiro de uma fábrica de calçados, onde fiquei quase dois anos. Depois, fui para outra empresa de calçados, onde fiquei 28 anos, até ela fechar. Essa empresa me possibilitou fazer o curso de inglês e a faculdade de Ciências Contábeis, que iniciei na Feevale, mas nunca concluí. Fiquei dez anos sem estudar, trabalhando para comprar meu apartamento, e em 1995, retornei aos estudos, mas para o curso que me interessava realmente, Serviço Social, o qual concluo no final deste ano, depois de 11 anos. Agora me encontro no processo do trabalho de conclusão, intitulado “A intervenção do Serviço Social na Associação dos Diabéticos e Familiares de São Leopoldo e Região do Vale do Sinos: uma investigação sobre os modos de participação.”

Casamento - Sou casada há 20 anos e não tenho filhos.

Horas Livres - Nas minhas horas livres, leio, escuto música, almoço com a família aos domingos; faço passeios ao ar livre, coisas tranqüilas assim. Vou ao teatro e ao cinema. Gostava muito dos concertos da Orquestra Unisinos que aconteciam aos domingos.

Esporte - Pratico caminhada e também assisto a jogos de futebol.

Férias - Férias para mim é tranqüilidade, tomar chimarrão, e, se possível, ir à praia, sair com os amigos. Gosto mesmo é de relaxar ao ar livre.

Dia Perfeito - O dia perfeito para mim seria acordar tarde, almoçar em um restaurante chinês e passar o resto da tarde na Feira do Livro de Porto Alegre.

Paixão - Meus gatos Tales, Alethéia e Krupskaia.

Autor - Günter Grass, autor de O Tambor e de Erico Verissimo, especialmente. Dos livros que li em 2006, destaco A filha da fortuna, de Isabel Allende, e Os vendilhões do templo, de Moacyr Scliar. Acabo de ler Os Buddenbrook, de Thomas Mann. Mas a obra que recomendo, mesmo, é bem pouco conhecida: A menina que perdi no circo, da escritora paraguaia Raquel Saguier.

Música - Gosto dos gaúchos, como Nelson Coelho de Castro, Bebeto Alves, Nei Lisboa e Vítor Ramil. Legião Urbana é uma banda nacional que eu adoro. Na música internacional, gosto bastante de Bruce Springsteen. Ah! e música erudita, como Vivaldi, Bethoven, Chopin.

Filme - O Nome da Rosa, de Jean-Jacques Annaud, foi um filme marcante para mim. A biblioteca que aparece no filme, o clima medieval, é tudo muito bom. Cito também Bagdad Café, de Percy Adlon. São filmes a que sempre assisto novamente.

Política - O momento político que vivemos é importante pelo significado do resultado das urnas. Achei lamentável que a política estadual não tenha se alinhado com a federal. Seria mais interessante para o Estado.

Futuro - Agora me formo, pretendo seguir a carreira acadêmica, fazer um mestrado ou especialização.

Unisinos - Faz quatro anos que estou na Unisinos, ela tem passado por momentos difíceis e marcantes, mas ela continua sendo um vetor de conhecimento. A Universidade possui um corpo docente muito competente, além de ser um lugar lindo, muito bem cuidado. A Unisinos passa uma sensação de tranqüilidade, de que nós precisamos tanto para estudar quanto para trabalhar.

Instituto Humanitas - O Instituto Humanitas é maravilhoso pela produção de conhecimento que acontece, pela competência e a seriedade com que são tratados os temas, sempre muito atuais. Trabalhando no Tecnosociais conheci melhor as pessoas e achei muito bom, tanto o ambiente quanto a produção. O fato de manterem a revista, que chegou á edição 200, sempre com qualidade, é maravilhoso.

 

 

Últimas edições

  • Edição 552

    Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

    Ver edição
  • Edição 551

    Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

    Ver edição
  • Edição 550

    Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

    Ver edição