Edição 451 | 25 Agosto 2014

Destaques On-Line

close

FECHAR

Enviar o link deste por e-mail a um(a) amigo(a).

Redação

Entrevistas especiais feitas pela IHU On-Line no período de 18-08-2014 a 22-08-2014, disponíveis nas Entrevistas do Dia do site do IHU (www.ihu.unisinos.br).

Desenvolvimento econômico x crise ambiental: a superação da dicotomia e a expectativa de sair da inércia 

Entrevista com Sérgio Besserman Vianna, economista e autor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

Publicada no dia 22-08-2014

“A dicotomia meio ambiente de um lado, e crescimento econômico, combate à pobreza, combate à desigualdade do outro é anacrônica, é algo para ficar no século passado”, pontua o economista Sérgio Besserman Vianna. Segundo ele, neste século está “cada vez mais claro que só poderemos ter perspectivas de crescimento econômico se formos capazes de evitar a continuidade da degradação da natureza do planeta”. O economista enfatiza que as incertezas acerca de como a “humanidade vai reagir principalmente frente às mudanças climáticas” está “paralisando investimentos” e dificultando o cálculo da taxa de retorno de projetos de longo prazo. 

 

As hidrelétricas e o processo de intervenção na Amazônia

Entrevista com André Villas-Bôas, coordenador do Instituto Socioambiental – ISA

Publicada no dia 21-08-2014

“Qual modelo de desenvolvimento e ocupação que nós queremos na Amazônia? A construção das hidrelétricas que estão sendo feitas corresponde ao modelo que se deseja?”, questiona André Villas-Bôas em entrevista à IHU On-Line. Na avaliação dele, é um equívoco “achar que as hidrelétricas não são uma força de atração de um conjunto de investimentos que acabam modelando a forma que estamos ocupando a Amazônia”. Entre os empreendimentos questionados na Amazônia, Villas-Bôas destaca a construção da hidrelétrica de Belo Monte, que está com 50% das obras concluídas, e a hidrelétrica de Tapajós, que ainda está no projeto. Diante do processo de deliberação acerca desses empreendimentos, o indigenista chama a atenção para a necessidade de que a Convenção 169 da OIT seja vista como “uma oportunidade para se entender amiúde quais as preocupações dos povos indígenas em relação aos impactos desses empreendimentos sobre eles”, já que a consulta pública não tem o poder de interferir nas decisões políticas. 

 

Porto Alegre. Com pequenas e grandes obras, a cidade é um lugar de disputa permanente

Entrevista com Lucimar Siqueira, geógrafa, integrante da equipe do Observatório das Metrópoles Núcleo Porto Alegre

Publicada no dia 20-08-2014

A avaliação da organização espacial das cidades e das mudanças urbanas que estão acontecendo “passa por compreender as articulações entre um conjunto de ações promovidas pelo setor imobiliário, planos e programas tanto de caráter nacional quanto municipal, e ações do Executivo e do Legislativo”, frisa a geógrafa Lucimar Siqueira. Integrante do núcleo gaúcho do Observatório das Metrópoles, a pesquisadora acompanha as principais transformações em relação à moradia e à infraestrutura na cidade de Porto Alegre, as quais estão diretamente relacionadas ao Programa Minha Casa, Minha Vida, ao Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. Segundo ela, mais de 50 mil famílias que residem na capital gaúcha, com renda de até três salários mínimos, estão cadastradas no Programa Minha Casa, Minha Vida, o qual ainda apresenta problemas em relação à localização.

 

Uma violência invisível

Entrevista com Jacqueline Pitanguy, socióloga e ex-professora da PUC-Rio

Publicada no dia 19-08-2014

Os dados do Instituto de Segurança Pública – ISP do Rio de Janeiro demonstram que o número de estupros contra mulheres vem crescendo exponencialmente desde 2008, ao menos no estado carioca. Contudo, as informações podem ser interpretadas de outra maneira, como adverte a socióloga Jacqueline Pitanguy: “Quando temos um número crescente de registros de violência, não necessariamente é porque a violência está aumentando; tem de se considerar também que é porque as mulheres estão registrando, estão rompendo aquele muro de silêncio”. Na entrevista concedida à IHU On-Line, ela enfatiza os limites das estatísticas que registram casos de violência contra a mulher e assinala a necessidade de haver pesquisas nacionais recorrentes, que permitam comparações de casos e a elaboração de um panorama sobre a violência contra as mulheres, já que “estatísticas nacionais, com séries históricas, não existem”. 

 

Biogás como solução para os resíduos sólidos

Entrevista com Joachim Werner Zang, doutor em Ciências Naturais e professor de Química Tecnológica e do Mestrado em Tecnologias de Processos Sustentáveis do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - IFG

Publicada no dia 18-08-2014

Apesar do potencial energético para produzir biogás, o Brasil ainda investe pouco nesta fonte energética. Os motivos são claros: “o desconhecimento da tecnologia e a falta de necessidade”, já que 70% da energia produzida no país é oriunda de hidrelétricas, explica o pesquisador. Zang esclarece que o biogás, implantado na Alemanha há 20 anos, seria uma solução adequada não só como fonte de energia, mas para resolver outro problema ambiental brasileiro: a quantidade de lixo produzido e mal armazenado. Ele menciona que, segundo o Ministério do Meio Ambiente, “o país produz mais ou menos 300 milhões de toneladas de resíduos da agroindústria por ano e cem milhões de toneladas de lixo orgânico domiciliar”. Esse total de 400 milhões de toneladas de resíduos orgânicos, assinala, “poderia ser aproveitado, desde que separado devidamente de outros materiais”.

Últimas edições

  • Edição 552

    Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

    Ver edição
  • Edição 551

    Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

    Ver edição
  • Edição 550

    Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

    Ver edição