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da Redação
No entanto, enquanto o termo descreve bem o futuro no qual já estamos inseridos, seria possível vislumbrar o que vem em seguida? Para pensar os dilemas da imprensa na contemporaneidade e a emergência de um possível pós-jornalismo, pesquisadores e pesquisadores de diversas universidades participam da discussão.
C. W. Anderson, professor da City University of New York – CUNY e um dos autores do relatório Jornalismo Pós-Industrial, aborda as relações entre imprensa, tecnologia e novas formas de participação social, das quais decorrem as constantes crises que atingem a indústria de notícias.
Ramón Salaverría, da Universidad de Navarra, investiga o desafio dos meios tradicionais em manter seu prestígio comunicacional, adaptando-se a características dos meios nativos digitais. Já Ronaldo Henn, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unisinos, trata da construção dos ciberacontecimentos que, midiáticos por natureza, dispensam uma mediação a priori pelo jornalismo.
Os drones e o jornalismo imersivo são os temas centrais da entrevista de Antonio Brasil, da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, que nos lembra que inovação resume-se menos à tecnologia do que às novas ideias e narrativas. John Pavlik, da Escola de Comunicação e Informação da State University of New Jersey, analisa os esforços de promoção da interatividade e de envolvimento do público naquele que seria o segundo estágio do jornalismo online.
Luiz Martins da Silva, da Universidade de Brasília - UnB, distingue protojornalismo, jornalismo e pós-jornalismo que, por vezes, podem compartilhar a mesma página. A pluralidade de emissores e sua relação com o jornalismo é o tema da entrevista de Joshua Benton, fundador e diretor do Nieman Journalism Lab, da Universidade de Harvard.
André Lemos, da Universidade Federal da Bahia – UFBA, defende uma distinção entre funções midiáticas e pós-midiáticas para compreender a complexidade do atual ecossistema midiático. Ivana Bentes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, fala do midialivrismo na mídia pós-massiva.
Por fim, Cremilda Medina, professora aposentada da Universidade de São Paulo – USP, discute a importância do jornalista-autor na mediação do real, que supera novas ou velhas gramáticas, novas ou velhas mídias.
Completam esta edição as entrevistas de Renato Ortiz, da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, sobre identidade e tecnologia na “pós-modernidade”; de Osvaldo Pessoa Jr., da USP, sobre o medo da morte como “artefato psíquico”; e de Neiva Furlin, do Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Gênero da Universidade Federal do Paraná - UFPR, a respeito do papel da mulher no ensino de teologia.
A todas e a todos uma boa leitura e uma excelente semana!