Edição 446 | 16 Junho 2014

Territórios da Paz: Territórios Produtivos?

close

FECHAR

Enviar o link deste por e-mail a um(a) amigo(a).

Redação

Edição nº 207 dos Cadernos IHU Ideias, de autoria de Giuseppe Cocco

Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE

A edição nº 207 dos Cadernos IHU ideias publica Territórios da Paz: Territórios Produtivos?, de Giuseppe Cocco, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. O autor propõe uma série de reflexões sobre as Unidades de Polícia Pacificadora – UPPs, que, conforme ele enfatiza, estão em crise. A análise é estruturada em três pontos principais: o processo de “pacificação” das favelas no Rio de Janeiro; as “jazidas de crescimento pró-pobres” entre capitalismo e milícias; as políticas de mobilização nas favelas pacificadas. Para isso, Cocco parte da segunda plenária popular organizada no Complexo do Alemão, realizada no dia 17 de março de 2014, na qual foi lançado um manifesto para uma mobilização popular em prol de uma verdadeira paz, disponível em http://bit.ly/1kT7d0A. Conforme Cocco, naquele local, assim como em outros, a UPP “aparece como mera militarização, sem nenhum projeto social. Ao contrário, visa mesmo aumentar a segregação espacial e social. Ao mesmo tempo, a regulação dos pobres no resto da cidade é entregue a um hediondo regime de terror. A única inovação é que agora, de vez em quando, temos acesso às imagens do modo de funcionamento do Estado assassino. O extermínio dos pobres e dos negros não tem, infelizmente, nada de excepcional, pois se trata de uma prática normal. A exceção é composta por duas brechas: a democratização da mídia (como no mais último caso revoltante, o de Claudia Silva Ferreira, uma mãe de oito filhos assassinada e arrastada pelas forças de um Estado que não tem mais legitimidade, a não ser sua dimensão mafiosa e miliciana) e a mobilização democrática que continua desde junho. No meio desses crimes hediondos do Estado, que todos os dias nos confirmam tristemente, que Amarildo é o nome de uma das milhares de estações que compõem a via crucis da resistência popular nas cidades brasileiras, o envolvimento de governo e congresso com projetos de lei para limitar o direito de manifestação soa como algo ainda mais vergonhoso. O manifesto começa dizendo: ‘Queremos ser felizes e andar tranquilamente na favela em que nascemos’, construído de forma colaborativa e apresentado durante a segunda plenária popular realizada no Complexo do Alemão”.

Esta e outras edições dos Cadernos IHU Ideias podem ser adquiridas diretamente no Instituto Humanitas Unisinos - IHU ou solicitadas pelo endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 55 (51) 3590-8213. A publicação também está disponível aqui. Já as demais edições dos cadernos IHU Ideias podem ser acessadas aqui.

 

Últimas edições

  • Edição 552

    Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

    Ver edição
  • Edição 551

    Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

    Ver edição
  • Edição 550

    Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

    Ver edição