Edição 446 | 16 Junho 2014

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Redação

Entrevistas especiais feitas pela IHU On-Line no período de 09-06-2014 a 13-06-2014, disponíveis nas Entrevistas do Dia do sítio do IHU.

A cidade enfeitada e o não enfrentamento da exploração sexual durante a Copa
Entrevista especial com Daniella Alencar, militante feminista da Associação Frida Kahlo do Ceará
Publicada no dia 12-06-2014

Conhecida como uma das 241 rotas do tráfico sexual de mulheres, Fortaleza, uma das cidades-sede da Copa do Mundo, não promove, "por parte do Poder Público, nenhuma força-tarefa que seja para o enfrentamento a essa questão e isso é muito cruel", diz Daniella Alencar em entrevista à IHU On-Line. Segundo ela, a preocupação do Poder Público hoje é “enfeitar a cidade e tentar concluir o que não foi concluído no que diz respeito às obras físicas”. E continua: “Não se vê na cidade uma campanha institucional para o enfrentamento da exploração sexual ou aliciamento de mulheres durante o período da copa". Daniella acentua que, apesar de não haver uma prevenção em relação ao tráfico de mulheres, há uma preocupação social em torno da questão, tendo em vista que o grande público que virá para assistir aos jogos da copa do mundo são homens.

Copa do Mundo: “O brasileiro, louco por futebol, está alijado dos campos”
Entrevista especial com Rafael Alcadipani, vice-chefe do Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos da FGV e pesquisador de organizações policiais e manifestações.
Publicada no dia 11-06-2014

Uma “apatia no ar”, “um clima de medo” e “a presença do Exército nas ruas”. É com esse cenário que os brasileiros vão assistir aos jogos da Copa do Mundo no “país do futebol”, diz Rafael Alcadipani, um dia antes do início do mundial, na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line. A sensação, acentua, é a de que “o Brasil está triste por sediar o evento, o contrário do que se imaginaria em um país de fanáticos por futebol e um país que gosta de festas”, assinala. Apesar das manifestações recorrentes nas ruas e nas redes sociais, seguidas do grito “não vai ter copa”, “a tendência é de que os protestos contra a Copa não vinguem tanto, pois o evento está aí”, propõe. No entanto, demandas específicas de categorias podem ganhar corpo. “De todo modo, não podemos negar que existe um grande clima de insatisfação nas ruas no Brasil”, avalia o pesquisador.

Mais da metade dos municípios não têm serviços de saneamento básico
Entrevista especial com Édison Carlos, químico industrial pós-graduado em Comunicação Estratégica
Publicada no dia 10-06-2014

O monitoramento das obras de saneamento básico realizadas pelos PAC 1 e PAC 2, realizado pelo Instituto Trata Brasil, revela não só que a maioria das obras estão atrasadas ou paralisadas, mas que “17% da população não recebe água tratada e 51% não tem acesso à coleta de esgotos”, informa Édison Carlos em entrevista concedida à IHU On-Line. Das 219 obras analisadas — 149 de esgotos e 70 de água — em municípios com população superior a 500 mil habitantes, no período de 2007 a 2013, “foram 24% de obras de esgotos do PAC 1 concluídas e 19% considerando a soma dos 2 PACs. Nas obras de água, o cenário vai de 34% de obras concluídas no PAC 1 até 27% quando se consideram os 2 PACs”, diz. O atraso das obras, segundo ele, está relacionado a problemas gerados pela apresentação de “projetos desatualizados ou tecnicamente falhos”.

Vale do Sinos preparado para os maiores níveis de chuva?
Entrevista especial com Jackson Müller, biólogo e professor da Unisinos e da Pós-Graduação em Direito Ambiental da Universidade de Caxias do Sul
Publicada no dia 09-06-2014

Para o biólogo Jackson Müller, a falta de planejamento no crescimento e urbanização das cidades e redução das áreas de banhados, que atuam como reservatórios naturais para amortecimento das cheias, são alguns dos fatores que intensificam os impactos gerados pela alteração no regime das cheias, que ocasionam enchentes e deixam famílias desabrigadas na região do Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul. Em entrevista à IHU On-Line, ele propõe que os desafios postos à gestão pública estão diretamente relacionados à realização de obras de saneamento básico, em especial à drenagem urbana. Aliado a isso, Müller enfatiza que a falta de consciência social de que as ações individuais geram um efeito que se multiplica, o que  “constitui um dos maiores problemas para a efetividade das medidas de prevenção dos episódios mais críticos”

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