Edição 422 | 10 Junho 2013

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Redação

Acompanhe as dicas de leitura desta semana

RANDOM, Michel. O pensamento transdisciplinar e o real. São Paulo: Editora Triom, 2000

Desde muito vivo provocado pela força que pode estar presente na relação de um conceito, de um gesto, de um conteúdo, de uma disciplina, com o mundo e a vida em geral. Falar do mundo e da vida em geral não significa dizer de uma variedade solta de coisas, seres, objetos, porém, algo trançado entre si, um emaranho de fios que se cruzam produzindo tensões, disjunções e conjunções, como diria Gilles Deleuze. Vários autores em âmbito global vêm escrevendo nesta linha trançada, cruzando conceitos e saberes, produzindo o que chamamos e desejamos experimentar: a transdisciplinaridade. Nesse sentido, um livro que estou sempre a ler, reler, visitar, retirar de minhas gavetas, para pensar com aquilo que interlocutores intensos e densos colocam, é O pensamento transdisciplinar e o real. Michel Random, em conversas com diferentes pensadores, pesquisadores e poetas de nosso tempo, compõe diálogos muito fortes, ao mesmo tempo críticos e propositivos, em relação ao desafio de ultrapassar o perigo da simplificação, das fronteiras instituídas, dos círculos fechados em torno de si mesmos. Pensar trans é o que movimenta os diálogos com personagens como Michel Camus, Edgar Morin, Gilbert Durand, Basarab Nicolescu, Lima de Freitas, entre outros. Estar entre as coisas nos faz desde sempre outros.

Laércio Pilz, coordenador do núcleo de Humanismo Social Cristão da Unisinos, professor do Centro de Ciências Humanas

 

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