Edição 414 | 15 Abril 2013

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Redação

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FISK, Robert. A grande guerra pela civilização: a conquista do Oriente Médio (São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2007, 1.493 páginas)

Baseado em Beirute, Fisk, escritor e jornalista britânico, trabalhou como correspondente do The Times, de Londres, no Oriente Médio de 1976 a 1988. Ele foi testemunha ocular de vários embates e situações que a guerra provocou em países da região. Escreveu histórias “ao pé do canhão” e foi um dos primeiros jornalistas do Ocidente a entrevistar Osama bin Laden em pelo menos três ocasiões, entre 1993 e 1997. Cobriu os conflitos na Irlanda, a revolução dos Cravos, em Portugal, a revolução iraniana de 1979, a ocupação soviética no Afeganistão, as guerras do Golfo, Irã-Iraque, da Bósnia, do Kosovo e a invasão do Iraque, em 2003. Fisk entende que jornalistas devem ser as primeiras testemunhas imparciais da história. “Se há alguma razão da nossa existência, no mínimo deveria ser nossa capacidade de informar sobre a história à medida que vai acontecendo, de modo que ninguém possa dizer: ‘Não sabíamos, ninguém nos disse nada’”.

A repórter israelense Amira Hass, do jornal Haáretz, levou-o a compreender, num debate, que o jornalismo deve desafiar a autoridade “principalmente quando os governos e os políticos nos levam à guerra, depois de decidirem que eles matarão e outros morrerão”. A guerra, definiu Fisk, representa “o fracasso absoluto do espírito humano”.

Daí o seu olhar crítico sobre os acontecimentos no Oriente Médio, o papel das grandes potências e os conchavos buscados por ingleses, estadunidenses, russos, chineses, com os poderosos senhores locais, para garantir vantagens econômicas, sem que a contabilidade das perdas de vidas humanas fizesse qualquer diferença. 

Edelberto Behs, coordenador do curso de graduação em Jornalismo da Unisinos 

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