Edição 388 | 09 Abril 2012

Ressentimento, vingança e ódio. É possível dissolvê-los no perdão?

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IHU On-Line

O perdão é o tema em debate na edição da IHU On-Line desta semana.

Para o psicanalista Abrão Slavutsky, perdoar a si mesmo e aos outros é fundamental para que vivamos de forma menos angustiada. É um imperativo para sermos melhores, disse. José Luís Caon, também psicanalista, acentua que o perdão total e perene é inconcebível, ao passo que o autoperdão é uma invenção a que podemos nos dedicar. O filósofo Luís Filipe Pondé, com a perspicácia que lhe é peculiar, concedeu-nos uma breve mas instigante entrevista, ressaltando que o “perdão tem que ser graça”. Perdoar é coisa de “gente saudável, pouco narcísica e que é capaz de amar”, frisou. A concessão do perdão e a dissolução do ressentimento e do gozo do ódio formam a temática examinada pelo filósofo e psicanalista Mario Fleig, da Unisinos. Conceder o perdão rompe com a espiral de violência e agressão, destaca. Na opinião do padre Júlio Lancellotti, vigário episcopal do Povo de Rua em São Paulo, o perdão é um ato de dignificação, e a vingança nunca pode ser considerada um caminho. Daniel Yussuf Abu Tariq explica como o Islã encoraja o perdão a partir da promessa de uma recompensa na outra vida para aquele que o pratica.

O advogado Jair Krischke analisa a revisão da Lei da Anistia e a criação da Comissão da Verdade. Segundo ele, “não há nenhuma revisão a ser feita na Lei da Anistia”. Os desafios do Direito no século XXI é a temática do advogado Álvaro Pires, da Universidade de Otawa, Canadá. Taysa Schiocchet fala nos bancos de perfis genéticos como ''uma forma mais sofisticada de biopoder''. O professor, sociólogo e senior fellow da Georgetown University, Jose Casanova, analisa o fenômeno da globalização da religião, entre outros temas.

María Trinidad García Leiva, doutora em comunicação social e docente da Universidad Carlos III, reflete sobre a renovação pendente que surge do rádio e da pesquisa.

O amor fati como resposta à tirania do sentido é a temática abordada pelo filósofo Danilo Bilate, autor de A tirania do sentido: uma introdução a Nietzsche (Rio de Janeiro: Mauad X, 2011).

O legado de Millôr Fernandes (1923–2012) norteia a entrevista concedida por Henrique Rodrigues, doutorando em Literatura pela PUC-Rio.

A bios humana: paradoxos éticos e políticos da biopolítica é a temática que inspira o artigo escrito pelo filósofo Castor Bartolomé Ruiz, da Unisinos. André Luís Leite de F. Sales, psicólogo, debate a mudança de foco promovida pela desinstitucionalização da loucura no Brasil através do trabalho dos agentes comunitários. O tema estará em debate nesta quinta-feira, 12-04-2012, no Instituto Humanitas Unisinos - IHU. Milton do Prado Franco Neto avalia a filmografia de Terrence Mallick em uma entrevista exclusiva. A árvore da vida, última produção do diretor norte-americano, estará em exibição nesta terça, 09-04-2012, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros.

A carioca Patrícia Sant’Anna, professora e coordenadora da Clínica de Fisioterapia da Unisinos, revela um pouco mais de sua trajetória de vida, sonhos e alegrias.

A todas e a todos uma ótima semana e uma excelente leitura!

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