Edição 385 | 19 Dezembro 2011

Mística: experiência que integra anima (feminilidade) e animus (masculinidade)

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Moisés Sbardelotto

A mística “é uma experiência que integra, em reciprocidade fundamental, as dimensões de anima (feminilidade) e animus (masculinidade) que habitam cada pessoa humana”, afirma Faustino Teixeira. “Há uma ‘lógica do coração’ que transborda a ‘lógica da razão’”

Por mística, podemos entender uma “experiência singular de estar mergulhado na ‘ternura’ de Deus, com a consciência viva de que tudo é dado por Ele”. “Não é um deleite qualquer, mas um ‘deleite insuportável’, pois a alma é pequena para o alvoroço que ele provoca”. Uma experiência facultada a todos, não apenas aos que se definem como religiosos, explica Faustino Teixeira, professor do programa de pós-graduação em ciência da religião da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF.

Por isso a mística “é uma experiência que integra, em reciprocidade fundamental, as dimensões de anima (feminilidade) e animus (masculinidade) que habitam cada pessoa humana”. E as grandes mulheres místicas da história, nesse contexto, foram “mulheres ousadas, que traduzem uma rica e original abordagem do divino”.

Em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, Teixeira analisa o legado de místicas como Teresa de Ávila e Marguerite Porete, um legado “do desafio do despojamento, da humildade, da liberdade e da abertura”. Ambas as mulheres nos ensinaram “a entrega aos cuidados de Deus. Nosso tempo é marcado pela busca de resultados, pela eficácia e produtividade. Os místicos, na contramão dessa lógica, insistem na virtude da paciência. Há que saber esperar”, afirma.

Por outro lado, analisando a linguagem dos místicos, Teixeira afirma que há algo que escapa às interpretações tradicionais. “Necessita-se de algo mais para penetrar em seus mistérios. Há uma ‘lógica do coração’ que transborda a ‘lógica da razão’”. Não há, por isso, “uma gramática teológica plausível para interpretar a novidade linguística que acompanha uma experiência que é viva e profunda. Esse é um desafio – conclui – que fica para nós, estudiosos da mística”.

Faustino Teixeira é professor do programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião, da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, pesquisador do CNPq e consultor do ISER-Assessoria. É pós-doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Entre suas últimas publicações, encontram-se Catolicismo plural: dinâmicas contemporâneas (Vozes, 2009); Ecumenismo e diálogo inter-religioso (Santuário, 2008); Nas teias da delicadeza: Itinerários místicos (Paulinas, 2006); e No limiar do mistério. Mística e religião (Paulinas, 2004).

Confira a entrevista.


IHU On-Line – Como podemos compreender a experiência mística? E em que sentido é possível falar de uma “mística feminina”?

Faustino Teixeira –
Para responder a essa questão faço recurso à narrativa de uma grande mística, Teresa de Ávila. Em seu Livro da Vida, no capítulo 10, ela descreve sua experiência como um evento interior, marcado por grande “sentimento da presença de Deus”. Trata-se de um sentimento que não dá lugar à dúvida, que envolve toda a pessoa no regaço do Mistério e cala todas as tentativas de explicação. Numa tal situação, “a alma fica suspensa” e o “intelecto não discorre”. Mas permanece acesa a vontade que ama. É uma experiência singular de estar mergulhado na “ternura” de Deus, com a consciência viva de que tudo é dado por Ele.
Muito rica também é a narrativa do místico e poeta nicaraguense, Ernesto Cardenal , em sua linda obra Vida no amor. Ele fala também de uma presença que envolve o sujeito e o deixa com “tremor e espanto”. E não há como escapar dessa presença que inflama a alma: “Quer esconder-se e desaparecer dessa presença e não pode, porque está como entre a espada e a parede, esta entre Ele e Ele, e não tem onde escapar, porque essa presença invade céus e terra e a invade também a ela totalmente, e ela está em seus braços”. Não é um deleite qualquer, mas um “deleite insuportável”, pois a alma é pequena para o alvoroço que ele provoca. É um deleite agridoce enquanto “infinitamente amargo e infinitamente doce”, mas traz consigo uma alegria genuína e única, maior do que toda a felicidade que a vida até então proporcionou. E não é uma experiência facultada unicamente aos que se definem como religiosos, mas a todos, indistintamente, na medida em que estão propensos a viver situações precisas de um sentimento de envolvimento que ilumina a vida e acende o olhar.

Não sem razão, Raimon Panikkar  definiu a mística como uma “experiência integral da vida”. É verdade que ela envolve uma “experiência” e o sentimento de uma “presença” que escapam do controle e transcendem as práticas religiosas usuais, mas é algo que ocorre em nossa vida cotidiana e terrenal. Todos podemos ser eventos dessa “visita” inesperada de uma “misericórdia” que escorre do inefável e que encanta a vida com o toque de sua beleza, que é “presença que fala”. Não há como enquadrar a experiência mística como feminina ou masculina; ela transcende e ao mesmo tempo envolve essas categorizações. Diria que é uma experiência que integra, em reciprocidade fundamental, as dimensões de anima (feminilidade) e animus (masculinidade) que habitam cada pessoa humana.


IHU On-Line – Em sua opinião, que figuras históricas mais se destacam na abordagem feminina de Deus e do Mistério? Por quê?

Faustino Teixeira –
Nessa abordagem feminina de Deus e do mistério destacam-se inúmeras figuras históricas. Encontramos na época medieval a esplêndida experiência das beguinas, que beberam na fonte da teologia do amor dos cistercienses Bernardo de Claraval  e Guilherme de S.Thierry, que foram pioneiros na retomada da interpretação mística do Cântico dos Cânticos. Destacam-se, entre as místicas beguinas, Hadewijch de Antuérpia, Mechthild de Magdeburgo e Marguerite Porete, todas do século XIII. São mulheres ousadas que traduzem uma rica e original abordagem do divino. São místicas que se inserem na dinâmica da mística nupcial (brautmystik), distinta da mística especulativa (wesenmystik). O tema central é o do amor, que se insere no coração mesmo da divindade, entendida como Minne. Trata-se da força divina que invade e escorre por todo o universo, que flui gratuitamente para todo canto. Ou então, como em Marguerite Porete, a Dame-amour, que confere uma nova configuração de gênero à deidade. Essa tradição mística nupcial ganha vitalidade e também inusitada riqueza simbólica na experiência de outra grande mística do século XVI, Teresa de Ávila. Pode-se ainda lembrar as presenças mais modernas de Edith Stein , Simone Weil  e Etty Hillesum .


IHU On-Line – Para falar do Mistério ou da Realidade Última, místicos/as sempre fizeram referência ao “amor”. Em sua opinião, quais as principais facetas do amor a partir da experiência das grandes mulheres místicas da história?

Faustino Teixeira –
Vou me concentrar aqui no relato das beguinas, que é exemplar a esse respeito. Retomando a experiência mística dessas mulheres medievais, cuja linguagem vem tecida pelo parler-femme, o tema do Amor é central. A ideia de Minne para expressar a divindade é muito rica e plástica. É um predicado de Deus, mas que envolve a realidade fundamental que a tudo anima. Como assinala Hadewijch, é como o ar que se respira, que atua sem cessar no interior de cada um. Não há como escapar desse fluir do amor, desse “jogo” do amor onde todos estão envolvidos. A divindade não se encontra distanciada do tempo e da vida cotidiana, mas está ao alcance do desejo humano. Em alguns casos, como na narrativa de Mechthild, estamos diante de um “encontro erótico com Deus”. Em passagem do livro sétimo de sua obra A luz fluente da divindade, em resposta a uma pessoa que suplicava e rezava, Nosso Senhor responde: “Eu te desejei antes da criação do mundo. Eu te desejei e tu me desejas. Lá onde se encontram dois desejos ardentes, ali o amor é perfeito” (VII,16).

Em outra impressionante passagem do mesmo livro Mechtihild relata o encontro da alma com a divindade. Assim que a alma entra na câmara da divindade, no seu leito de amor, vem por ela interrompida e se assinala que, para adentrar-se nessa, câmara há que estar desnuda, sem nenhum obstáculo entre as duas. Para se dar entrada no leito nupcial dos amantes – sublinha Deus – há que romper o temor e a vergonha (I,44).
Assim também em Porete, na obra O espelho das almas simples, a figura divina vem representada no feminino, Dame Amour, a LoinPrés, que se vela e desvela simultaneamente. Rompendo com os estereótipos do tempo, a oradora divina é feminina, firmando uma compreensão singular da Trindade poretiana: Dame Amour, LoinPrés e Alma aniquilada. Em passagem dessa obra, diz o Amor: “Eu sou Deus, pois o Amor é Deus, e Deus é Amor, e essa Alma é Deus por condição de Amor” (capítulo 21). E mais adiante, acrescenta a Alma: “Lá onde está o mais de meu amor, é onde está o mais de meu tesouro” (capítulo 32).


IHU On-Line – Teresa de Ávila, ao falar de Deus, fala de “experiência”, “gozo da alma”, que é diferente de “só pensar e crer nele”, como ela afirma. Como Teresa interpretava a experiência mística de Deus?

Faustino Teixeira –
Ao tratar do tema do “gozo” na mística espanhola, a estudiosa Luce López-Baralt assinala que o sentido que esse termo adquire no século de ouro dessa mística esponsal não pode ser espiritualizado. Com base na reflexão da canção XXXVI do Cântico Espiritual de João da Cruz , “Gozemo-nos Amado”, a autora sublinha que João da Cruz lança a “petição mais ousada” de toda a sua poesia. E o sentido dado a tal expressão nesse período era mesmo “fazer amor”. É nas escarpas mais íngremes e nas “subidas cavernas pedregosas” que os amantes se entregam e se adentram na espessura. Nada de estranho para quem bebe no mais clássico e erótico epitalâmico palestino que é o Cântico dos Cânticos.

Teresa de Ávila vem também movida por semelhante perspectiva. Assim como João da Cruz, Teresa é uma “mística das carícias”, da proximidade amorosa e do envolvimento corporal. É a mística que diz no Livro da Vida que “não somos anjos, pois temos um corpo” (LV 22,10). Sua mística é envolvida pelo “êxtase”, tão bem retratado por Gian Lorenzo Bernini , em imagem da transverberação, que se encontra na Igreja de Santa Maria da Vitória em Roma. Nada mais ousado para uma mulher europeia do período do que sua descrição do dardo que perfura o coração e atinge as entranhas: “A dor era tão grande que eu soltava gemidos, e era tão excessiva a suavidade produzida por essa dor imensa que a alma não desejava que tivesse fim nem se contentava senão com a presença de Deus” (LV 29,13).
Como mostrou Julia Kristeva  em seu livro sobre a mística, Therèse mon amour (2008), é um relato que “desafia o pudor”. Sua experiência da proximidade com Deus é única e de intensidade inaudita. É algo que escapa à compreensão de todo aquele que não partilha algo semelhante. Ela mesma sublinha que “tudo será bem obscuro para quem não tiver experiência”. Na base dessa experiência está um encontro que transformou sua vida. Aprendeu, sobretudo, por experiência (LV 10,9), e de uma maneira que “espanta” (LV 12,6). Teresa dizia que para descrever sua sublime experiência só fazendo recurso aos “desatinos santos”, dada a fragilidade da linguagem humana. Tudo se desarticula diante de tão divina beleza: “É uma luz tão diferente das do mundo que o clarão do sol que vemos parece sem brilho em comparação com a claridade e a luz que se apresentam à vista” (LV 28,5).


IHU On-Line – Houve algum tipo de tensão entre a mística vivida por Teresa de Ávila e a instituição eclesial da sua época?

Faustino Teixeira –
O contexto histórico em que Teresa viveu foi pontuado pela presença sombria da inquisição. Vale lembrar que suas primeiras visões de Jesus, entre os anos de 1559 e 1560, foram anos difíceis na Espanha. Em 1559, a inquisição espanhola publica um index de livros religiosos, entre os quais muitos apreciados e utilizados por Teresa. A atuação desse organismo chega a seu auge na Espanha em 1621.
Alguns temas centrais da mística de Teresa, como a oração mental, a contemplação, a quietude eram olhados com grande desconfiança por segmentos da instituição católico-romana. Preocupados, seus confessores orientavam-na num sentido distinto de sua experiência, e isso a entristecia. Sua coragem e ousadia eram, porém, maiores. Dizia: “Sempre que o Senhor me ordenava uma coisa na oração e o confessor me dizia outra, o próprio Senhor repetia que lhe obedecesse; depois Sua Majestade mudava a sua opinião, para que me ordenasse outra vez de acordo com a vontade divina” (LV 26,5). Teresa comenta e lamenta a proibição desses livros, mas logo seu ânimo se levanta: “O Senhor me disse: Não sofras, que te darei livro vivo” (LV 26,5). Queixa-se da carência de guias que pudessem contar com uma semelhante experiência no caminho espiritual. Contava, sobretudo, com o favorecimento do Senhor, sem o qual soçobraria. E argumentava: “Não faltavam coisas para me tirar o juízo, e algumas vezes eu me via em situações em que só me restava elevar os olhos ao Senhor” (LV 28,18).


IHU On-Line – Marguerite Porete nos deixou como legado o seu Espelho das almas simples. Como essa metáfora nos ajuda a compreender a sua mística?

Faustino Teixeira –
O Espelho das almas simples (Mirouer) é fundamentalmente um “tratado místico”, um livro de instrução religiosa. Foi escrito por volta de 1290, quando sua autora estava no auge de sua potencialidade física e intelectual. O titulo da obra vem tomado da própria obra, no capítulo 13,15, na voz da palavra do Amor. É uma obra que nasce, sem dúvida, da experiência mística pessoal de Marguerite, e essa experiência vem à tona em determinados momentos de sua redação, ainda que de forma velada ou alusiva, como acontece em geral na literatura mística. A exposição da autora deixa transparecer acenos velados de uma mensagem revestida de alegorias peculiares, que rompem com as rotas conhecidas do conhecimento tradicional.

Já no prólogo da obra, Marguerite sinaliza que sua adequada compreensão só poderá ocorrer mediante o “entendimento interior sutil”, que ocorre em geral com aqueles que estão movidos pelo Amor Cortês. O livro tem uma estrutura dialógica, com personagens que são centrais e outros que são secundários. Os interlocutores principais são a Dama Amor, a Alma e a Razão, todas figuras femininas. Como indicado no próprio título, o tema central da obra gira em torno do caminho gradual de libertação da alma e de sua união mística com Deus. O grande protagonista da obra é o Amor, e o horizonte visado é o despojamento radical da alma em seu processo de ruptura com todos os vínculos que impedem o exercício da verdadeira humildade e o encontro com Deus. Diversos estudos sobre essa obra de Porete sinalizam sua proximidade cronológica e espiritual com a reflexão mística de Mestre Eckhart.


IHU On-Line – Na vida de Marguerite, como se deu a relação entre teologia, mística, instituição eclesial e heresia?

Faustino Teixeira –
Apesar das inúmeras críticas sofridas por seu livro ao longo de sua vida, Porete sempre resistiu, animada pela força do Espírito. O traço singular de sua reflexão é o acento na liberdade. Através da personagem Amor, diz Porete: “Essa Alma, diz Amor, é livre, mais que livre, libérrima, abundantemente livre, em sua raiz, em seu tronco, em todos os seus ramos e em todos os frutos de seus ramos. A herança dessa Alma é a perfeita liberdade, cada uma de suas partes tem o seu brasão de nobreza” (capítulo 85, 5).

Essa Alma livre não tem por que temer, pois é habitada pelo Amor. Não é mais como rio que tem um nome, enquanto ruma para o mar, mas já se fundiu e se dissolveu em suas grandiosas águas. Perdeu assim o seu nome, transformando-se no nome daquele com o qual se fundiu. A Alma foi “queimada pelo ardor do fogo da caridade, e suas cinzas jogadas em alto-mar pelo nada da vontade” (capítulo 85,15). Assim também Porete, animada com a força do Amor. Foi permanente sua resistência aos desmandos da inquisição, até ser queimada em praça pública, em 1310, acusada de “herética recidiva, relapsa e impenitente”. Seu olhar sobre a instituição é marcado por crítica incisiva. Entende que a “Santa Igreja, a Pequena” encontra-se ainda sob o domínio da Razão, que permanece movida por pequeno entendimento: muitas vezes toma a palha e deixa o grão. Trata-se de uma instituição definida e delimitada, não alcançando o mistério que habita nas almas despojadas e aniquiladas. É uma instituição que não capta igualmente a medula que habita o fundo da alma, pois ali não pode entrar nada de determinado.

Daí o auxílio fundamental exercido pela “Santa Igreja, a Grande”, que vem constituída pelas almas animadas e preenchidas pelo Amor: as almas aniquiladas. Na visão de Porete, é essa Grande Igreja que sustenta a fé da “Santa Igreja, a Pequena”. Essa posição da autora suscitou muita tensão e conflito, sobretudo em razão de suas possíveis ressonâncias gnósticas e joaquimistas. Mas como mostrou com clareza a especialista italiana, Romana Guarniere, em nenhum momento Porete manifesta a intenção de romper com a instituição, mas permanece animada com o desejo de permanecer ligada a ela, ainda que consciente de suas limitações históricas.


Hildegard de Bingen, nascida nas margens do Reno, em 1098, foi uma singular mística dos “sentidos espirituais”. Ela se definia como “uma folha na respiração de Deus”. De acordo com R. Termolen, ela nos proporcionou uma rica visão do Mistério, “na qual o mundo das imagens, dos sons, do canto e dos sentimentos, vem interiorizado elevando-se à experiência de Deus”. Seu grande trabalho foi o Livro das Obras Divinas, traduzido e apresentado por Bernardo Gorceix na bela edição francesa da Albin Michel (1982). É uma mística muito original que reúne reflexões sobre medicina, música e teologia cósmica. Foi pioneira no campo dos trabalhos sobre medicina no século XII. Com viva sensibilidade, para o que chamaríamos hoje de atenção ecológica, trata do valor curativo e benéfico das plantas, frutas e animais. Movida por extraordinário senso musical, traduziu sua arte em mais de 70 composições, marcadas por singular toque meditativo. O que, porém, mais impressiona em sua reflexão são as “visões do universo”, que passou a divulgar aos 43 anos de idade, com as suntuosas imagens que acompanham o seu Livro das Obras Divinas. Fala ali a energia suprema e ígnea que inflama cada “centelha de vida”, a claridade de Deus, sem fim ou começo, que em sua perfeita justiça eleva o ser humano aos céus “nas asas abertas de todas as suas obras boas”. O ser humano está ali, no centro do universo criado, como um “fecho das maravilhas de Deus”.

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