Edição 375 | 03 Outubro 2011

A Agenda de Pesquisa (Pós) Keynesiana e sua aplicação à crise financeira mundial

close

FECHAR

Enviar o link deste por e-mail a um(a) amigo(a).

Graziela Wolfart

O Instituto Humanitas Unisinos – IHU está promovendo o Ciclo de Estudos: Repensando os Clássicos da Economia, que busca discutir as possibilidades e os limites de uma economia social e eticamente regulada e fomentar o debate de ideias a fim de se perceber uma possível contribuição para a solução de problemas do nosso tempo ou, no mínimo, procurar alertar para que não se repitam os mesmos erros.

O próximo autor a ser estudado no ciclo, no dia 10 de outubro, será John Maynard Keynes, a partir do tema “os princípios da economia keynesiana e a crise do capitalismo”. Quem conduz o debate das 20h às 22h, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros – IHU, é o professor Dr. Fernando Ferrari Filho, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Mais informações podem ser obtidas em http://bit.ly/ndTF3S.

Adiantando detalhes do que trará em sua exposição, Fernando Ferrari Filho questiona: “Por que, na análise (pós) keynesiana, economias monetárias são inerentemente instáveis?” A ideia é mostrar que, conforme a teoria (pós) keynesiana, instabilidades e crises financeiras nas economias capitalistas ocorrem devido à relação entre incerteza, moeda e desemprego, alicerces da teoria monetária da produção, e à hipótese de fragilidade financeira.

O professor e economista falará sobre a globalização financeira e os aspectos comuns das crises. “Com o fim das regras de Bretton Woods (anos 1970) e as transformações financeiras das décadas de 1980 e 1990, a economia mundial passou a conviver com a lógica da ‘financeirização’ da riqueza”, explica.

Ele abordará igualmente as crises do subprime e da zona do euro, mostrando suas origens, desdobramentos e lições. Para Ferrari Filho, crises financeiras, em geral, são decorrentes de “períodos prolongados de um estado estável que levam a economia a se mover para um estado instável, pois consumidores, firmas e sistema financeiro são agentes essencialmente ‘especuladores’ que, não percebendo o processo de erosão das margens de segurança, tomam decisões de alto risco”.


Leia mais...

>> Confira outras entrevistas concedidas por Fernando Ferrari Filho à IHU On-Line.

* Uma política econômica única e exclusivamente para controlar a dinâmica inflacionária. Revista IHU On-Line nº 204, de 13-11-2006

* Programa de aceleração do crescimento. Um ano depois. Notícias do Dia 23-01-2008

* A “mão invisível” do mercado não funciona sem a “mão visível” do Estado. Revista IHU On-Line nº 276, de 06-10-2008

* O mercado somente funciona com a “mão visível” do Estado, publicada na edição 330, de 04-05-2010, intitulada A crise da zona do euro e o retorno do Estado regulador em debate 

* Economia brasileira e a síndrome do Peter Pan, publicada na edição 338, de 09-08-2010

* Um International Market Maker capaz de regular os mercados financeiros, publicada na edição 372, de 05-09-2011

* As concepções teórico-analíticas e as proposições de política econômica de Keynes. Artigo publicado nos Cadernos IHU ideias nº 37

Últimas edições

  • Edição 552

    Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

    Ver edição
  • Edição 551

    Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

    Ver edição
  • Edição 550

    Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

    Ver edição