Edição 364 | 06 Junho 2011

IHU Repórter

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Anelise Zanoni e Graziela Wolfart

Ele é jornalista, pesquisador no campo de artes visuais e professor nos cursos de Comunicação e de Realização Audiovisual da Unisinos, também coordena a equipe de estagiários do Portal3, na Agência Experimental de Comunicação da Universidade. Eduardo Veras gosta de ler, estudar, nadar, ir ao cinema e aproveitar o tempo ao lado de sua turma. Conheça um pouco da vida do pai de Pedro e Manuel.

Origens – Nasci em Porto Alegre, em 1965, e acho que sou um típico porto-alegrense, sem ligação nenhuma com o interior do estado. Minha mãe nasceu na capital e o pai dela também. A mãe dele, minha bisavó, era italiana. Meu bisavô, português. Minha avó materna vinha de Rio Grande. Meu pai e toda a família dele, do Ceará. Digamos que sou porto-alegrense, mas pouco gaúcho. Gosto do centro da cidade e de estar perto do rio. Me criei no Menino Deus, um bairro hoje desfigurado, e já há 13 anos moro na Zona Norte.

Formação – Tive o privilégio de não ter precisado pagar para estudar. Fiz o jardim da infância e o primeiro ano do primário em uma escola particular, e depois cursei a quarta e a quinta séries em uma escola militar particular que existia no centro de Porto Alegre. Fora isso, sempre fui aluno de escola pública. Fia a graduação em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1989, e, dois anos depois, fiz o vestibular para Artes Visuais, também na UFRGS. Segui esse curso por três anos, mas não me formei. Mais tarde, fiz o mestrado em História e Teoria Crítica da Arte, ainda no Instituto de Artes da UFRGS, e depois emendei o doutorado, que devo terminar ainda este ano, também nesta instituição.

Paixão pela arte – Sempre gostei de desenhar como qualquer criança. Mas, quando entrei no Instituto de Artes da UFRGS, fiz uma descoberta: abriu-se um mundo para mim. Era um curso sério, trabalhava-se muito. Mas, para azar meu, não me tornei um artista. Hoje, eu desenho quando falo ao telefone, só isso.

Experiência profissional – Quando eu fazia a faculdade de Jornalismo, trabalhei como estagiário na Rádio da UFRGS por um ano e depois fui monitor de fotografia, também por um ano. Logo que me formei, ou melhor, duas semanas antes da formatura, já estava empregado como redator na Rádio Cidade, que na época pertencia ao Jornal do Brasil. O JB tinha uma sucursal com seis repórteres em Porto Alegre e ali eu aprendi muito. Depois, a rádio foi comprada pela RBS e fiquei na função por mais dois ou três anos. Saí de lá para trabalhar na Zero Hora, em 1993, no Segundo Caderno. Trabalhei lá por 17 anos e, profissionalmente, vivi ali experiências muito marcantes, fiz grandes amigos, entrevistei pessoas muito interessantes, aprendi um bocado. Gostava de escrever e editar, mas principalmente de entrevistar pessoas. Em 2008, entrei na Unisinos para dar a disciplina de Comunicação e Arte para os cursos de Comunicação. No final de 2009, passei a ministrar mais disciplinas, saí do jornal e comecei a orientar estagiários na Agexcom. Dar aulas é uma experiência nova e muito estimulante. Também venho trabalhando como curador de arte.

Família – Casei cedo, acho. Tinha 25 anos. Em 2011, Clarice e eu completamos 20 anos de casados. É uma parceria e tanto, toda uma vida. Em 1997, viramos uma família: nasceu o Pedro e depois, em 1999, o Manuel. Os guris são... tudo. Quando a gente tem crianças em casa, é obrigado a rever quem a gente é. O mais bacana é a convivência dia a dia. Nos divertimos muito.

IHU – Acredito que tem um papel fundamental na Unisinos. A universidade, qualquer universidade, não é apenas um lugar que forma pessoas. A universidade é um espaço privilegiado para a reflexão, para o pensamento crítico. Ter um instituto dedicado a isso é um privilégio.

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