Edição 325 | 19 Abril 2010

A biodiversidade gaúcha em risco

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Graziela Wolfart

Para Paulo Brack, os governos não têm ideia da magnitude do problema ambiental, inclusive da questão da biodiversidade

Na última semana, a IHU On-Line abordou o tema da biodiversidade no Brasil e no mundo. E, na edição de hoje, ampliamos o debate, ouvindo um especialista sobre a biodiversidade no estado do Rio Grande do Sul. O professor Paulo Brack concedeu a entrevista que segue, por telefone, onde defendeu que “hoje os governos e os políticos, em sua maioria, consideram a biodiversidade como um entrave, e essa é uma visão atrasada, que demonstra uma forma imediatista de encarar a situação do ponto de vista do crescimento econômico, destituído de qualquer relação com as questões ecológicas que são fundamentais. A biodiversidade deve ser um tema estratégico, como é hoje a questão da energia, da água e dos alimentos”. Paulo Brack refletiu sobre o impacto das monoculturas para a manutenção da biodiversidade, e identificou como um dos problemas mais graves decorrentes delas é que “se está acabando com espécies de alto valor econômico, que são alvo de biopirataria por outros países, que vêm buscar espécies de interesse, como é o caso de frutíferas nativas e das plantas medicinais. Muitas das nossas espécies nativas, centenas delas, já estão sendo utilizadas por países do primeiro mundo, gerando bilhões de dólares lá fora. Enquanto que aqui estamos simplesmente copiando um modelo de monocultura que não dá certo e inclusive causa problemas sociais e econômicos”. Para ele, “é muito preocupante hoje não só a falta de sensibilidade governamental, mas a forma de resistência a qualquer tipo de visão de conservação da natureza” . E conclui: “esse chamado ‘crescimento econômico’ compromete a biodiversidade, porque não leva em conta os limites que são impostos pela natureza”.

Paulo Brack é mestre em Botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos. Desde 2006, vem fazendo parte da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio e também representa o Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais – Ingá, no Conselho Estadual do Meio Ambiente do RS – Consema-RS.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - O que caracteriza a biodiversidade do Rio Grande do Sul?

Paulo Brack – O Rio Grande do Sul tem dois biomas, caracterizados pelo IBGE, que é o bioma Mata Atlântica e o bioma Pampa. Porém, dentro de cada um deles, temos ecorregiões, com características particulares. No caso do Pampa, temos uma região chamada Escudo Cristalino Sul-riograndense, ou Serra do Sudeste, uma região belíssima, e com endemismos de flora e fauna, localizada mais na parte centro-sul do bioma. Temos também a zona do litoral, que é a Planície Costeira, e, para o oeste, a região da Campanha. Refiro-me genericamente ao que se chama metade sul, porque o bioma Pampa ocupa praticamente 60% do Estado. Na porção norte, na chamada Mata Atlântica, temos diferentes tipos de formações vegetais e ecorregiões. Ao norte, a floresta estacional do Alto Uruguai tem influência amazônica, com espécies de árvores de grande porte e que se distribuem até próximo do Rio Jacuí, como a grápia e o angico, que perdem as folhas. Na parte nordeste, da Planície Costeira e Litoral Norte, que é a área mais rica do ponto de vista de flora e de fauna, temos a floresta atlântica e as restingas litorâneas, estas em situação crítica de conservação. No caso da floresta atlântica, sua distribuição se dá em todo o litoral do Brasil, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, próximo de Osório, no Paralelo 30 de latitude sul, com árvores que não perdem as folhas, e com muitas bromélias e orquídeas. Na parte mais alta do planalto, temos a floresta com araucária, junto com campos, que chamam a atenção, pois, na região chamada de Campos de Cima da Serra, os campos existem dentro do bioma Mata Atlântica, sendo também chamados de campos de altitude. No geral, quanto à flora, as florestas, os campos e outros tipos de ecossistemas abrigam mais de cinco mil espécies no Estado, valor equivalente à flora da maior parte dos países da Europa, conjuntamente.

IHU On-Line - Quais as principais mudanças que têm ocorrido na biodiversidade do estado nas últimas décadas?

Paulo Brack – Estamos passando por um processo crítico em relação à biodiversidade no mundo inteiro. Edward Wilson, um dos maiores especialistas mundiais no tema, admite que se perdem aproximadamente 30 mil espécies por ano devido a atividades humanas na sociedade moderna. Isso também está acontecendo aqui, e se agravou muito nos últimos anos, inclusive porque várias atividades econômicas estão em processo de expansão acelerada. Esse chamado “crescimento econômico” compromete a biodiversidade, porque não leva em conta os limites que são impostos pela natureza. Os recursos naturais são finitos, limitados, porém, a economia atual parece estar doente. Ela parte do priníipio de que a natureza é infinita. Estamos verificando, no Rio Grande do Sul, uma perda expressiva de espécies. Na fauna do Rio Grande do Sul, temos 261 espécies ameaçadas. Já existem algumas extintas no Estado, como é o caso da harpia, da arara-azul-pequena e da ariranha, entre mais de uma dezena que ocorriam aqui no Estado. Também temos a situação mais recente, da onça, que era encontrada em mais de um município, e hoje é vista só no Parque Estadual do Turvo, em Derrubadas, e são poucos os indivíduos. A situação é similar com a flora. Por exemplo, o decreto 42.099, de 2002, já assinalava a presença de 607 espécies da flora ameaçada no Estado. Essas duas listas oficiais são de 2002 e não foram mais revistas. Além da economia se expandir de maneira muito acelerada, desconsiderando as particularidades destas ecorregiões, há a necessidade de se ampliar as áreas de preservação. E estamos verificando também que os governos são refratários à ideia de ter programas que impeçam a continuidade desse processo de destruição da biodiversidade.  No que toca às ameaças, agregaríamos a questão dos transgênicos, que comprometem as variedades crioulas e deixam o agricultor dependendo de poucas variedades, dominadas por multinacionais, e seu uso ainda crescente de agrotóxicos.

IHU On-Line - Quem é o maior inimigo da biodiversidade do Rio Grande do Sul?

Paulo Brack – Há um conjunto de atividades ligadas a uma concepção de uma “religião” do crescimento econômico, que impera no mundo inteiro, principalmente pelo capitalismo. A acumulação incessante, sem limite à propriedade, significa que hoje, com o processo de globalização, as grandes empresas cada vez crescem mais, com concentração de capital cada vez maior, provocando um desequilíbrio. Esse desequilíbrio econômico e social está intimamente ligado aos desequilíbrios ecológicos. Hoje não se pode mais separar os aspectos da degradação ambiental dos problemas sociais. Quando da crise econômica de 2008, o governo brasileiro apontou para a possibilidade de incremento de consumo de automóveis, com a redução do IPI. Reduziram esses impostos também para os eletrodomésticos. Por um lado, é claro que as classes menos favorecidas têm direito de ter um nível maior de consumo, adquirir bens etc. Porém, se nos pautarmos em copiar o modelo de produção e consumo do hemisfério norte, vamos precisar de pelo menos três planetas Terra. Esse modelo de produção e consumo de descartáveis e de produtos obsoletos não tem viabilidade e está em esgotamento. Inclusive o aumento dos automóveis particulares está tornando as cidades mais congestionadas, com um trânsito caótico. Não sabemos para onde isso vai. Os governos não têm ideia da magnitude do problema ambiental, inclusive da questão da biodiversidade, usando recursos vultosos para este modelo de esgotamento. No Brasil, o principal meio de financiamento da insustentabilidade é o BNDES. No caso dos políticos, a situação é talvez pior, principalmente aqueles ligados à bancada ruralista, que querem mudar o Código Florestal para seus interesses mais imediatistas e mais degradadores, como aconteceu na legislação ambiental do Estado de Santa Catarina.

IHU On-Line - Como a monocultura da soja e do eucalipto afeta a biodiversidade?

Paulo Brack – Nesse processo de perda incessante de biodiversidade, a destruição e a fragmentação de habitat no ambiente rural estão relacionadas com as monoculturas. Podemos relacionar a perda da biodiversidade e da economia local, devido às monoculturas, pegando o caso da erva-mate e a soja. O Rio Grande do Sul, há cerca de 30 anos, era um dos maiores produtores de erva-mate, espécie nativa e cultivada, sem impactos ambientais, exportada para outros países e para outros estados. Hoje, estamos importando este produto, principalmente porque derrubaram muitos ervais nos últimos anos para a expansão da área de soja. A soja é uma cultura que está comprometendo desde o Pampa até a Amazônia e está criando desertos verdes, desertos de biodiversidade, e prejudicando a saúde do agricultor com o uso de produtos químicos, compactação do solo, perda de recursos hídricos etc. A questão dos grandes plantios de eucalipto e pinus vai na mesma linha, ou seja, a grande escala de produção por meio de monoculturas desconsidera particularidades locais, inclusive alternativas locais de economia que existiam. Na região do Pampa, temos uma série de atividades, como o turismo rural e ecológico, bem como o uso da palha do capim-santa-fé, que é uma cobertura com plantas nativas, que tem um valor agregado enorme, sendo um telhado muito bonito e com conforto térmico para habitações. E essa cultura está desaparecendo. As próprias gramíneas e leguminosas, que são forrageiras nativas, muitas delas utilizadas em outros países, estão desaparecendo rapidamente. Um dos problemas muito graves decorrentes dessas monoculturas é que se está acabando com espécies de alto valor econômico, que são alvo de biopirataria por outros países, que vêm buscar espécies de interesse, como é o caso de frutíferas nativas e das plantas medicinais. Muitas das nossas espécies nativas, centenas delas, já estão sendo utilizadas por países do primeiro mundo, gerando bilhões de dólares lá fora. Enquanto que aqui estamos simplesmente copiando um modelo de monocultura que não dá certo e inclusive causa problemas sociais e econômicos.

IHU On-Line - Existe um sistema de prevenção e manutenção da biodiversidade específica para cada região do estado?

Paulo Brack – A primeira questão fundamental é que se façam diagnósticos do que ainda existe de biodiversidade no Rio Grande do Sul, lembrando que ela é considerável, principalmente a constituída pelas unidades de conservação, que são apenas algumas dezenas as que realmente funcionam. Elas representam hoje 2,6 % do Estado. Somente 0,7% de nosso território é formado por unidades de proteção integral, como parques e reservas, que possuem maior objetivo de conservação porque não permitem uso econômico. Temos além das unidades de conservação de proteção integral as de uso sustentável. Estas são, em geral, muito pouco eficientes do ponto de vista de conservação. No caso das unidades de proteção integral, pelo menos 30% ainda não foram implementadas. Há décadas essas unidades de conservação estão esperando que o poder público tome providências. Podemos citar o caso do Parque Nacional Aparados da Serra, que espera há 50 anos para terminar o processo de desapropriação, ou seja, o pagamento aos proprietários por terras agora convertidas em conservação. O valor aqui é de 10 milhões de reais, o que equivale a uma milésima parte do montante que o governo federal quer gastar com a compra de caças modernos, da França, para a “defesa nacional”. E a defesa da biodiversidade? Além do problema da falta de recursos e de vontade política para a implementação de parques e reservas, a maioria destes não tem um plano de gestão adequado tanto a nível estadual como federal. E, além do diagnóstico da biodiversidade do estado, bem como a questão da avaliação das unidades de conservação, também tínhamos que fazer um monitoramento das espécies ameaçadas e, ao mesmo tempo, atualizarmos essas listas. Porém, os governos são refratários a esse tema e tentam refutar qualquer argumento que levante essa questão. É muito preocupante hoje não só a falta de sensibilidade governamental, mas a forma de resistência a qualquer tipo de visão de conservação da natureza. E, além disso, a expansão de atividades impactantes como grandes empreendimentos imobiliários fechados e imensas barragens hidrelétricas e de irrigação, por exemplo, está comprometendo o pouco que restou de nossa biodiversidade, com o incentivo de programas governamentais e com muita pressão sobre os técnicos da área ambiental e a Justiça, para a liberação indiscriminada de atividades econômicas.

IHU On-Line - Em que medida as alterações climáticas do Rio Grande do Sul alteram a biodiversidade do estado?

Paulo Brack – No ano passado, o mês de abril foi o mês mais seco nos últimos 80 anos, enquanto que novembro foi o mês que choveu mais nos últimos cem anos. A instabilidade climática estava prevista pelos relatórios do IPCC, que tem suas previsões sendo cada vez mais confirmadas e até superadas por outras mais catastróficas, como a questão do aumento do nível do mar relacionado ao aquecimento global e ao derretimento das calotas polares. A previsão é de que tenhamos, até o final do século, um aumento de um a três metros de altura no nível do mar. Isso é trágico para os ecossistemas costeiros e para milhões de pessoas que moram nestas zonas. Até Porto Alegre poderia sofrer com isso. A temática tem que ser vista de maneira mais global, incluindo a questão humana, que sofre as mesmas consequências desse modelo de esgotamento, ou “modelo de desenvolvimento”, que está destruindo a natureza e causando uma enorme incógnita quanto ao futuro das novas gerações.

IHU On-Line - É possível pensar em um resgate da biodiversidade através da expansão de sementes crioulas?

Paulo Brack – A FAO assinala uma perda crescente e impressionante de variedades de culturas agrícolas. Uma das formas de proteção à agrobiodiversidade é, justamente, mantermos as sementes crioulas, como o milho, as diferentes variedades de feijão, de arroz, de hortaliças, e de raízes, como a mandioca, adaptadas e abrigadas pelos pequenos agricultores, que têm papel fundamental no resguardo da riqueza da biodiversidade saudável que chega aos nossos pratos. A agricultura familiar camponesa resiste ao modelo de monocultura agrícola, não só por manter variabilidade genética dessas culturas, mas principalmente por desenvolver a agroecologia e a maior sustentabilidade da vida. Os centros de pesquisa, em especial os governamentais, deveriam trabalhar muito mais com os pequenos agricultores e não mais tanto para o modelo da agricultura de exportação e para um agronegócio sem futuro. Atualmente, ao contrário, a maior parte das pesquisas governamentais continuam a reboque do modelo de monoculturas, e com o agravante do uso indiscriminado das sementes geneticamente modificadas. Porém, hoje é necessário que se faça uma análise da situação da biodiversidade mundial e local, já que celebramos, neste 2010, o Ano Internacional da Biodiversidade, designado pela ONU. Não podemos mais, simplesmente, lamentar a situação. Temos que tomar providências, sensibilizando governos e políticos, e, ao mesmo tempo, mudar nossa relação com a natureza e entre nós mesmos, principalmente trabalharmos mais com educação ambiental. Além de traçarmos um diagnóstico, mais amplo possível, devemos projetar os cenários que queremos, e não aqueles que nos são impostos. No dia 22 de maio, realizaremos um evento alusivo ao Dia Internacional da Biodiversidade, na UFRGS, e queremos desencadear aqui uma discussão sobre o estado da biodiversidade no Rio Grande do Sul, e, ao mesmo tempo, discutir políticas públicas para 2012, na Rio+20 (vinte anos depois da Rio92). Inclusive, o governo brasileiro assinalou a possibilidade de se realizar essa conferência no Brasil. Entretanto, quase tudo o que vale agora, infelizmente, é a Copa do Mudo de 2014. Mas não podemos esperar pelos governos, pois, eles vão fazer o mínimo possível se não houver pressão da sociedade. E temos o papel de pressioná-los para que tenhamos, por exemplo, metas de alcance em relação às unidades de conservação no Estado. Teríamos que dobrar o valor delas nos próximos cinco anos. Outro aspecto importante seria revermos a lista da flora e fauna ameaçada no Rio Grande do Sul urgentemente, e também viabilizarmos modelos de ocupação da terra, de uso da terra de forma menos predatória e mais sustentável, considerando-se a biodiversidade como elemento-chave, estruturante e com inclusão social. Temos que colocar a biodiversidade como elemento chave para o desenvolvimento, no aspecto mais amplo possível da palavra. Hoje, os governos consideram a biodiversidade como um entrave, e essa é uma visão atrasada, que demonstra uma forma imediatista de encarar a situação do ponto de vista do crescimento econômico, destituído de qualquer relação com as questões ecológicas que são fundamentais. A biodiversidade deve ser um tema estratégico, como é hoje a questão da energia, da água e dos alimentos. Do ponto de vista das políticas públicas, temos que encontrar alternativas do uso sustentável, tanto dos ecossistemas do bioma Pampa, no uso sustentável do campo, como aqueles florestais da Mata Atlântica. É vital para isso o incremento do uso de frutas nativas, em especial o da polpa (açaí) da palmeira-juçara, até o cultivo de árvores nativas, inclusive produtoras de celulose. E é importante que se criem mais áreas protegidas no Pampa e que a pecuária nos campos nativos do Rio Grande do Sul seja considerada prioritária, principalmente a pecuária familiar. Que se aumente a produtividade da pecuária, com a manutenção deste campo nativo, que é muito mais biodiverso e produtivo, se bem manejado, do que a atividade agrícola como a soja, ou mesmo o plantio de forragens artificiais. Isso deve ser feito rapidamente, pois as pastagens nativas estão desaparecendo, convertidas em monocultivos de campos artificiais, agricultura e silvicultura, em grande escala. Obviamente, isso passa por mudança de paradigma, por muita pesquisa e resgate de conhecimentos tradicionais, com vontade política dos governos e da sociedade. Sem uma articulação estadual e nacional, que coloque essa questão da biodiversidade no centro da discussão, em outro paradigma, infelizmente não vamos longe. Mas, aproveitemos o Ano da Biodiversidade para começar a reverter este processo.

Leia mais...

>> Paulo Brack concedeu outras entrevistas à IHU On-Line. Confira na nossa página eletrônica (www.ihu.unisinos.br).

* Quando a crise representa um avanço. Entrevista publicada em 26-3-2009 nas Notícias do Dia;

* Zoneamento ambiental do RS: um faz-de-conta. Entrevista publicada nas Notícias do Dia em 23-4-2008;

* O Pampa gaúcho é alvo de biopirataria. Edição número 247, intitulada O Pampa e o monocultivo do eucalipto, publicada em 10-12-2007;

* Copenhague: uma convenção para além de ''boas intenções''? Entrevista publicada na IHU On-Line número 312, de 26-10-2009.

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