Edição 315 | 16 Novembro 2009

Teologia da Libertação ellacuriana: realização histórica da salvação

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Patrícia Fachin

Na percepção de Francisco de Aquino Júnior, a Teologia da Libertação desempenhada por Ignacio Ellacuría estava centrada na realidade que seria transformada e na busca de mediações concretas de sua efetivação

No ano em que recordamos as duas décadas do martírio dos jesuítas de El Salvador, o teólogo Francisco de Aquino Júnior lançará, pelas Edições Loyola, um livro sobre Ignacio Ellacuría. A obra consiste na tese de doutorado apresentada na Faculdade Católica da Universidade de Münster, na Alemanha, intitulada A teologia como intelecção do reinado de Deus: o método da Teologia da Libertação segundo Ignacio Ellacuría. Em entrevista concedida, por e-mail, à IHU On-Line, o pesquisador menciona os métodos da Teologia da Libertação, elaborados por Ellacuría, na sociedade salvadorenha e afirma que ele “ajudou a explicitar, fundamentar e desenvolver a dimensão histórico-libertadora da fé cristã”, além de desempenhar “um papel fundamental na redefinição da missão da Companhia de Jesus na América Central”.

Francisco de Aquino Júnior também compara a Teologia da Libertação desenvolvida por Ellacuría com os métodos aplicados na América Latina. Segundo ele, “diferentemente de outros modos de fazer teologia, cuja preocupação e orientação fundamentais residem na busca e “compreensão do sentido” (interpretação) das afirmações dogmáticas ou da positividade da fé, a preocupação e orientação fundamentais da Teologia da Libertação desenvolvida por Ellacuría residem na realização histórica (práxis) da salvação, isto é, do reinado de Deus”.

Licenciado em Filosofia, Francisco de Aquino Júnior é mestre em Teologia, pelo Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus - FAJE, em Belo Horizonte, e doutor em Teologia, pela Westfälischen Wilhelms-Universität de Münster, Alemanha. Atualmente, é docente de Teologia na Faculdade Católica de Fortaleza e presbítero da Diocese de Limoeiro do Norte - CE.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - O senhor irá lançar um livro sobre Ignacio Ellacuría. Pode nos dar algumas informações sobre esse projeto? Qual é a motivação e a intenção desta publicação?

Francisco de Aquino Júnior - O livro será lançado nos próximos meses pelas Edições Loyola. Consiste na tese doutoral escrita e apresentada na Faculdade Católica da Universidade de Münster, Alemanha, no primeiro semestre deste ano. E trata, precisamente, do método da Teologia da Libertação  (TdL), tal como foi exercitado e parcialmente elaborado por Ellacuría. Ela tem como título “A teologia como intelecção do reinado de Deus: o método da Teologia da Libertação segundo Ignacio Ellacuría”. Duas razões fundamentais justificam, para mim, sua publicação. Em primeiro lugar, a importância e a relevância do aporte de Ellacuría à Teologia da Libertação, sobretudo no que diz respeito ao método dessa teologia: seja pela fidelidade às intuições mais originais e fecundas da Teologia da Libertação, seja pela profundidade de suas análises e reflexões, ou pela fundamentação teórica de suas posições, enfim, pelo rigor de suas elaborações teóricas. Em segundo lugar, a contribuição que esse aporte pode dar ao debate atual sobre o método da Teologia da Libertação, desencadeado pela retomada, intensificação e abrangência das críticas epistemológicas de Clodovis Boff  à Teologia da Libertação “realmente existente”, particularmente à teologia de Jon Sobrino . Creio que a formulação e, sobretudo, a fundamentação ellacuriana do método da Teologia da Libertação ajudará, por um lado, a explicitar a densidade e a fecundidade teórico-teológicas (quase nunca explicitadas) do método teológico posto em questão por Clodovis Boff. Por outro lado, revelará os próprios limites teórico-teológicos do método boffiano, ao explicitar e confrontar seus pressupostos epistemológicos (quase nunca explicitados nem tampouco confrontados).

IHU On-Line - Vinte anos após a morte de Ignacio Ellacuría e seus companheiros, como avalia seu legado? Quais são as principais conquistas que Ellacuría produziu para a sociedade e a Igreja salvadorenha?

Francisco de Aquino Júnior - É importante não perder de vista que Ellacuría e seus companheiros estavam inseridos num contexto social (mobilização e organização populares) e eclesial (Igreja dos pobres) bem concretos e que só neste contexto pode-se compreender sua atuação e seu legado. Dito isto, pode-se destacar algumas de suas contribuições mais importantes à Igreja e à sociedade salvadorenhas: ajudou a explicitar, fundamentar e desenvolver a dimensão histórico-libertadora da fé cristã; teve um papel fundamental na redefinição da missão da Companhia de Jesus na América Central, particularmente em El Salvador, e  na atuação profética de dom Oscar Romero; ajudou decisivamente a transformar a UCA (Universidade Centroamericana José Simeón Cañas) em “consciência crítica e criadora da realidade nacional” a partir das necessidades e exigências objetivas das “maiorias populares”; enquanto reitor da UCA, respaldou os processos de mobilizações e organizações populares, deu visibilidade nacional e internacional à situação de miséria, injustiça e violência que assolava o país e colocou todo o potencial humano e institucional da universidade à serviço de um processo de transformação estrutural da realidade, a partir e em vista das necessidades das “maiorias populares”; foi o maior analista sócio-político de El Salvador na década de 80 e o mediador mais importante do processo de paz no contexto de uma guerra civil que custou a vida de mais de 75 mil salvadorenhos/as; e, enfim, apressou/antecipou, com seu martírio, o “acordo de paz” que pôs fim à uma década de guerra.

IHU On-Line - Qual é a importância do pensamento de Ellacuría no fazer filosófico, teológico e social?

Francisco de Aquino Júnior - Essa pergunta exige um balanço crítico de praticamente toda produção intelectual de Ellacuría. Em todo caso, indicarei, sem maiores desenvolvimentos e com o risco de simplificação ou reducionismo, o que considero sua contribuição mais original e mais fecunda nas referidas áreas. Quanto à filosofia, creio que a novidade maior do aporte de Ellacuría consiste na descoberta – a partir da filosofia de Zubiri, mas para além de Zubiri – (1) da densidade metafísica da práxis como “princípio de realidade e princípio de verdade em grau supremo”, e (2) da cruz como “lugar privilegiado da verdade da história”, (3) na compreensão da teoria como “momento da práxis” e (4) na insistência na “função libertadora da filosofia”, enquanto “reflexão crítica, sistemática e criadora”. No que diz respeito à teologia, penso que (A) sua importância maior reside, para além da abordagem concreta de determinados problemas ou temas, na compreensão mesma do propósito teológico, enquanto “momento consciente e reflexo da práxis eclesial” que é a práxis do seguimento de Jesus ou da realização histórica do reinado de Deus e que (B) sua contribuição mais original e fecunda consiste na “fundamentação do método teológico latino-americano” e na nova concepção e desenvolvimento da “relação teoria-práxis” que ela possibilita: teoria como momento da práxis. Quanto ao social, por fim, destacaria sua insistência (1) na dimensão social da realidade humana, (2) no dinamismo e estrutura que essa dimensão social vai adquirindo historicamente, (3) nas possibilidades reais de transformação da sociedade, (4) na busca e construção de mediações dessa transformação e (5) no caráter social da comunidade eclesial e seu poder/força de intervenção social.

IHU On-Line - Em que sentido a experiência de Ignacio Ellacuría ajuda a pensar a criação de uma civilização melhor em termos humanos e libertadores?

Francisco de Aquino Júnior - Em primeiro lugar, na medida em que revela a desumanidade/crueldade/pecaminosidade e inaceitabilidade da “civilização da riqueza ou do capital”, fundada na acumulação ilimitada de bens. Em segundo lugar, na medida em que aponta utópica, ética e cristãmente para uma “civilização da pobreza ou do trabalho”, fundada na “satisfação universal das necessidades básicas” e tendo nos “povos crucificados” ou nas “maiorias populares” seu critério e sua medida permanentes. Em terceiro lugar, na medida em que mostra como esses mesmos “povos crucificados” ou “maiorias populares” e suas organizações são o sujeito por excelência (não exclusivo) dessa nova civilização. Em quarto lugar, na medida em que nos ajuda a perceber a necessidade de mediações práticas e teóricas – para além das boas intenções – na construção dessa civilização. Por fim, na medida em que nos alerta contra todo idealismo ingênuo (querer é poder!) e contra todo fatalismo pragmaticista (não pode ser diferente!) e nos convida a uma postura profético-realista ou realista-profética.

IHU On-Line - Que perspectiva a Teologia da Libertação latino-americana recebeu em El Salvador, com Ignacio Ellacuría? O que difere da teologia da libertação formulada no Brasil, por exemplo?

Francisco de Aquino Júnior - Diferentemente de outros modos de fazer teologia, cuja preocupação e orientação fundamentais residem na busca e “compreensão do sentido” (interpretação) das afirmações dogmáticas ou da positividade da fé, a preocupação e orientação fundamentais da Teologia da Libertação desenvolvida por Ellacuría residem na realização histórica (práxis) da salvação, isto é, do reinado de Deus. Frente a teologias predominantemente “intelectualistas”, centradas nas ideias, no diálogo cultural, na lógica discursiva etc., a Teologia da Libertação ellacuriana é uma teologia predominantemente “realista” e práxica, centrada na realidade que procura compreender (e não na ideia ou conceito dessa realidade) e em sua realização histórica, isto é, na busca de mediações concretas de sua efetivação (e não apenas na busca de seu sentido). E tanto no que diz respeito a problemas e temas mais explicitamente históricos (social, político, econômico etc.), quanto no que diz respeito a problemas e temas mais explicitamente religiosos/transcendentes (Deus, espiritualidade, ressurreição etc.). Certamente, há muito em comum entre a Teologia da Libertação desenvolvida por Ellacuría e as teologias da libertação desenvolvidas por outros teólogos da libertação, concretamente no Brasil. Em todo caso, parece-me que se pode identificar algumas diferenças, pelo menos de acento. Em primeiro lugar, predominou, de fato, no Brasil, em boa medida por influência de Clodovis Boff, uma concepção da Teologia da Libertação como teologia das questões sociais, políticas, econômicas etc. com o método ver-julgar-agir ou das três mediações: sócio-analítica, hermenêutica e prática; enquanto que Ellacuría não apenas reagiu explicitamente contra essa concepção reducionista da Teologia da Libertação, mas insistiu muito em que a Teologia da Libertação é uma teologia que trata da revelação e da fé cristãs em sua totalidade, tendo como “âmbito de realidade” a ser compreendido o reinado de Deus, tanto no que tem de “reinado” (realização histórica) quanto no que tem “de Deus” (transcendência), mas em sua unidade estrutural de “reinado de Deus”. Em segundo lugar, há diferenças com relação à compreensão e ao desenvolvimento do caráter práxico da teologia: seja pela compreensão do âmbito de realidade da Teologia da Libertação (sócio-política X reinado de Deus), seja pela determinação do vínculo teoria-práxis (externo X constitutivo), seja pelo caráter predominantemente hermenêutico de parte da Teologia da Libertação desenvolvida no Brasil. Em terceiro lugar, diferentemente de outros teólogos, Ellacuría, num diálogo estreito e criativo com a filosofia de Xavier Zubiri, desenvolveu muito intensa e consequentemente a mediação e fundamentação filosóficas de sua teologia.

IHU On-Line - Para Ignacio Ellacuría, o lugar teológico deveria ser um lugar social, ou seja, dos pobres. Nesse sentido, como as ideias de Ellacuría ajudaram a pensar um novo modelo de Igreja na América Latina?

Francisco de Aquino Júnior - Desde Tomás de Aquino  e Melchior Cano,  a expressão lugar teológico indica os diversos “domicílios” ou “sedes” onde se pode encontrar “argumentos teológicos” – “próprios” e “alheios”, “necessários” e “prováveis”. Na Teologia da Libertação, particularmente na teologia de Ignacio Ellacuría e Jon Sobrino, a expressão lugar teológico tem um sentido distinto. Ela diz respeito ao “mundo dos pobres e oprimidos”, enquanto horizonte, perspectiva ou ponto de vista social, a partir de onde se lê e se interpreta, inclusive, as distintas “fontes” ou “sedes” ou “domicílios” de argumentos da teologia. Essa nova concepção de lugar teológico é fundamental tanto para orientar positivamente o propósito teológico (destinatário privilegiado e lugar fundamental de historicização ou verificação) quanto, negativamente, como princípio ou critério de sua desideologização (revelação de sua verdade ou falsidade). E isso tem sérias implicações na configuração da vida eclesial, na medida em que a teoria teológica, de alguma forma, orienta a práxis eclesial numa ou noutra direção (oprimido X opressor) e a critica, (des)legitimando-a, precisamente a partir ou em vista da direção tomada (a quem, de fato, serve?). Uma teologia feita a partir e em vista dos pobres e oprimidos ajuda enormemente a configurar e a dinamizar, evangelicamente, a Igreja como “Igreja dos pobres”.

IHU On-Line - Em que medida a teologia defendida por Ignacio Ellacuría nos faz repensar a organização social e política mundial?

Francisco de Aquino Júnior - O que dizia há pouco sobre a construção de uma nova civilização, vale, em boa medida, para a questão da organização social e política do mundo. Só retomaria e enfatizaria duas questões que considero centrais no pensamento de Ellacuría e que, teologicamente falando, diz respeito, precisamente, à salvação da história. Por um lado, sua insistência em manter, de modo consequente, a tensão entre a “utopia como horizonte” e o “profetismo como método”. Trata-se, aqui, de um “contraste crítico do anúncio da plenitude do reino de Deus [utopia] com uma situação histórica determinada [profetismo]”. Por outro lado, sua insistência no caráter histórico da realidade social e política; entendendo por histórico, na linha de Xavier Zubiri, o processo permanente de “apropriação e criação de possibilidades”. “Possibilidades” não significam, para Zubiri e Ellacuría, aquilo que, em princípio, seria possível, mas aquilo que num determinado momento é acessível (está ao alcance da mão) e realizável. Nem tudo é possível em qualquer momento ou lugar (querer não é sem mais poder), mas algo sempre é possível e, na efetivação desse possível, pode-se ir tornando possível o que antes era ou parecia impossível. Levar a sério esse caráter histórico ou esse processo de possibilitação da realidade social e política no confronto permanente entre a utopia e a situação histórica concreta é fundamental para repensar e transformar a organização social e política do mundo – sem conformismo ou resignação e sem idealismo ingênuo e suicida.

IHU On-Line - Que relações o senhor estabelece entre teologia e política? Como Ignacio desempenhou, na prática, essa relação nos anos 80, em El Salvador?

Francisco de Aquino Júnior - Por um lado, a política é uma dimensão constitutiva e essencial do reinado de Deus. Seja ela entendida num sentido mais amplo de vínculo ou nexo social (sociedade), seja ela entendida num sentido mais restrito de organização e regulamentação da vida coletiva (Estado-governo). De uma forma ou de outra, deve ser configurada segundo o dinamismo do reinado de Deus, cujo critério permanente são as necessidades e os clamores das “maiorias populares” ou dos “povos crucificados”. E nesse sentido diz respeito muito centralmente à vida e à missão da Igreja e, consequentemente, a seu momento intelectivo-teórico que é a teologia. Por outro lado, a política tem um dinamismo próprio, exige mediações próprias e tem sujeitos diversos que extrapolam enormemente o âmbito e as possibilidades de ação da Igreja e que devem ser respeitados. De modo que se a política diz respeito diretamente à vida e à missão da Igreja (na medida em que efetiva/possibilita ou nega/impossibilita objetivamente a realização histórica do reinado de Deus), sua efetivação não é tarefa direta e imediata da Igreja (enquanto comunidade eclesial), pelo menos se considerada no sentido mais restrito de Estado-governo. Neste contexto, Ellacuría não só chama atenção para a distinção entre o social e o político, mas insiste no caráter mais direto e explicitamente social da Igreja e no seu modo próprio de atuação, enquanto “instituição” e “força” sociais e não políticas. Certamente, interfere no âmbito mais estritamente político, mas o faz socialmente, isto é, como instituição e força sociais.

IHU On-Line - Qual a relevância cristológica e eclesiológica de Ellacuría?

Francisco de Aquino Júnior - Na verdade, Ellacuría não desenvolveu uma cristologia. A esta tarefa, dedicou-se de modo especial Jon Sobrino, com quem Ellacuría estava profundamente sintonizado, sobre quem também exerceu enorme influência e em quem reconheceu “qualidade teológica”, “eficácia transformadora” e “ortodoxia”. Em todo caso, insistiu muito em alguns aspectos ou pontos decisivos do discurso cristológico: (1) a vida de Jesus de Nazaré como “chave” ou “princípio fundamental” da cristologia, para além da oposição simplista e ingênua entre o “Jesus histórico” (re)construído pelas ciências históricas (historischer Jesus) e o “Cristo da fé” testemunhado pelas escrituras (geschichtlicher biblischer Christus); (2) o reinado de Deus como realidade central e decisiva na vida de Jesus de Nazaré; (3) o caráter histórico da morte de Jesus no duplo sentido de “porque morre Jesus e porque matam Jesus”; (4) a unidade estrutural da vida, morte e ressurreição de Jesus – o ressuscitado é o crucificado e o crucificado/ressuscitado não é outro senão Jesus de Nazaré que viveu em função do reinado de Deus.

Quanto à eclesiologia, destacaria duas questões. Uma primeira questão diz respeito à identidade da Igreja. Enquanto Igreja de Jesus Cristo, ela tem a ver essencial e constitutivamente com Jesus de Nazaré e sua missão: realização histórica do reinado de Deus, cuja característica fundamental é a justiça aos pobres e oprimidos deste mundo. Neste sentido, ela se constitui, fundamentalmente, como “Igreja dos pobres”; tem nos pobres e oprimidos deste mundo seu “autêntico lugar social”. Certamente, a identidade da Igreja não se reduz a ser “Igreja dos pobres”; mas essa é uma de suas notas ou características essenciais. E a explicitação e fundamentação teológicas desse aspecto, nota ou característica da Igreja de Jesus Cristo foi um dos ou o aporte eclesiológico mais importante de Ignacio Ellacuría.  Uma segunda questão tem a ver mais diretamente com a ação evangelizadora ou pastoral da Igreja. E, aqui, Ellacuría sempre insistiu na prioridade absoluta que devem ter os pobres/oprimidos e suas necessidades materiais, bem como na importância de favorecer e apoiar, criticamente, suas lutas e organizações.

IHU On-Line - Gostaria de acrescentar algo que não foi questionado e considera importante?

Francisco de Aquino Júnior - Simplesmente manifestar minha esperança de termos um dia alguns dos escritos de Ignacio Ellacuría traduzidos no Brasil. Dentre os grandes teólogos da libertação da primeira geração, Ellacuría é praticamente o único que nunca foi traduzido entre nós, salvo alguns verbetes no Dicionário de Conceitos Fundamentais do Cristianismo (São Paulo: Paulus, 1999) de Floristán Samanes e Tamayo-Acosta. Quem sabe a celebração dos 20 anos do martírio de Ellacuría impulsione tal empreendimento.

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