Edição 302 | 03 Agosto 2009

“O papel social da religião mudou”

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Patrícia Fachin e Moisés Sbardelotto

Para o teólogo Pedro Rubens, a efervescência religiosa brasileira representa a reconstituição do tecido cristão

Na sociedade pós-metafísica “o Cristianismo deve ser repensado para além das categorias do pensamento metafísico, da mesma forma que deveria reencontrar seu lugar numa sociedade que não é mais regida pelas normas religiosas”, sustenta Pedro Rubens, doutor em Teologia pelo Centre Sèvres, Faculdades Jesuítas de Paris.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, ele ressalta que o paradigma metafísico “não dará conta de responder às novas questões colocadas pela existência humana em sua historicidade e pelas ciências em sua complexidade e especificidade”. Considerando que o papel social da religião mudou, Rubens frisa que o Cristianismo vive uma situação extremamente paradoxal. E explica: “por um lado, ele é solidário com o declínio da civilização cristã ocidental e o eclipse da religião como referencial da sociedade; mas, por outro, a fé cristã é afetada pelo ressurgimento do religioso sob as formas mais arcaicas, no seio da vida moderna”.

Reitor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) desde 2006 e professor de Teologia no Programa de Pós Graduação em Ciências da Religião, Pedro Rubens é formado em Filosofia e Teologia pela Faculdade Jesuíta de Teologia e Filosofia (FAJE) de Belo Horizonte. Cursou o mestrado e o doutorado no Centre Sèvres, Faculdades Jesuítas de Paris. Sua tese leva o título La foi vécue au pluriel. Penser avec Paul Tillich, un discernement théologie du croire en contexte brésilien e deu origem à obra O Rosto Plural da Fé: da ambiguidade religiosa ao discernimento do crer (São Paulo: Loyola, 2008), que será lançada no X Simpósio Internacional IHU: Narrar Deus numa sociedade pós-metafísica. Possibilidades e impossibilidades. De sua produção bibliográfica citamos Karl Rahner em perspectiva (São Paulo: Loyola, 2004), Karl Rahner: 100 anos. Teologia, filosofia e experiência espiritual (São Paulo: Loyola, 2005), em parceria com Francisco Taborda.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Quais são as especificidades do Cristianismo e como ele se relaciona com as demais tradições religiosas, Islamismo e Judaísmo?

Pedro Rubens - Essas três tradições culturais e religiosas se definem como monoteísmos e são identificadas como religiões do Livro. No entanto, a interpretação da unicidade de Deus, o conceito de religião e o tipo de relação aos textos fundadores são bem diferentes em cada uma delas. Isso não implica necessariamente conflito, da mesma forma que as eventuais semelhanças formais não são suficientes para fundar o diálogo esperado. Na verdade, seria bem mais interessante e enriquecedor um diálogo com base nas diferenças, no diferencial de cada uma delas. Dito isso, o Cristianismo postula sua especificidade em uma concepção bastante dialética: postula a fé em um único Deus, mas o compreende em sua revelação trinitária (Pai, Filho e Espírito Santo); pode ser considerado uma religião do Livro, mas vive de uma constante interpretação das tradições escritas e não escritas; embora identificado com um sistema religioso próprio, composto de ritos, símbolos, doutrinas e normas, está constantemente em processo de crítica de toda e qualquer instituição religiosa, em nome da soberania de Deus. Finalmente, é a pessoa de Jesus Cristo ou a narrativa de sua paixão, morte e ressurreição que constitui o núcleo da diferença cristã, determinando a concepção do tipo de monoteísmo, a relação com o Livro e a própria noção dialética de religião. O Cristianismo consiste num monoteísmo trinitário, numa “religião da superação da religião” (P. Tillich ) ou “religião da interpretação” (M. Gauchet ) e numa interpretação dos textos sagrados com base em novas situações contextuais (cf. I Pd 3,15) e confrontados ao evento Jesus, confessado como o Cristo, Filho único de Deus, mediador universal entre Deus e a humanidade inteira. Eis, portanto, que a fé cristã se baseia num paradoxo: por um lado, tem sua revelação plena em Jesus Cristo, historicamente situado e, por outro lado, essa revelação concerne toda a humanidade, de todos os lugares e tempos. Essa dinâmica vital indica a necessidade de um diálogo que nos permita afirmar a especificidade da fé, sem negar o valor de outras tradições religiosas e culturais, bem como o aporte das mediações históricas da fé em Deus “totalmente outro”. 
 
IHU On-Line - O Cristianismo está contribuindo para o diálogo inter-religioso ou as ações desenvolvidas pela Igreja ainda são tímidas? Quais são as possibilidades e limites nesse sentido?

Pedro Rubens - Creio que sim, mas é preciso fazer algumas considerações preliminares, antes de indicar algumas possibilidades do aporte cristão ao diálogo inter-religioso.

Primeiro, Cristianismo e Igreja Católica, Apostólica com sede em Roma são realidades que devemos distinguir, considerando a real diversidade interna do Cristianismo. Neste primeiro nível de diálogo, importa avançar nas experiências e reflexões sobre o ecumenismo entre as diversas confissões e igrejas cristãs, sem esquecer-se do diálogo indispensável dentro de cada Igreja/comunidade. Em segundo lugar, deve-se continuar o diálogo com as tradições monoteístas, notadamente com o Judaísmo e o Islã. Em terceiro, precisamos estabelecer um maior diálogo com as outras religiões do mundo, na sua prodigiosa diversidade, sem esquecer-se de buscar as tradições próprias de cada contexto. Acredito que o Cristianismo em geral e o Catolicismo em particular devem tomar iniciativas, seja onde eles são hegemônicos, seja onde são minoritários. Para além dos atos de perdão por atitudes que nem sempre privilegiaram o diálogo e os valores evangélicos, postulo que temos algumas concepções favoráveis a essa tomada de iniciativa: a noção de encarnação superando o abismo entre humano e divino; a prática da interpretação constante dos textos e das tradições religiosas; a perspectiva do discernimento que poderá evitar um juízo a priori da realidade ou da experiência, sem o devido reconhecimento dos valores. Essas possibilidades revelam certamente um limite: trata-se de uma percepção cristã. Uma justa consciência do limite, porém, já é uma nova possibilidade. Por exemplo: alguém poderia pensar que a pertença efetiva a uma comunidade religiosa ou à confissão de um credo seria um limite para o diálogo com outra religião; em sentido oposto, alguém que não tem nenhuma confissão de referência, poderia parecer pretensamente mais apto ao diálogo. Porém, esse vazio empobrece também a possibilidade de intercambio e diálogo. Na verdade, essa linha que separa é também a que estabelece a relação de fronteiras. Lugar de risco, certamente; mas, igualmente, lugar privilegiado para os intercâmbios.
 
IHU On-Line - Como as religiões monoteístas dialogam com o pluralismo religioso e o “trânsito inter-religioso”, como vemos especialmente em países de grande sincretismo como o Brasil?

Pedro Rubens - Não apenas esses diálogos são diferentes para cada monoteísmo, como no interior deles, cada região do mundo ou momento histórico específico. Deve-se distinguir o fenômeno do pluralismo religioso e do trânsito de uma religião para outra, ou de uma igreja para outra. No Brasil, há uma diversidade de tradições que precisam ser mais pesquisadas, conhecidas e valorizadas, com destaque e prioridade para as tradições de matrizes afro-brasileiras. Porém faz-se indispensável um estudo interdisciplinar das matrizes populares e da memória viva dessas tradições, indissociáveis da vida real de nosso povo e de suas diversas narrativas, para além dos conceitos totalizantes, como “sincretismo”, incapazes de dar conta da real diversidade.

Vivemos, no Brasil, uma efervescência religiosa sem precedente, suscitando uma ambiguidade sem limites. Esse fenômeno impressiona não tanto por uma simples perda de adeptos por parte do Catolicismo, mas pela migração de fiéis de uma Igreja para outra. Entretanto, não se trata propriamente de um fenômeno de “retorno do religioso”, inclusive porque este nunca saiu do cenário brasileiro; nem se trata de um real pluralismo religioso. Trata-se, sobretudo, de uma reconstituição do próprio tecido cristão, em um país marcado historicamente por uma forte evangelização católica e uma rica mescla cultural e religiosa, não sem conflitos de toda natureza. Sobre a base de um catolicismo popular e tradicional, portanto, surgiram sucessivamente diferentes expressões de fé, resultado de muitos fatores sociorreligiosos, que vão das necessidades mais prementes aos desejos mais místicos, das utopias históricas mais revolucionárias aos messianismos políticos mais tradicionalistas. Mas, por sua vez, será que o “trânsito de uma religião a outra” ou alguns movimentos migratórios de uma igreja a outra representam uma real mudança de matriz cultural e religiosa? Por exemplo: um católico, quando migra para uma igreja neopentecostal, reencontra aí alguns elementos da religiosidade popular, inclusive mais identificados com o Catolicismo tradicional que com a tradição própria das igrejas inspiradas na Reforma. A leitura apocalíptica ou messiânica das Escrituras, bastante frequentes nas igrejas neopentencostais, são bastante próximas dessas figuras na religiosidade popular brasileira, ela própria muito eclética e ambígua.

Nesse sentido, o catolicismo popular brasileiro, com todo o seu imaginário de representações, é a matriz religiosa mais importante para compreender o movimento religioso migratório e um bom ponto de partida para pensar um diálogo inter-religioso com base na própria formação histórica de nosso povo.
 
IHU On-Line - Que ações são imprescindíveis para a construção da paz planetária? O senhor concorda que a proposta de uma ética mundial é o caminho?

Pedro Rubens - Primeiro, conhecer melhor a diversidade, para além dos clichês e estereótipos, reconhecendo a real complexidade de concepções religiosas, culturais, históricas e políticas, sobretudo de cada região de conflito. Segundo, precisamos realizar cada vez um discernimento para distinguir melhor as motivações religiosas das outras causas e interesses: não raras vezes, as religiões correm o risco de entrar nos conflitos como uma legitimação de interesses políticos, usando o nome de Deus para camuflar interesses humanos questionáveis por eles mesmos e, sobretudo, com o perigo de projetar as responsabilidades humanas para outras esferas. Enfim, creio que é possível vislumbrar uma ética de consensos para além dos tratados de paz em tempos de guerra, para além das concepções religiosas e culturais. No entanto, tal carta magna planetária precisaria conjugar direitos e valores fundamentais com o respeito das diferenças.

Não sei se a chamada ética mundial é “o” caminho, mas certamente aponta para alguns passos importantes. Aliás, diante de situações complexas, fica difícil acreditar em resposta simples, caminho único e solução definitiva. Há várias situações internacionais, no entanto, que reclamam uma legislação ou instituições mediadoras acima dos interesses locais. Há, certamente, experiências exitosas que poderiam ser refletidas e universalizadas. Porém, não se pode esquecer a dificuldade do ponto de partida: de onde e de quem? Nesse sentido, creio que é preciso criar novas instituições com base em consensos teóricos e práticos rumo à construção de uma ética internacional, visando à história comum da humanidade e ao cuidado responsável com o planeta.

Certamente, o Cristianismo e as religiões poderão colaborar, mas sem ignorar um histórico de violências que envolveram diretamente as religiões. De toda sorte, sem instituições internacionais de consenso e sem experiências de reconciliação será difícil avançar. Penso, portanto, que se a criação de instâncias mediadoras releva mais da esfera política, em sentido amplo, as práticas de reconciliação poderiam ser uma forma de contribuição das religiões, na construção da paz. Mas, “vamos precisar de todo o mundo”, o que supõe uma concepção de comunidade humana não apenas para além das diferenças, mas justamente pelo reconhecimento mínimo delas.

IHU On-Line - Que contribuições o Cristianismo pode oferecer para a humanidade neste momento de crise (social, ambiental, de valores, financeira, de fé, de ética) em que nos encontramos?

Pedro Rubens - O patrimônio da experiência cristã é mais rico e diverso que sua história oficial e sua expressão institucional, contada já com chaves conceituais de épocas distintas. Antes de antecipar qualquer possibilidade de contribuição cristã ao diálogo, eu recordaria a singularidade da kenosis (cf. M. Hurtado) ou do “aniquilamento próprio” em nome do outro (ou do Outro), como atitude fundamentalmente cristã de diálogo: isso não significa que outras tradições não a cultivem, mas que para o cristão é indissociável pela referência explícita à atitude de Jesus Cristo. Evidentemente, essa atitude quebra com a lógica moderna e a necessidade de autoafirmação da subjetividade. Mas, é um princípio análogo ao da não violência ativa, com sua força, fragilidade e riscos. Os riscos permanecem, mas Jesus Cristo não recuou nem diante da ameaça de morte. Não se trata de submissão, mas de “coragem de ser” (P. Tillich), assumindo a vida até as últimas consequências. Esse aniquilamento de si não é desumanizante, ao contrário, esconde e revela a esperança cristã, sem a qual a fé seria cega, assim como sem amor a fé é morta.

Para além da experiência religiosa do Sagrado, a fé cristã pretende ser uma experiência de Deus como “experiência do sentido radical da existência” (Lima Vaz) em todas as suas dimensões: na dimensão subjetiva, a fé postula uma liberdade que não se deixa corromper nem pela violência do outro, exercitando a capacidade de amar o inimigo, pois, como diziam os padres da Igreja, os cristãos não temem nem a morte (Carta a Diogneto); na dimensão intersubjetiva, a esperança constrói relações para além do toma lá dá cá, apostando que o outro é imagem e semelhança de Deus, nosso Pai, portanto, acredita-se na esperança de uma fraternidade universal, para além de raça, sexo, religião, ideologia; enfim, na dimensão objetiva, a esperança é uma forte contribuição diante de todos os fracassos e fatalismos históricos, diante dos absolutismos e relativismos, diante de toda visão negativa do ser humano, do mundo e de Deus. A esperança não é apenas, como diz o dito popular, “a última que morre”, mas aquela que não decepciona nunca; quem espera, espera contra toda esperança (Rm 4,18).
 
IHU On-Line - Para Hans Küng, há um princípio que pode ser encontrado em muitas tradições religiosas e éticas da humanidade: não faças aos outros o que não queres que te façam (ou, em termos positivos, faças aos outros o que queres que te façam). O senhor também considera que esse deve ser um princípio, uma norma incondicional entre as nações e religiões?

Pedro Rubens - A gente poderia pensar também no princípio da não violência ativa, na própria declaração universal dos direitos humanos etc. Porém, afirmar a absolutidade de qualquer princípio já pode ser um começo suspeito, apesar de eu estar de acordo com este princípio, em particular. Porém, a dificuldade é como construir o consenso em torno desse principio? Como fazer com quem não estiver de acordo, sem cair em contradição performativa? A versão que parte da negativa “não fazer...” teria mais força que a inversão proposta ou usada por Jesus?

Na verdade, essa máxima ética não releva de um principio religioso; mas é muito interessante a forma como Jesus inverteu a lógica do provérbio popular, insistindo na atitude positiva e da iniciativa, como uma espécie de política afirmativa. De toda sorte, esse princípio de sabedoria ética não deve ser identificado com o Cristianismo nem com nenhuma religião, pois, a rigor, ele não tem nenhum conteúdo religioso; ele poderia ser referido a uma sabedoria popular. A versão propositiva de Jesus, entretanto, supõe um esforço maior, pressupondo a iniciativa do sujeito, tornando-a ainda mais difícil de ser traduzida em norma objetiva, incondicional para todas as nações e religiões. Enfim, apesar de importante e inspirador, não deixa de ser um princípio mínimo e que, de alguma forma, não pode ser transformado em lei, apenas proposto como um convite. No fundo, não é a questão de Deus que faz problema, mas a questão do outro, figura que assume na nominação de Deus dimensões sem limites.

IHU On-Line - É possível falar de uma sociedade pós-metafísica, pós-religiosa? Que papel o Cristianismo desempenha nesse contexto?

Pedro Rubens - Admitindo o linguajar de uma sociedade pós-metafísica e pós-religiosa, entendemos que o Cristianismo deve ser repensado para além das categorias do pensamento metafísico, da mesma forma que deveria reencontrar seu lugar numa sociedade que não é mais regida pelas normas religiosas. A rigor, o paradigma metafísico pode estar presente ao lado de outros, mas tudo indica que ele não dará conta de responder às novas questões colocadas pela existência humana em sua historicidade e pelas ciências em sua complexidade e especificidade. Por sua vez, nas sociedades modernas ocidentais de direito e de fato, o papel social da religião mudou. O Cristianismo vive uma situação extremamente paradoxal e ambígua: por um lado, ele é solidário com o declínio da civilização cristã ocidental e o eclipse da religião como referencial da sociedade; mas, por outro, a fé cristã é afetada pelo ressurgimento do religioso sob as formas mais arcaicas, no seio da vida moderna. Dada a sua complexidade, esse fenômeno depende de uma pluralidade de fatores. Parece inegável, no entanto, que há uma verdadeira onda religiosa e um renovado interesse pelo "espiritual". Contudo, em princípio, isso não significa uma contradição com os diagnósticos do "fim da religião", embora se exija uma maior precisão: o problema não é de desaparecimento das religiões, mas de fim de uma época em que elas representavam, de uma forma ou de outra, o fundamento da visão de mundo ou a norma de organização da sociedade. Diante do fim desta função, porém, resta ainda perguntar-se sobre o "fim", no sentido de uma teleologia da dimensão religiosa do ser humano e da religião como tal para a história da humanidade.

Finalmente, essa onda religiosa atual não autoriza nenhuma religião a sonhar com um retorno das teocracias históricas, nem permite ao Cristianismo ocidental reivindicar um estatuto politicamente privilegiado nas sociedades contemporâneas, ditas "pós-cristãs". Por sua vez, o fim desse papel do Cristianismo no Ocidente não significa que ele fique "desobrigado" diante dos grandes debates da vida moderna, no tocante aos problemas mais pessoais até os desafios de uma sociedade em vias de globalização. Essas questões vitais concernem ao Cristianismo, na medida em que se implicam o ser humano na sua dignidade inalienável, a sociedade em seus projetos de busca de uma maior justiça e fraternidade, a história humana e o destino do planeta. Trata-se de uma nova forma de habitar o mundo ou o “Cristianismo como estilo” (C.Theobald) . Esse papel do cristão no mundo, a ser reinterpretado em cada situação nova, independentemente do status social da religião, é uma consequência da própria dinâmica da Encarnação, sem a qual o Cristianismo não seria mais ele mesmo. Como diziam os pais da Igreja (patrística), “o que não foi assumido pelo Verbo feito carne, não foi salvo”. É tarefa da Teologia dar razões de nossa esperança (1 Pd 3,15), mas, antes de tudo, é próprio da fé cristã "esperar contra toda esperança" (Rm 4,18) e, assim, contribuir, corajosa e humildemente, eficaz e modestamente, na reconstrução das identidades pessoais e culturais, na história comum da humanidade mundializada e no destino da vida no planeta, ameaçado e a ser assumido responsavelmente.

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