Edição 299 | 06 Julho 2009

Um sujeito submetido ao objeto

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Márcia Junges e Mario Fleig | Tradução Luciana Cavalheiro

Jean-Louis Chassaing questiona por que o sujeito pós-moderno, ao se pensar “privado de”, perde sua capacidade de sujeito e se submete ao objeto, no sentido do direito romano, regido por corpos.

“Qual seria o discurso no qual é tomado o sujeito de hoje? Há ainda um discurso que possa orientá-lo?”, questiona o psicanalista e psiquiatra francês Jean-Louis Chassaing, na entrevista a seguir, concedida com exclusividade à IHU On-Line, por e-mail. Segundo ele, “o insuportável do desejo – que uma resposta não lhe seja trazida imediatamente, ou mesmo o escândalo que se deixa emergir tempo demais – pode conduzir a uma espera, a uma exigência de um gozo imediato, da violência, aquela de um impasse sobre a mediatização da reflexão”. Retomando Freud, o pesquisador diz que era esse excesso de recalque a causa das neuroses. O que diria Freud hoje, “quando ‘tudo é possível’, e que o sexual está na mesa, à disposição, em que os corpos estão desnudos, mesmo os cadáveres estão ‘deliciosamente’ expostos, como observou Charles Melman”? Chassaing analisa, também como o “sujeito pós-moderno”, ao se pensar não frustrado, mas privado de, “perde a sua capacidade de sujeito – sub jectum, submetido (a linguagem) – para tornar-se, ele próprio, ‘submetido’ a objeto, no sentido do direito romano, regido por corpos”.

Chassaing, psiquiatra e psicanalista, é autor de, entre outros, Les toxicomanies medicamenteuses (Paris: PUF, 1992), Psychanalyse et Psychiatrie (Paris: Point Hors ligne, 2001) e Cocaine. Aphasies: etudes des textes preanalytiques de Freud (Paris: Erès, 2006). É membro da Associação Lacaniana Internacional e membro co-fundador da Fundação Europeia para a Psicanálise. Palestrará em 14 de agosto no Colóquio Internacional A ética da psicanálise: Lacan estaria justificado em dizer “não cedas de teu desejo”? [ne cède pas sur ton désir]?, com o tema “Uma prática: Freud perito”.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Por que desejo e violência se fundem quando a distância entre gozo e desejo se apaga?

Jean-Louis Chassaing - Não sei de que violência você quer falar. Quando se fala de violência, meu pensamento sempre se volta para aquela época em que, estudante de psiquiatria, eu lia um dos primeiros livros de Laing  e Cooper,  psiquiatras ingleses, que encontraria logo depois. Eles tentavam, então, em um movimento que ia se tornar muito amplo, afrontar a “Instituição” manicômio. Um movimento que, ao denunciar uma certa violência da instituição e da psiquiatria, abandonou um pouco a clínica, tomada também no contexto de sua época. Mas Laing, principalmente, se reconhecia psiquiatra e psicanalista – ele tinha sido analisado, como Cooper, por Winnicott . Laing mantivera também uma correspondência com Karl Jaspers  e, desta forma, estava interessado pelo existencialismo. Enfim, Laing e Cooper escrevem um livro que foi publicado em 1960 e prefaciado por Jean-Paul Sartre : Razão e violência. Neste livro, já aparece uma problemática da violência que ultrapassa as passagens ao ato. Em seus trabalhos, na sequência inspirados em Bateson  e sua equipe, eles dão como exemplo a violência do double-bind para uma criança tomada em tal coerção. Então, eu gostaria de dizer que “a violência” toma evidentemente várias formas, inclusive as mais insidiosas. Mas suponho que, no Brasil, é a violência em atos que preocupa vocês.

Desejo suplantado pelo gozo

O desejo se tornou um conceito importante da psicanálise, principalmente com Lacan. O gozo também, ainda que este seja um conceito difícil de ser apreendido; eu creio que ele tem sua origem em Além do princípio do prazer, de Freud. Na verdade, este texto de Freud permitiu a Lacan dizer que o prazer faz barreira ao gozo. Nós temos, aqui, termos complexos que precisariam ser explicitados, cada um por sua vez.

Quanto à violência, há vários tipos dela, como já disse. Você utiliza o singular e até mesmo o universal, e, além disso, você a liga a conceitos difíceis, específicos, psicanalíticos. Também não sei o que você entende por “distância” entre gozo e desejo. Lacan não gostava deste termo “distância”, pois o achava vago, impreciso.

Para mim, a violência psíquica talvez deva ser correlacionada com a “insuficiência da linguagem”, ou mais precisamente, com a insuficiência das palavras, do alcance do que nela se percebe, da segurança que nela é instalada. O desejo não deveria ser tomado como falta na privação, operação no real, cujo agente é o pai imaginário e o objeto simbólico. Talvez aí haveria uma pista. O desejo hoje é suplantado pelo gozo; é preciso gozar, nada é proibido, e, se o desejo é desde sempre aquilo que impede de “andar em círculos”, ele está hoje, ao que parece, relegado aos arquivos do passado: impossível de se deixar desejar sem ter imediatamente um objeto ao alcance da mão que venha responder, se não antecipá-lo ou extingui-lo ao saciá-lo momentaneamente. Todavia, o desejo é um motor. Então, violência, sim! O insuportável do desejo – que uma resposta não lhe seja fornecida imediatamente, ou mesmo - oh escândalo ! - que seja deixado a descoberto por um tempo demasiado – pode levar a uma expectativa, à exigência de um gozo imediato, da violência, que não encontra uma saída na mediação da reflexão.

IHU On-Line - De que forma a perda de autoridade da religião é um dos fundamentos do binômio desejo-violência?

Jean-Louis Chassaing - Para mim, desejo e violência são dois termos heterogêneos na teoria psicanalítica. Além disso, o que faz com que estejamos tão certos de que há uma “perda de autoridade da religião”? Não é tão simples. Você sabe, sem dúvida, que há um debate na França, e provavelmente não apenas entre nós, sobre esta questão. Tomo como exemplo a discussão entre Marcel Gauchet  e Régis Debray,  dois filósofos importantes, que não estão de acordo sobre esta “perda de autoridade”. Para o primeiro, há a modificação do religioso, ou até mesmo amplificação, mas é fora da instituição clássica que teria iniciado seu enfraquecimento. Para o segundo, as religiões estariam em progressão, diante das errâncias do laço social. Outras questões se colocam a respeito do que é uma “autoridade” hoje, a da religião ou outras. Mas é claro que a “autoridade da religião” foi estabelecida de modo muito firme. Podemos reler especialmente os textos de Freud O futuro de uma ilusão e Psicologia das massas. Ele fala de modo preciso da autoridade, de seu papel, de suas funções. Sem dúvida, a autoridade da religião sofre com o desenvolvimento das ciências e das técnicas. Seria necessário separar o que diz respeito aos seus desenvolvimentos necessários, inatacáveis, e o que há de imaginário que lhes está ligado, e que constituem autoridade. Mas qual? Ela é produzida como nossa “boa e velha autoridade”? Não acredito.

Para voltar à formulação de sua questão, parece-me que o termo “desejo” deve ser tomado em seu sentido estritamente preciso na teoria de Freud e de Lacan. Acredito que houve uma tendência excessiva a evocá-lo com frequência, como todos os conceitos analíticos, mas este em particular, de uma maneira “popular”. O desejo em psicanálise não é a vontade, nem a simples aspiração, nem o querer. O colóquio do próximo mês de agosto sobre a Ética da psicanálise deveria dar alguns passos para chegar a estas distinções. 

IHU On-Line - E como o esboroamento da representação política pode ser relacionado com esse fenômeno?

Jean-Louis Chassaing - Mais uma afirmação! É claro que após a última votação nas eleições europeias não irei contestar a fórmula! A taxa de abstenção é instrutiva. Principalmente entre os jovens, 81% na faixa dos 18-36 anos. Mas instrutiva a respeito do quê? Do desinteresse pela Europa? Do desinteresse global pela política? Pelo fato de que muitos intelectuais pensam que os políticos não explicaram verdadeiramente o que está em jogo? Você fala de “representação” política; ainda assim, independentemente da dificuldade de traduzir em nossas línguas respectivas, seria preciso explicitar melhor o termo representação. Ele não é de todo ruim, pois tem certa conotação psicanalítica, e eu diria que tudo o que é, o que é apenas representação em nossos dias peca por insuficiência. “Palavras e nada mais do que palavras” e nisso voltamos ao que eu dizia acima sobre a questão da linguagem, da insuficiência das palavras. “Sejamos concretos!”: é um slogan de longa data e que “ganha corpo”.

IHU On-Line - Por que a relação com o outro, sustentada apenas pelo contrato social, não determina laços sociais vigorosos e viáveis?

Jean-Louis Chassaing - O “contrato social” é Rousseau . Bom, há também os de Thomas Hobbes  e de John Locke,  com diferenças que eu conheço pouco. Mas o homem não pode ser dito essencialmente “bom” de início. Retomemos O mal-estar na civilização, de Freud, um de seus últimos textos, de 1929. Mal-estar para o homem, ao ter de civilizar-se e renunciar em parte suas pulsões. Freud via neste excesso de recalcamento a causa das neuroses. O que diria ele hoje, quando “tudo é possível”, e que o sexual está na mesa, à disposição, e os corpos estão desnudos, mesmo os cadáveres estão “deliciosamente” expostos nos museus, como observou Charles Melman ? Os corpos são transformados – o que algumas religiões haviam proibido ! – e esta vida é a do “é meu”, “será meu corpo”, como um insulto à dívida simbólica, aquela que faz com que se receba de seus antecedentes sem escolher, o que se admite, mais ou menos bem, mas que organiza um pouco suas pulsões autoeróticas..., seu gozo muito privado.

O contrato é mais um termo que precisa ser manejado com prudência e é facilmente assimila ao pacto. O contrato me leva a pensar no belo texto de Deleuze  sobre Sacher Masoch, que serve de prefácio de A Vênus das peles. Ele fala justamente do contrato no masoquista. Charles Melman lembra, com Lacan, que se trata do sujeito falando de um pacto com o Outro, e não de um contrato. O sujeito firma um pacto – não escrito – com o Outro, renuncia a uma parte de seu gozo para instalar sua inscrição na linguagem. O contrato é aqui ditatorial, o pacto pacificador.

O laço social é aquilo que é mantido por um discurso, e não por um contrato, com o outro, mesmo que fosse escrito nas leis, o que já é certa garantia. Mas é o pacto com o Outro mantido por um discurso que constitui laço social. O que feito hoje dele, do Outro, e de um discurso no sentido de uma estrutura, no sentido de um formalismo lógico? O que é esta “nova economia psíquica” desenvolvida por Charles Melman?

IHU On-Line - Como as drogas potencializam a falta de limite de quem quer gozar a qualquer preço?

Jean-Louis Chassaing - Justamente as drogas são o paradigma do objeto preensível de hoje, dos “objetos do mundo” como dizia Lacan ao se referir aos objetos de consumo. Mas observo o quanto você mesma, na sua formulação, está tomada nesta “modernidade”! Você a detalha através de um “que quer gozar a todo o preço”, mas é claro que as drogas têm efeitos químicos temerosos e deliciosos ao mesmo tempo – o pharmakon, com seu caráter de dupla face; François Perrier  falava em “duplo objeto” -, todavia alguns irão experimentá-lo, outros não, outros nem tocam nele ou não continuam a utilizá-lo. É mesmo “a droga que faz o drogado”, ou é “o drogado que faz a droga”? Estas fórmulas radicais devem ser nuançadas, de uma parte e de outra. O impacto químico existe, tal como um trauma na economia psíquica, seja este trauma violência e/ou calmante. Ele modifica as percepções. Ele é “do-corpo”, com pensamentos e percepções incluídas. Esta expressão, “que quer gozar a todo o preço”, deve ser igualmente nuançada, ou melhor, elaborada, pois este “querer” não é simples. E não me cabe aqui desenvolver este aspecto tão clínico.

IHU On-Line - Como compreender a toxicomania e outros vícios no quadro de violência e frustração do sujeito pós-moderno?

Jean-Louis Chassaing - A toximania não é “um vício”, mas uma doença grave. Como eu o disse acima, o impacto da droga, de seus efeitos, calmantes ou estimulantes, ou dislépticos, é uma violência. É uma violência infligida a si mesmo. Ela pode, evidentemente, ser infligida também aos outros. Seus efeitos psicofarmacológicos distorcem as percepções e induzem a um modo relacional particular. Este instaura uma relação com o outro de preensão, de imediatismo, ou seja, não mediatizada, principalmente não mediatizada pela linguagem. O outro deve servir suas pulsões como a droga as serve, o que induz sistematicamente a um aspecto paranoico da relação, um aspecto imediatamente persecutório, ou depressivo. O outro, como a droga, deve responder de imediato. Mas os efeitos se esgotam. O sujeito automatizado não suporta esta perda do efeito e exige, ele quer mais, e de novo. Os negociantes do mundo moderno sabem bem disso: eles têm a mesma “lógica”, a do automaton… Automatizado pelo objeto, o sujeito pós-moderno não vê seu desejo ao mesmo tempo se esgotar e ser irremediavelmente solicitado... efeito pharmakon. A toxicomania não é nada mais do que uma caricatura extrema do modo de relação em nossas sociedades. Responder à demanda-oferta, para gozar, sendo que essa mesma demanda-oferta é firmemente estabelecida para viciar o outro, obtendo assim o máximo de lucro possível. Quem demanda, quem oferece, tudo está misturado...

Do que o “sujeito pós-moderno” estaria “frustrado”? Ele tem tudo. E por ter tudo ainda lhe falta algo, então algo lhe é proposto e ele quer tomar. Mas ele ainda tem falta de algo, mesmo se não se dá conta de que está empanturrado... Mesmo não se dá conta que jamais terá este objeto perdido, conforme foi nomeado pela psicanálise. O caminho que toma, e que nossas sociedades lhe propõem tão Bem, é o caminho da morte: morte do sujeito e morte do laço social enquanto discurso. E, como os toxicômanos o demonstram, morte dos corpos.

O “sujeito pós-moderno” por se pensar (somente!) não frustrado, mas privado, perde sua capacidade de sujeito – sub jectum, submetido (à linguagem) – para tornar-se ele próprio “adicto” (ao objeto, no sentido do direito romano), aprisionado pelo corpo.

IHU On-Line - O que a “intoxicação” do sujeito pós-moderno demonstra sobre sua subjetividade?

Jean-Louis Chassaing - A intoxicação não demonstra nada! O que nos dizem estas condutas é que não há mais muito de sintoma em nossas clínicas, mas passagens ao ato, “atuações”, agitações, impulsões mais do que reflexões, ou então inibições. Freud escreveu Inibição, sintoma e angústia. O sintoma é algo que depende de nossa subjetividade, de nossa relação com a linguagem, com o Outro. A inibição consiste na dificuldade do movimento, da decisão, do engajamento, frente ao risco do ato, mas no sentido psicanalítico. Lacan explica e desenvolve maravilhosamente tudo isso, em um seminário sobre O ato psicanalítico e outro seminário sobre A angústia! Ele antecipou tudo, e havia precisamente compreendido o que acontecia. A angústia é um afeto, como é a depressão. Estamos mais sob o regime destes afetos que sob aqueles dos sintomas, que estão mais diretamente ligados à linguagem e ao Outro. Aliás, Freud distinguia em uma época, depois ele mudou e retornou a isso, psiconeuroses, ligadas ao recalcamento de significantes, e neuroses atuais, nas quais situava angústia e toxicomanias, ligadas aos movimentos da energia sexual, ou seja, ao gozo, ao prazer, mais do que às palavras, ao jogos das palavras, ao recalcamento. Será que nossa época é a do gozo, principalmente do corpo, mais do que a do jogo das palavras, mais do que ao gozo fora do corpo, que é o gozo fálico?

IHU On-Line - Com base em Lacan, por que o mal-estar do homem moderno se encontra cindido entre linguagem e fala?  Quais são os três paradoxos que Lacan apresenta quando se refere à cisão entre linguagem e fala?

Jean-Louis Chassaing - Você faz referência, em suas questões, a uma entrevista do tutorial Mario Fleig,  na qual ele faz referência ao “Discurso de Roma” de Lacan, denominado de “Função de campo da fala e da linguagem em psicanálise”, publicado nos Escritos. A fala tem uma função neste campo que é a linguagem. O discurso é outra coisa, como comecei a indicar antes. Há linguagem, fala e discurso. E estes termos têm significações bem precisas e diferentes uma das outras na teorização de Lacan. Teorização que lembro ser a de um clínico, de um analista praticante como Freud. O homem sempre esteve submetido, enquanto sujeito, à linguagem, ao mesmo tempo à linguagem e à fala, uma como campo e a outra como função. Também está evidentemente submetido – sub jectum – a um discurso que é o que constitui laço social. Lacan definiu vários, quatro e um. Qual seria o discurso no qual está tomado o sujeito de hoje? Há ainda um discurso que possa orientá-lo?

Com estes três paradoxos você me “incomodou” bastante, mas com suas indicações e as de Fleig, consultei o texto de Lacan. Os paradoxos não dizem respeito à divisão do sujeito “entre linguagem e discurso”, mas às relações no sujeito da fala e da linguagem, o que é bem diferente e mais compreensível (ah, esta linguagem lacaniana! Mas, como toda disciplina, é necessário o seu estudo). O primeiro paradoxo faz menção à psicose, com a “liberdade negativa de uma fala que renunciou a se fazer reconhecer”, e com o delírio, “que objetiva o sujeito em uma linguagem sem dialética”. O segundo paradoxo dá lugar à neurose com uma fala que desertou “o discurso concreto que ordena a consciência” para se prender às “funções naturais do sujeito”. Há sinais de inibição, sintoma e angústia aqui. O terceiro paradoxo é interessante e é, sem dúvida, o que motivou todas as suas questões desde a primeira. Ele estabelece a objetivação do discurso pela ciência, o que “faz o sujeito perder seu sentido”. O texto de Lacan é interessante, até mesmo apaixonante, mas, sobretudo, muito atual, ainda que proferido em setembro de 1963.

Eis algumas reflexões que suas interrogações me inspiram, sem exatamente dar respostas precisas às mesmas. Há um rigor conceitual, ao qual se ligava muito Lacan psicanalista, não verdadeiramente ao conceito, mas à lógica de seu procedimento, e, é claro, suas afirmações são tão importantes que constituem parâmetros face às errâncias atuais de um laço social que continua ainda um pouco vago ou até mesmo louco! Obrigado por sua coragem, à qual eu tento responder com a minha!

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