Edição 286 | 22 Dezembro 2008

Paulo e a Carta aos Romanos: a Igreja e a sinagoga

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Maria Clara Bingemer

“A carta é plurívoca, pois não comporta uma só apresentação de Deus, do Cristo, do humano e de suas interações, mas diversos discursos”, assegura a jornalista Maria Clara Bingemer, ao analisar a Carta aos romanos, escrita por Paulo de Tarso. Outro aspecto que ela examina é o surgimento do cristianismo: “A primeira comunidade cristã era 100% judia, de Jerusalém. Aí surge o que se chama o judeu-cristianismo. O judeu-cristianismo é quase um enigma, na história, porque acaba sumindo da história”.

Bingemer é graduada em Jornalismo, mestre em Teologia, pela PUC-Rio, e doutora em Teologia Sistemática, pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma. Entre suas obras, destacamos Simone Weil – A força e a fraqueza do amor (Rio de Janeiro: Rocco, 2007). O artigo, a seguir, foi apresentado no evento Diálogo inter-religioso: fraternidade judaico cristã promovido pelo Centro Loyola de Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), em 18-08-2008. Os subtítulos são nossos. Confira.

A Carta aos Romanos é um reservatório que parece inesgotável. Houve quem se apoiasse nela para pensar a predestinação, a eleição, a justificação somente pela fé, o pecado original, a revelação natural, as relações entre a Igreja e o Estado, as relações entre judeus e cristãos após a Shoah. Todos os temas que são anacrônicos no momento da redação da carta (1º século), mas encontraram ali, muitas vezes em uma metáfora, uma ancoragem mais fértil. Caricaturando um pouco, poder-se-ia dizer que cada giro decisivo da história do cristianismo se apoiou na carta aos Romanos. Por exemplo: Agostinho (passagem do cristianismo antigo à cristandade medieval), Lutero (a cisão protestante), Barth (a teologia dialética).

A carta é plurívoca, pois não comporta uma só apresentação de Deus, do Cristo, do humano e de suas interações, mas diversos discursos. Diversos pontos de vista se fazem aí entender (incluído aquele de um interlocutor virtual que põe questões ou objeções a Paulo). Assim, caso se atenda às tensões ou mesmo contradições do texto, percebem-se diversas descrições da justiça de Deus nos quatro primeiros capítulos: uma justiça vingativa, uma justiça legal, uma justiça fora da lei. Cada discurso assume o precedente, mas o modifica, modela e corrige, operando deslocamentos significativos na maneira de encarar a justiça.

Uma outra chave de leitura importante da Carta é que em Jesus Cristo o mundo conheceu uma transformação radical. Trata-se de uma visão do mundo que os especialistas qualificam de “apocalíptica”, conforme o nome da literatura judaica na qual o mecanismo desta transformação é desvelado e esperado. Ora, eis a afirmação inaudita de Paulo – mesmo para um judeu do 1º século, impregnado desta visão e destes escritos apocalípticos: não se deve mais esperar a transformação, mas ela adveio pelo Cristo. O mundo antigo, no qual a humanidade era escrava duma estrutura de opressão (Pecado–Morte–Lei), foi vencido graças à fidelidade do Cristo a Deus, que nos concede sua justiça. Este discurso da Carta aos Romanos tem algo de mitológico, mas também desvenda intuições profundas sobre estruturas antropológicas universais. Não é por nada que Paulo qualifica seu discurso de “Evangelho”, isto é, em grego: anúncio extraordinário. Não é por nada que os filósofos contemporâneos se voltam para Paulo para aí procurar o novo, o radical, o libertador, o extraordinário. Não admira também que provocasse conflitos com a sinagoga.

Diálogo inter-religioso

Não é fácil falar de um diálogo entre Igreja e Sinagoga no sentido de identificação da Igreja e identificação da Sinagoga. O que temos contemplado, ao longo dos séculos foi, fundamentalmente, um relacionamento de incompreensões, hostilidades e fechamentos.

O Novo Testamento constitui para nós, cristãos, não apenas uma fonte fundamental da história para as origens desse relacionamento, mas, também, um ponto de partida para a reflexão teológica. Irei me centrar mais na reflexão teológica do que em outro ponto. Vou limitar-me a expor alguns pontos surgidos da leitura assídua das Escrituras neotestamentárias. É claro que esses pontos de vista deverão ser complementados com a visão surgida do Talmud e da tradição judaica, que não é tão conhecida, como deveria sê-lo pelos cristãos.

A primeira questão insistentemente levantada é: existe anti-semitismo no Novo Testamento? Porque, às vezes, se diz que o primeiro anti-semitismo se encontra no Novo Testamento. Sabemos que nossos escritos sagrados são heterogêneos e redigidos ao longo de mais de 70 anos. O vocabulário e o estilo neles empregados variam notavelmente, de acordo com a época e os destinatários. Por isso, eles não podem ser interpretados sem levar em conta os leitores para os quais foram preparados. Deixando, pois, inicialmente, de lado os escritos paulinos, porque merecem um estudo mais pormenorizado, que eu pretendo focalizar no fim, vejamos os Evangelhos.

Há uma hipótese bastante provável de identificação de um fragmento de manuscrito da caverna sete de Qumran com o Evangelho de Marcos. Mesmo admitindo esta identificação, é certo que esse Evangelho foi redigido após a separação definitiva entre a Igreja e a Sinagoga. Separação que se operou com a perseguição herodiana no ano 40 da nossa era, quando Tiago foi preso e executado e o grupo dos judeus-cristãos já tinha começado a regredir.

Judeu-cristianismo

A primeira comunidade cristã era 100% judia, de Jerusalém. Aí surge o que se chama o judeu-cristianismo. O judeu-cristianismo é quase um enigma, na história, porque acaba sumindo da história. Quase certamente nos outros três Evangelhos, pelo menos na versão que conservamos deles. Estes Evangelhos são posteriores à catástrofe do ano 1970, quando Jerusalém foi destruída e o povo de Israel disperso. É quando os cristãos, seguindo o conselho de Jesus, fugiram para as montanhas. Lembrem, todos os Evangelhos Sinóticos, os três, colocam isso, no discurso escatológico: “Quando vires acontecer essas coisas, fugi para as montanhas” (Mateus 24, 15s; Marcos 13, 14; Lucas 21,20s).

Os evangelistas escreveram, pois, com a consciência de já formarem uma comunidade à parte, em face da Sinagoga. Ao se difundir no seio da comunidade de Israel, era necessário, para a nova religião, acentuar a própria identidade, contra a nostalgia do culto esplendoroso do Templo e das formas de piedade tradicionais. É suficiente dar uma olhada na Carta aos Hebreus para compreender essa concorrência acirrada. A Carta aos Hebreus focaliza esse problema. Os cristãos, provenientes do judaísmo, diziam: “O nosso culto é tão pobre, tão pobre”. Eles se reuniam nas casas, liam as Escrituras, cantavam os salmos, celebravam a eucaristia com a fração do pão, o abraço da paz, mas nada daquele esplendor do Templo, com as vestes sacerdotais, com incenso, com os cantos. Por isso, essa nostalgia se faz muito presente na Carta aos Hebreus que diz: “Não, mas o nosso culto tem outras coisas, não o esplendor externo”.

O ponto fundamental da separação, inaceitável para o judaísmo, e que será sempre inaceitável, do ponto da vista da fé judaica, como é lógico, era e continuará a ser o caráter único de Jesus. Contra toda a tradição rabínica que reconhece uma pluralidade de mestres, o cristianismo apresentava um só, atribuindo-lhe ainda o caráter divino. Cristãos que, no começo, eram majoritariamente de origem judaica, passam a ser depois, fundamentalmente, gentios convertidos. Inclusive, um bom número de prosélitos influenciados previamente pelo judaísmo, mas que tinham permanecido um pouco à margem do judaísmo porque não levavam a sério as observâncias da lei mosaica, talvez, se conformassem com os sete mandamentos enoquitas.

Nesse contexto, os evangelistas tentaram mostrar as causas que levaram Jesus à morte. Os evangelistas escreveram, fundamentalmente, para cristãos provenientes da gentilidade. Talvez Marcos olhe mais para os ainda judeus, mas não muito. Os outros três claramente olham para os cristãos provenientes da gentilidade. Mas escrevendo para leitores majoritariamente não hebreus, simplificaram as suas descrições a fim de torná-las compreensíveis a todos e talvez lhes mostrar que o conflito ideológico era irreversível. Daí as denominações genéricas que aparecem ao longo de seus relatos. Os adversários de Jesus são os "escribas e fariseus" nos Sinóticos, por exemplo, ou os “judeus” no evangelho de João, que já está mais distanciado dos fatos.

Tradição rabínica

Devemos reconhecer, porém, que a linguagem e muitas das idéias pregadas por Jesus se enquadram dentro da tradição rabínica. Ainda mais, dentro da escola dos fariseus. Isto pode chocar a nós, leitores assíduos do Novo Testamento: dizer que Jesus estava dentro do quadro doutrinário dos fariseus. Mas não nos esqueçamos que os fariseus procuravam, em primeiro lugar, a santificação. Podia haver divergências no caminho, no modo, inclusive havia diversas escolas farisaicas. Contudo, os que na expressão dos evangelistas se tornaram inimigos de Jesus parecem formar um grupo compacto e numeroso que poderia ter sido constituído, fundamentalmente, pelos próprios fariseus. Advirtamos, porém, que os mesmos escritores dentro da narrativa dos fatos que conduziram à morte de Jesus, fazem alusão, também, aos Sumos Sacerdotes, ao Sinédrio, aos príncipes dos sacerdotes, os principais, sem esquecer os herodianos, a multidão e o povo. Encontramos todas essas expressões.

Essa multiplicidade de denominações mostra, claramente, que os relatos não foram redigidos com a exatidão histórica que teríamos desejado. Curiosamente, os romanos, que pelo menos foram os responsáveis legais e os executores da pena capital contra Jesus, quase são esquecidos e desculpados. Dá a impressão de que o cristianismo nascente, ao mesmo tempo em que afirmava a sua personalidade em face do judaísmo e contra a nostalgia dos que queriam, talvez, voltar a integrar-se na Sinagoga, queria evitar também a todo custo o conflito com o poder dominador.

Por outro lado, para os leitores de tradição não-judaica, seria impossível explicar todas as divisões das escolas rabínicas. Daí o recurso a uma denominação genérica que não podia ter na sua origem um sentido anti-semita, pois a quase totalidade dos autores do Novo Testamento foram judeus de raça, que não pretenderam renegar as suas origens. Uma comparação com os textos de Qumran - um grupo, provavelmente, de essênios, em conflito com os dirigentes do Templo - mostra que os distanciamentos e as condenações podiam assumir verbalmente uma generalização que estava longe de ter que ser entendida literalmente. Quando nós lemos os textos de Qumran, encontramos as mesmas maldições que se possa imaginar contra os sacerdotes de Jerusalém.

Examinando, logicamente, os textos dos Evangelhos, devemos dizer que nem a maioria do povo de Israel daquela época, nem sequer a maioria dos habitantes de Jerusalém tomaram parte ativa nos acontecimentos que levaram à morte de Jesus. Mesmo entre os escribas e fariseus, parece ter existido uma pluralidade de opiniões maior do que à primeira vista possa parecer. Os Evangelhos citam pelo menos três opiniões discordantes: José de Arimatéia,  Nicodemos  e Gamaliel.  Mas parece que, mais adiante, se vê que entre os sacerdotes também houve uma série de seguidores do cristianismo nascente.

Justificação pela fé

Em Paulo, o problema parece ser mais complexo. O zelo pelo judaísmo que o impulsionou a tomar parte na repressão inicial contra o cristianismo nascente acabou se transformando em ardor proselitista pela nova religião, ao mesmo tempo em que sentia dentro de si o desgarramento interior por causa de sua pertença ao povo de Israel. Nenhum outro escrito exprime isso melhor do que a Carta aos Romanos inquestionavelmente paulina. Junto com a Carta aos Gálatas, focaliza o problema principal da teologia paulina: a justificação pela fé. Mas, enquanto a Carta aos Gálatas foi escrita no ardor da polêmica intra-cristã, entre os que no cristianismo queriam conservar as observâncias mosaicas e os que diziam que não era necessário, a Epístola aos Romanos é fruto de uma reflexão amadurecida posterior.

Eis um breve resumo dela. O contexto é o de uma comunidade, a de Roma, onde - de acordo com as informações recebidas por Paulo que ainda não tinha ido a Roma - só há informações por cartas ou por mensageiros. Segundo essas informações, as divergências naquela comunidade parecem conduzir a sérios desentendimentos entre os convertidos do judaísmo e do paganismo. O escrito prepara uma visita do apóstolo a essa comunidade, propondo uma solução para os problemas lá existentes, especialmente o da relação judaísmo-cristianismo.

Na Epístola, Paulo parte da contraposição entre Cristo, justiça de Deus, e a justiça que os homens pretendem alcançar por seu próprio esforço. Não nega o valor da antiga economia da salvação, mas lhe marca limites precisos. Em Romanos 7,12, ele escreve: “A Lei é santa. Justo e bom é o preceito”. Assim enuncia, claramente, Paulo de Tarso. A Lei fez o homem conhecer a vontade divina. Ao mesmo tempo, Paulo enfrenta, em si mesmo, o problema da própria debilidade e a consciência da própria culpa e não consegue ver na Lei a ajuda necessária para superá-las. Daí, a sua solução: “Somente em Cristo encontra-se essa ajuda e ela se obtém através da fé”. Vejam, Paulo tem muito de pessoal quando escreve o problema próprio. Ele sente a própria fragilidade. Ele se reconhece pecador. Ele não sabe como libertar-se e, então, propõe essa solução: “Somente em Cristo encontra-se essa ajuda e ela se obtém através da fé”.

A conseqüência lógica seria a exclusão da salvação dos judeus que permanecessem no judaísmo. Porém, não é, enfim, exatamente a solução que vai dar. Mas eu digo: é claro, se fôssemos lógicos, tiraríamos essa conclusão. E, por isso, não é estranho que os escritos paulinos tenham sido considerados fonte da polêmica judeu-cristã e até acusados de serem anti-semitas.

Contudo, Paulo, na mesma Carta aos Romanos, não parece satisfeito com aquela dedução e passa a polemizar com os cristãos provenientes da gentilidade que numa soberba mal dissimulada, desprezavam os judeus. Contra as conotações racistas que pareciam insinuar-se, ele deixa muito claro que, diante de Deus, não há acepção de pessoas. Todos os fiéis, seja qual for a sua origem, devem formar um só corpo (Romanos 12, 1-15). Além disso - e este é o ponto mais importante -, Paulo está convicto que aos israelitas, textualmente, pertencem a adoção filial, a glória, as alianças, a legislação, o culto, as promessas, os patriarcas. Deles é, conforme Romanos 9, 4-5, o Cristo, segundo a carne.

Confusão

Nos capítulos 10 e 11, a argumentação torna-se um tanto confusa, pois confusa parece estar a mente de Paulo perante o mistério da salvação e os insondáveis desígnios de Deus. Por um lado, ele vê o que acredita ser a incredulidade de Israel e parece que, desse modo, fica fechada para esse povo a porta da salvação. Por outro lado, porém, tem que reconhecer que os dons e a vocação, no sentido de eleição de Deus, são sem arrependimento, irrevogáveis. É, então, aí que vem a contradição. Por um lado, dizendo: “Não. Mas, os judeus se fecharam e não têm mais salvação”; mas, por outro lado, diz: “Mas, os dons de Deus são irrevogáveis e aos judeus pertencem esses dons: a adoção filial, a glória, as alianças, a legislação, o culto, as promessas, os patriarcas”.

Como solucionar essa contradição? Ele conclui afirmando que Deus encerrou todos na desobediência para a todos fazer misericórdia (Romanos 11,32). Acaba entoando um hino à misericórdia do Senhor. A solução final cogitada por Paulo é uma solução que apela para o mistério e, ao mesmo tempo, apresenta uma certeza: “Não quero que ignoreis, irmãos, este mistério, para que não vos tenhais na conta de sábios. O endurecimento atingiu uma parte de Israel, até que chegue a plenitude dos gentios. E assim, todo Israel será salvo, conforme está escrito: ‘De Sião virá o libertador e afastará as impiedades de Jacó, e esta será minha aliança com eles, quando eu tirar seus pecados’”.

Paulo anuncia uma misericórdia para todo Israel e não apenas para aqueles que tinham aderido ao cristianismo. Paulo se encontra desgarrado, entre a sua fé cristã e a sua pertença ao povo de Israel. E, por isso, também, fala contra os cristãos da gentilidade dizendo: “Do que vocês se vangloriam? Vocês são apenas ramos de oliveira silvestre enxertados no tronco da videira autêntica capaz de dar frutos e esse tronco é Israel. E o tronco não foi arrancado”. E, por isso, Paulo acaba, na realidade, entoando esse hino ao mistério de Deus: “Não quero que ignoreis este mistério”.

Para Paulo, mistério, fundamentalmente, é o pensamento de Deus que ele diz: “É insondável”. E, portanto, deixa em aberto. Eu creio que nós, cristãos, nem sempre temos lido com suficiente isenção esta grande Carta aos Romanos em que acaba, aqui, depois daquela citação de Isaías, dizendo: “Quanto ao Evangelho, eles são inimigos por vossa causa”. E fica, mais uma vez, quase que uma contradição. Por vossa causa, ou seja, por causa dos gentios. “Mas, quanto à eleição, eles são amados, por causa de seus pais. Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento”. Termina o capítulo 11: “Ó abismo da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Como são insondáveis seus juízos e impenetráveis seus caminhos. Quem com efeito conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem se tornou seu conselheiro? Ou quem primeiro lhe fez o dom para recebê-lo em troca? Porque tudo é d'Ele, por Ele e para Ele. A Ele a glória, pelos séculos! Amém”.

Mistério histórico

Diante disso, eu creio que nós, cristãos, temos também que reconhecer, em Israel, um mistério histórico. À distância de 20 séculos, esse mistério continua para nós. É o mistério de uma vocação que é irrevogável, que continua a ser válida, É o mistério de um Deus de misericórdia que nos chama a todos à salvação e, do qual esperamos a presença salvadora. Olhando Paulo e olhando essas contradições que estão nos seus escritos e que ele não consegue resolver e, por isso, apela ao mistério de Deus, tenho a impressão de que ele tinha em mente como que dois caminhos: o caminho da Igreja que ele escolheu com a fé no Cristo, uma fé a ser proclamada às nações; e o caminho da Sinagoga que mesmo que ele não quisesse mais seguir e que sentisse como um desgarramento dentro de sua própria carne, acaba tendo que reconhecer que continua a ser um caminho de vocação do Deus único.
 
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Maria Clara Bingemer já concedeu outras entrevista à IHU On-Line. Confira o material na página eletrônica do IHU (www.unisinos.br/ihu).

Entrevistas:

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• “Igreja que deseja ser ouvida numa cultura pós-cristã precisa ter um testemunho forte, crível e consistente, que acompanhe o discurso”. Edição número 220, de 21-05-2007, intitulada O futuro da autonomia, uma sociedade de indivíduos?

• “O documento (de Aparecida) não tem o profetismo e o sopro libertador que caracterizou Medellin e Puebla”. Edição 224, de 20-07-2007, intitulada Os rumos da Igreja na América Latina a partir de Aparecida. Uma análise do Documento Final da V Conferência;

• Simone Weil: um pensamento que atinge a raiz das coisas. Edição número 243, de 12-11-2007, intitulada História em Quadrinhos;

• A literatura como um campo fértil de diálogo com a teologia. Edição número 251, de 17-03-2008, intitulada O belo e o verdadeiro. A tensa e mútua relação entre literatura e teologia.

• Lobato, formador de uma infância pensante e culta. Edição número 284, de 01/12-2008, intitulada Monteiro Lobato: interlocutor do mundo.

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