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Mawlānā Jalāl ad-Dīn Muhammad Rûmî herdou de seu pai, um conhecido teólogo e mestre espiritual - Baha´uddin Walad -, o interesse pelas questões teológicas e místicas. Entre 1210 e 1212, sua família se estabeleceu em Samarcanda, então sob o controle mongol. A partir de 1216, a família faria uma série de viagens, passando por Bagdá, Meca e Damasco, até se instalar em Konya (Anatólia ) no ano de 1229. Na ocasião, esta cidade era espaço de refúgio de inúmeros literatos, artistas e místicos do mundo islâmico oriental. Rûmî casou-se duas vezes e teve 4 filhos.
Decisivo na sua vida foi o encontro com o dervixe errante, Shams al-Dîn Tabrîzî, no ano de 1244. Foi o encontro de dois oceanos espirituais. Trata-se de uma das mais espetaculares e ricas histórias de união mística. Shams foi para Rûmî uma real “manifestação teofânica”, inspirando profundamente toda a sua produção poética e mística posterior. Rûmî faleceu no dia 17 de dezembro de 1273, em Konya, onde se encontra o seu mausoléu, que é ainda hoje lugar de intensa peregrinação. Dentre suas produções, encontra-se o grandioso Mathnawî, em seis volumes, mas também o tratado em prosa Fihi-ma-fihi (o livro do interior), as cartas (Makâteb), além da significativa produção poética: as odes místicas, conhecidas como Dîwân-i Shams, e as quadras de amor, Rubâ´iyât.
“O amor partiu meu leve coração
e o sol vem clarear minhas ruínas.
Ouvi belas palavras do Sultão.
Caí por terra triste, acabrunhado.
Acercou-se de mim, vi o seu rosto.
´Do rosto eu não sabia mais que o véu`.
Se a luz do véu abrasa esse universo,
o que dizer do fogo de teu rosto?...”