Edição 221 | 28 Mai 2007

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"Estou lendo a obra de Tomás Ibáñez: Psicología Social Construccionista (Universidade de Guadalajara, 2001).É uma seleção de escritos redigidos por Ibáñez em diferentes ocasiões; são textos de estilo simples, porém rigorosamente fundamentados, apresentando uma argumentação vigorosa e um nítido compromisso social. Na parte inicial, Ibáñez conta pedaços de sua história de vida, menino emigrado devido ao exílio dos pais, militantes anarquistas, no final da Guerra Civil Espanhola. “Espanhol entre franceses e francês entre espanhóis”, faz uma referência que permanece atual em relação ao “não-lugar” ocupado pelo migrante. Em toda a obra, fica evidente a coerência intelectual e política de um pesquisador comprometido com a transformação da sociedade.

No livro, o autor aponta o caráter provisório do conhecimento e a exigência de sua permanente desconstrução, no sentido de buscar as determinações socioculturais subjacentes e, muitas vezes, veiculadas de modo acrítico. Remete à dimensão simbólica da realidade social e ao caráter de agenciamento deste social, ou seja, o conhecimento produzido modifica a si próprio. Refuta o caráter representacional do conhecimento e explicita os pressupostos epistemológicos fundamentais para compor a agenda da psicologia social pós-positivista, a saber: o reconhecimento da natureza simbólica e histórica da realidade social; a importância da reflexividade e da capacidade de agenciamento do ser humano; o caráter dialético da realidade e, finalmente, a adequação da perspectiva construcionista para dar conta da realidade social. A perspectiva construcionista implica omper radicalmente com a crença em uma verdade universal e aceitar que os critérios de validade que usamos, nós os construímos mediante nossas práticas coletivas."

Stela Meneghel - Prof.ª Dr.ª na Unidade Acadêmica de Ciências da Saúde da Unisinos.

 

"Considerando o interesse que tenho em estudar as temáticas relacionadas à cultura organizacional, um dos últimos livros que li e sugiro como leitura é Organizações Espetaculares, de Thomas Wood Jr. (Rio de Janeiro: FGV, 2001). O livro traz à tona a discussão quanto à afirmação de que “a vida imita a arte”, ou, na verdade, “a arte imita a vida”, considerando a sociedade em que se vive. As reflexões de Wood são ilustradas com filmes clássicos do cinema, autores, escritores, peças de teatro e histórias associadas a mitos e lendas. Neste livro, Wood apresenta argumentos e estabelece associações, comprovando que as situações reais (ou irreais) das organizações contemporâneas estão se tornando, efetivamente, cinematográficas ou espetaculares."
 

Lisiane da Silva - Prof.ª MS na Unidade Acadêmica de Ciências Econômicas da Unisinos.

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