Edição 221 | 28 Mai 2007

Editorial

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IHU Online

Cem anos de solidão. Realidade, fantasia e atualidade: os 40 anos da obra de Gabriel García Márquez

Comemorando o 40º aniversário da obra Cem anos de solidão, o 25º do Prêmio Nobel concedido ao seu autor, o 60º do seu primeiro conto e o 80º de sua vida, a IHU On-Line dessa semana volta no tempo e navega na literatura do colombiano Gabriel García Márquez. Assim, entrevistamos professores, escritores, críticos literários e jornalistas que discorrem sobre a obra de um dos autores mais importantes e influentes da literatura hispano-americana.

Para esse “sarau”, convidamos a professora e escritora Márcia Hoppe Navarro, que classifica Cem anos como um dos melhores livros do mundo, pois consegue, de maneira fascinante, agradar “desde os leitores bem simples até os mais sofisticados”. As professoras Márcia Duarte e Laura Hosiasson, igualmente, consideram a obra um marco na literatura hispano-americana.

Luís Augusto Fischer, crítico literário gaúcho, compara a obra de García Márquez ao clássico O tempo e o vento, de Érico Veríssimo. E Eduardo Coutinho, professor de literatura comparada, comenta a obra de García Márquez que, através de elementos do “real” e “irreal”, conta a história da América Latina. Da mesma maneira, Wander Melo Miranda admira o enredo que, segundo ele, proporcionou novas leituras.

Por outro lado, Dernival Venâncio Ramos Junior contribui com um olhar mais abrangente. O historiador ressalta a importância de Cem anos enquanto patrimônio cultural dos caribenhos. Alfredo Laverde Ospina, pesquisador colombiano, complementa, afirmando que a obra de García Márquez dá “voz aos oprimidos e reflete sobre as origens da violência nacional”, contribuindo, dessa maneira, para a expressão do popular e do nacional.

Por sua vez, Waldecy Tenório, professor da USP, analisa a obra sob o ponto de vista teológico. E o crítico literário Luiz Costa Lima participa com um texto sobre Cem anos de solidão.

Confira, também, nessa edição, a entrevista com Paul Valadier, filósofo francês que esteve presente no Simpósio Internacional O Futuro da autonomia. Uma sociedade de Indivíduos?, que ocorreu na semana passada na Unisinos. E, em seguida, o bate-papo com a historiadora e economista Márcia Miranda, que apresenta José Bonifácio e explica a fiscalidade na historiografia brasileira e no Rio Grande do Sul.

Nesta edição, em que compreendemos melhor a América Latina, nada melhor que o filme da semana seja O violino, belíssima obra do mexicano Francisco Quevedo. “O filme é mexicano em sua concepção mais profunda, mas tem a habilidade de ambientar-se em uma terra de ninguém - e portanto de todos”, comenta Luiz Zanin Oricchio. E continua: “Sua identidade maior está baseada no idioma e nos rostos, que não se poderiam encontrar em qualquer outra parte que não em seu país natal. Ao mesmo tempo, tempera esse localismo com dois temas universais, como a violência política e a ternura musical”.

A todas e todos uma ótima leitura e uma excelente semana!

 

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