Edição 220 | 21 Mai 2007

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Adriano Naves de Brito - Prof. Dr. da Unidade Acadêmica de Ciências Humanas da Unisinos.

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Lições introdutórias à filosofia analítica da linguagem, de Ernst Tugendhat (Unijuí: Ijuí, 2006).

Um filósofo, duas tradições e um texto histórico para a filosofia de língua alemã. Esses três elementos fazem a grandeza deste livro que, graças à coragem e persistência de poucos, ganhou há pouco uma refinada versão para o português. O filósofo é Tugendhat, já bem conhecido no país e com sólidas relações filosóficas e pessoais no Rio Grande do Sul. Um dos mais expressivos alunos de M. Heidegger, também foi ele a grande figura a introduzir no ambiente acadêmico alemão o viés anglo-saxão de enfrentamento dos problemas filosóficos mediante o método analítico-lingüístico.

O cruzamento de duas tradições filosóficas é precisamente o que faz deste livro um marco da história recente da filosofia alemã. Nestas suas lições introdutórias, Tugendhat enfrenta-se, mediante os recursos da filosofia analítica da linguagem, com alguns dos mais substantivos problemas da tradição filosófica assim como a hermenêutica de Husserl e Heidegger os apresenta. E com isso ele começou a mudar o panorama da filosofia continental. A consciência, a verdade, a ontologia e a semântica são os eixos sobre os quais Tugendhat esgrima sua busca por esclarecimento conceitual, função que lhe parece de fato caber à filosofia. Ao fim e ao cabo desta vigorosa incursão na filosofia primeira, emerge uma cristalina, inusitada e reveladora análise da proposição.

 

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