Edição 514 | 30 Outubro 2017

Lutero e a Reforma – 500 anos depois. Um debate

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Há 500 anos Martinho Lutero afixou suas 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. O ato inaugura a chamada Reforma Protestante. Mais do que uma insurgência teológica, a Reforma Luterana acabou gerando consequências políticas, econômicas e sociais, a ponto de ser compreendida como um dos marcos históricos da transição da Idade Média para a Modernidade. Este é o tema principal em debate na revista IHU On-Line desta semana.

Walter Altmann, professor de Teologia e ex-presidente do Conselho Latino-Americano de Igrejas e do Conselho Mundial de Igrejas, reflete acerca dos desafios, 500 anos depois da Reforma.

Martin Dreher, pastor luterano, professor e historiador brasileiro, apresenta o movimento da Reforma e o analisa para além das perspectivas teológicas.

Elaine Neuenfeldt, teóloga e secretária-executiva da Secretaria de Mulheres na Igreja e na Sociedade, da Federação Luterana Mundial – FLM, e Kirsi Stjerna, professora de história luterana e teologia na Graduate Theological Union, na Califórnia, destacam a participação feminina no movimento reformista e suas consequências para o cristianismo hoje.

Vítor Westhelle, professor de Teologia Sistemática na Escola Luterana de Teologia em Chicago, e Marco Vannini, italiano, renomado especialista nos estudos sobre mística medieval, de perspectivas diferentes, analisam a relação de Lutero com a mística.

Teófanes Egido López, da Universidade de Valladolid, na Espanha, destaca as mudanças que a Reforma imprimiu no cristianismo.

O britânico Philip Endean, jesuíta, professor de espiritualidade nas Faculdades Jesuítas de Paris, Centre Sèvres, relaciona a espiritualidade luterana e a experiência de Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.

Andreas Urs Sommer, professor catedrático de filosofia na Universidade Albert Ludwig em Freiburg, Alemanha, e Helmut Heit, vice-diretor da Academia de Cultura Europeia na Universidade Tongji, em Shanghai, China, analisam o pensamento de Lutero sob a perspectiva de Nietzsche.

Massimo Firpo, historiador italiano, destaca que Lutero ainda é um teólogo medieval, mas que seu desejo de reformar a cristandade acaba contribuindo para a eclosão da Modernidade.

Para o sociólogo italiano Franco Ferrarotti, "Lutero é “metamoderno”.

Franco Cardini, historiador e professor italiano, destaca dois elementos da Reforma que contribuem para a transição à Modernidade: a fragmentação do cristianismo e a associação com o poder temporal que se constituía.

Adriano Prosperi, historiador e jornalista italiano, analisa o que considera a perspectiva antropológica mais importante: a mudança de concepções na relação entre os vivos e os mortos.

O teólogo valdense Fulvio Ferrario compreende que a Reforma inaugura outras possibilidades de ser cristão e viver a igreja do Cristo.

A assim chamada Revolução 4.0 também é destaque nesta edição. Podem ser lidas as entrevistas com Vinicius Fornari, economista, com Maurício Casotti, que trabalha na área de marketing com foco na internet das coisas, e com João Roncati, diretor da People+Strategy Consultoria Empresarial.

Bruno Lima Rocha, cientista político, questiona a legitimidade das agências de risco e o perfil é de Luciana Curra, a guardiã dos livros mais antigos da Biblioteca da Unisinos.

A todas e a todos uma boa leitura e uma excelente semana.

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