Edição 495 | 17 Outubro 2016

Testemunhas de uma barbárie: uma perspectiva da injustiça a partir das vítimas do estado de exceção

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Redação

Como parte da programação do VII Colóquio da Cátedra Unesco – Unisinos de Direitos Humanos e Violência, Governo e Governança e V Colóquio Internacional IHU, será lançado o livro Testemunhas de uma barbárie: uma perspectiva da injustiça a partir das vítimas do estado de exceção, organizado por Castor Ruiz e Solon Viola.

Os autores destacam que já no primeiro capítulo a obra “apresenta inicialmente alguns relatórios de mortos e desaparecidos, da Comissão Estadual da Verdade do RS”.  Para Ruiz e Viola, “os mortos e desaparecidos marcam com seu silencio um testemunho que é indizível. A indizibilidade do seu testemunho torna-o um espaço privilegiado de verdade e memória. O vazio de sua ausência não pode ser preenchido por discursos nem liturgias oficiais. Seu vazio excede toda palavra, por isso sua ausência sentida, nomeada, recebida torna-se o verdadeiro testemunho”. 

No segundo capítulo, são reproduzidos depoimentos de pessoas que sofreram a repressão e a tortura durante o último estado de exceção no Brasil. “São depoimentos provenientes da Comissão Estadual da Verdade do RS”, destacam os autores. O terceiro capítulo é composto de diversos relatórios da repressão, destacando locais onde, no Rio Grande do Sul, foram praticadas as torturas e uma tabela de violações elaborada pela Comissão Estadual da Verdade do RS. “Estes documentos contribuem para iluminar de forma mais evidente o alcance destas práticas de tortura e morte”, pontuam Ruiz e Viola. O último capítulo reúne testemunhos de vítimas da repressão e da tortura gravados em vídeos. “Durante três anos fizemos seminários para gravar estes testemunhos de forma pública para que eles fossem um ato de memória no seminário e ficassem como arquivo de memória para a história nesta obra”, explicam os autores.

 

O livro será lançado no próximo dia 25, às 19h30min. A publicação já pode ser acessada

 

Nas Notícias do Dia de 13-10-2016, no sítio do IHU, foi publicado o artigo Vítimas da repressão golpista: ecos de 1964 ainda em 2016, de Jacques Távora Alfonsin, que comenta a obra.

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