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Redação
No artigo, o autor afirma que nos últimos 40 anos, o atual processo de acumulação e valorização capitalista assumiu nomes diferentes: o mais comum deles, pós-fordismo, é também o mais antigo. O termo “pósfordismo” se tornou popular durante a década de 1990, especialmente através da école de la régulation (Escola da Regulação) francesa. Esse termo, entretanto, não deixa de conter ambiguidades e interpretações diversas, como ocorre com todos os termos que são definidos de modo negativo.
Com o termo “pós-fordismo”, Fumagalli define o período, da crise de 1975 até a do início dos anos 1990, durante o qual o processo de acumulação e valorização não se baseou mais na centralidade da produção material fordista, na fábrica verticalmente integrada, grande. Ao mesmo tempo, nesse período, aponta que ainda se possuía um paradigma alternativo. A fase pós-fordista se caracteriza, de fato, pela presença conjunta de mais modelos produtivos: desde o modelo toyotista japonês do just in time derivado do taylorismo até o modelo do distrito industrial de pequenas empresas e o desenvolvimento de linhas produtivas que tendem a se tornar internacionais de acordo com uma hierarquia.
Entre esses modelos, ainda é impossível identificar um paradigma hegemônico. Depois da primeira Guerra do Golfo, as inovações nos campos de transporte, linguagem e comunicação (TICs) começaram a se reunir em torno de um novo paradigma único de acumulação e valorização. A nova configuração capitalista tende a identificar no “conhecimento” e no “espaço” (geográfico e virtual) como mercadorias um novo fundamento para as aptidões dinâmicas da acumulação.
Fumagalli é doutor em Economia Política pela Università Bocconi e Università Cattolica di Milano, graduado em Economia e Ciências Sociais pela mesma instituição e posteriormente desenvolveu atividades de pesquisa em parceria com École des Hautes Études em Sciences Sociales (Paris) e New School for Social Research (Nova York).
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