Edição 494 | 03 Outubro 2016

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Redação

A IHU On-Line apresenta seis textos publicados no sítio do Instituto Humanitas Unisinos – IHU que tiveram destaque ao longo da semana

“Plano de reforma de ensino pode aumentar desigualdades. Apresentá-lo por MP é grave”

A socióloga Maria Alice Setubal é uma autoridade em educação e acompanha com lupa o que acontece com o ensino público no Brasil por meio do Centro de Estudos em Pesquisa e Educação (Cenpec). A especialista se expressa com delicadeza quando fala, mas as palavras que escolhe para avaliar a reforma de ensino médio, apresentada pelo Governo Temer, são contundentes. O projeto deixa “pontos cegos para um processo tão complexo” e pode aumentar a desigualdade, argumenta. Sua opinião tem peso, não só por ser doutora em Psicologia da Educação, mas também pelo sobrenome que carrega. Maria Alice, ou Neca, é filha de Olavo Setubal (faleceu em 2008), que fundou o banco Itaú, o maior banco privado do Brasil, presidido pelo seu irmão Roberto Setubal. Por isso, sua visão ganha destaque por sair do âmbito ideológico, em meio à discussão sensível da reforma do ensino médio, apresentada às pressas pelo Governo Temer nesta semana.

A entrevista é de Carla Jiménez, publicada por El País, 25-9-2016.

 

Xadrez do aprofundamento do Estado de Exceção

“Neste momento, há duas tendências se consolidando, uma de forma mais evidente, outra de forma mais tênue. Tendência 1 – o aprofundamento do estado de exceção. Tendência 2 – o início do processo de fritura do governo Michel Temer pela aliança Globo-Lava Jato-PSDB”, escreve o jornalista Luís Nassif, em artigo publicado pelo Jornal GGN em 26-9-2016. Segundo ele, “o tempo de vida útil do governo Temer é até o final do ano. Se até lá não conseguir reverter o jogo, provavelmente não passará pelo teste do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Sendo apeado do poder, não haverá mais a possibilidade de novas eleições diretas. E aí se tentaria reeditar o pacto conservador com o presidente da Câmara Rodrigo Maia”.

 

Apesar de avanços, a culpabilização das mulheres nos casos de violência sexual persiste

Segundo informações disponíveis em estudo encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), praticamente um terço da população brasileira concorda com a frase “a mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada”. Além disso, 37% dos brasileiros concordam com a afirmação “mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”. Ambos os resultados demonstram que, apesar dos avanços na legislação brasileira em relação à violência de gênero, as vítimas ainda têm sua dignidade posta em julgamento nos casos de estupro. A reportagem é de Rafael Oliveira, publicada por Jornal da USP em 26-9-2016.

 

Desembargador que anulou Carandiru mandou prender ladrão de salame

O desembargador Ivan Sartori, relator do processo que anulou os cinco júris que condenaram 74 policiais militares acusados do massacre de 111 presos no Carandiru, mandou para a cadeia um homem acusado de furtar cinco salames de um supermercado em Poá, na Grande São Paulo. A decisão é de julho. No caso do massacre, Sartori foi mais longe que seus colegas: propôs também a absolvição dos PMs, mas foi voto vencido. A reportagem é de Alexandre Hisayasu e Marco Antônio Carvalho, publicada por O Estado de S. Paulo em 29-9-2016.

 

"Todas as condições que propiciaram o Carandiru continuam vigentes"

Em 2 de outubro de 1992, uma briga entre presos durante uma partida de futebol na Casa de Detenção de São Paulo, nome oficial do Carandiru, escalou para um tumulto no pavilhão 9 do então maior presídio da América Latina, instalado na zona norte da capital paulistana. Os agentes penitenciários acionaram, então, a Polícia Militar de São Paulo, que invadiu o presídio. Em 20 minutos, ao menos 111 presos foram mortos, 90% deles com tiros na cabeça ou no pescoço, indícios de uma execução sumária por parte da força policial. A entrevista com Paulo Malvezzi, assessor jurídico da Pastoral Carcerária, foi feita por Tory Oliveita e publicada por CartaCapital em 29-9-2016.

 

Colômbia enterra meio século de guerra

O governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - FARC, com respaldo unânime da comunidade internacional, encerram 52 anos de guerra depois de cerca de 8 milhões de vítimas, mais de 260 mil mortos e dezenas de milhares de deslocados. A reportagem é de Javier Lafuente, publicada por El País em 26-9-2016.

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